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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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trinitarianismo como o unicismo são faces de uma mesma moeda

trinitarianismo como o unicismo são faces de uma mesma moeda

O Unicismo ou modalismo advoga que existe um Deus, o qual se manifesta em três essências ou modos(pai, filho e espírito santo), só de ouvir esta história de três(03) alguma coisa, nos vem logo a mente uma outra doutrina semelhante(trindade), dai que vem o nome modalista, referindo-se aos modos pelos quais a divindade tem se manifestado.

Na visão desta facção religiosa, O Eterno, O Messias e A Ruach haKodesh/Espírito Santo são manifestações de uma única e singular pessoa, D’us, de modo que não creem que o Pai e o Filho Yeshua sejam seres distintos, este artigo abordará esse engano sutil e mentiroso mostrando que tanto o unicismo como o trinitarianismo tiveram a mesma origem, isto é, na religião cristã greco-romana.

Objetivos:

* Mostrar aos que estão sendo enganados por esta doutrina pagã greco-romana o verdadeiro caminho do monoteísmo hebraico-judaico bíblico.

* Desmistificar a falsa ideia das supostas três essências.

* Dar suporte bíblico aos que estão sendo assediados por unicistas de plantão.

* Conduzir almas sinceras à verdadeira Fé Patriarcal unitariana.

* Abordar o assunto dentro do contexto hebraico das Escrituras, utilizando sempre q/ possível a Lashon haKadosh, língua do povo do Eterno.

* Identificar as diversas igrejas e denominações cristãs que seguem o dogma unicista na atualidade.

O Unicismo não é um ensino bíblico:

A doutrina que prega que o Eterno é formado de 3 pessoas, é a doutrina da Trindade, para ver as provas bíblicas contra essa outra doutrina romana, veja o artigo TRINDADE OU D’US ÚNICO

O Dogma unicista prega que Yeshua é tanto o D’us filho, como o D’us Pai e o D’us Espirito Santo, este ensino é um pouco diferente do dogma da trindade que prega que Adonai é formado de 3 pessoas distintas, e também difere da crença hebraico-judaica bíblica sobre o Unitarismo do Shemá do Eterno (ver Deuteronômio 6:4).

Pois para nós Nazarenos históricos, o Eterno é um ser INDIVISÍVEL, UM SÓ, ÚNICO, ÍMPAR, SINGULAR e INCOMPARÁVEL, mas que criou um ser que se tornou seu filho primogênito distinto dele como pessoa, que lhe é submisso e que cremos que Ruach haKodesh/Espirito Santo seja a emanação da parte de D’us para realização de seus propósitos, sendo assim o próprio Eterno na manifestação de si mesmo.

Histórico da heresia unicista:

A origem do unicismo se prende aos primeiros séculos da Era Cristã. Os mais antigos relatos que se têm notícia são de Praxeas ensinando na Ásia Menor, enquanto Noeto aparece pregando em Roma. Noeto foi quem primeiro formulou uma teologia essencialmente unicista. Ele foi bispo católico de Esmirna, quando por volta de 180 E.c. começou a ensinar o que mais tarde seria conhecido como Monarquianismo. Saiu da igreja de Esmirna por causa de sua insubmissão ao arcebispo, Noeto se refugiou em Roma, onde mais tarde conheceria Epigonus, primeiro discípulo e propagador de sua ideias.

Outro destacado líder do unicismo por essa época foi Praxeas. Oriundo da Ásia Menor, Praxeas era conhecido por seu gênero inquieto, arrogante e perspicaz. Ele chegou a Roma de maneira sutil, passando despercebido até mesmo pelo experiente Hipólito. Formado aos pés de Noetos, Praxeas desenvolveu boa parte de seu ministério em Cartago, onde encontrou forte oposição por parte de Tertuliano. Praxeas negava a pre-existência de Yeshua, usando o termo “Filho” aplicado apenas à encarnação. Segundo este bispo, o Filho seria carne; o Pai Espírito (D’us). Era assim que Praxeas entendia as duas naturezas do Messias, sendo hoje um dos principais artifícios do unicismo moderno. Essa doutrina foi combatida por Tertuliano em Contra Praxeas, quando pela primeira vez o apologista Tertuliano usa o termo trínitas (trindade) para a divindade.

O unicismo, enquanto tentativa de explicar a natureza do Eterno, ganhou corpo a partir do terceiro século. Movido pelo racha do Monarquianismo em Dinâmico e Modalista, ainda no fim do segundo século, Sabélio, um bispo católico de uma igreja do norte da África , saiu em defesa do Modalismo. Sabélio estabeleceu novas diretrizes ao unicismo, do que lhe valeu o título de “maior defensor do Modalismo (unicismo) da História”. Muitas das definições que conhecemos hoje, como “modos do Pai”, “modos do Filho” e “modos do Espírito Santo”, tiveram origem no bispo Sabélio. Apesar da oposição imposta por parte de alguns lideres da igreja na época, entre eles Tertuliano e Orígenes, Sabélio “progrediu”, encontrando na massa dos fieis seus principais seguidores.

Sabélio teria sido influenciado por Noeto, um presbítero católico da igreja da Ásia Menor, nascido em Esmirna que viveu no segundo século E.c., o qual, segundo a citação feita por Hipólito, teólogo romano do terceiro século, que em sua obra Contra Noetum, menciona que Noeto teria afirmado:

“Digo que Cristo era o mesmo Pai, e que o Pai era o que havia nascido, padecido e sofrido”

Certamente esta era mais uma das provas de que o conhecimento teológico, ou verdadeiro conhecimento sobre D’us estava sofrendo um desvio e deturpações.

A falácia unicista foi profetizada pelo apóstolo Pedro:

Kefa/Pedro apóstolo do Messias, usado pela Ruach do Eterno, profetizou que iriam surgir falsos ensinos que chegariam ao ponto de se negar a obra do Messias como o enviado do Eterno, anulando assim todo trabalho intercessório de Yeshua, transformando toda a obra do Messias de Yisrael num grande Teatro greco-romano:

“No passado apareceram falsos profetas no meio do povo, e assim também vão aparecer falsos mestres entre vocês. Eles trarão heresias perniciosas e rejeitarão o Mestre que os resgatou. E isso fará com que caia sobre eles uma rápida destruição” (II Pedo 2:1)

Rejeitar a criação e filiação de Yeshua, não aceitando que um ser distinto do Pai se entregou para ser sacrificado e se tornar resgatador e comprador de um povo para D’us, é repudiar nosso Mestre e Senhor transformando toda a obra do Messias num TEATRO GRECO-ROMANO, pois, se o Messias sempre foi o Eterno encarnado, então tudo que ele sofreu, seu escárnio, suas dores e seu martírio foi uma grande ENCENAÇÃO para nos enganar. Isso sim é um desvio claro da verdade sobre a vinda do Messias descrita no Tanach hebraico.

Variação da crença unicista ressurge mais tarde e com mais força:

Na era moderna, esta doutrina maléfica romana ressurgiu e gerou divergências dentro de algumas denominações protestantes, como da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, cujos dissidentes passaram a reunir-se e organizar uma forma de adoração centralizada nos conceitos unicistas de John S. Sheppe, como também outra variação da crença unicista foi pregada por um falso profeta norte-americano chamado William Marrion Branham(1909) pastor da Igreja Batista que mais tarde fundaria a Igreja Pentecostal Tabernáculo da Fé após ter tido diversas “visões”, a mesma crença unicista também impregnou uma parte do dito judaísmo messiânico também oriundos da denominação protestante “judeus para Jesus” transformando-se depois em várias denominações menores, todas se auto classificando de “netzarim” ou “nazarenos” e reivindicando para si “autenticidade”.

Principais ramificações e facções unicistas no Brasil:

Hoje existem várias denominações e facções cristãs do unicismo no mundo, no Brasil, seis principais grupos se destacam, a saber:

1- Igreja de Deus no Brasil.

2- Igreja Local de Witnees Lee.

3- Igreja Pentecostal Tabernáculo da Fé.

4- Igreja de Deus do Sétimo Dia.

5- Ministério A Voz da Verdade.

6- Os Adeptos do Nome Yaohushua e suas Variantes Judaizantes de falsos nazarenos.

Observem que esta heresia perniciosa se originou e manifestou-se exclusivamente dentro da Grande Babilônia e suas Filhas, tanto o trinitarianismo como o unicismo são faces de uma mesma moeda romana, apenas com conceitos diferentes, enquanto que um prega um só deus dividido em três(03) pessoas distintas o outro prega um só deus dividido em três(03) essências ou modos. Observem e comparem estas duas declarações de fé, uma católica e outra unicista:

«Nós acreditamos com firmeza e afirmamos simplesmente que há um só Deus verdadeiro, imenso e imutável, incompreensível, todo-poderoso e inefável representado no PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO: Três Pessoas, mas uma só essência, uma só substância ou natureza absolutamente simples» (Catecismo da Igreja Católica Apóstólica Romana, Profissão de Fé, Capítulo primeiro, Artigo 01/ disponível em http://www.vatican.va/…/ca…/index_new/p1s2c1_198-421_po.html )

«Cremos que YHWH é UM (echad), ou seja, apenas 1 (uma) Pessoa, e não Três. Cremos que YHWH pode se manifestar de formas plurais, conforme atesta a Torá. Cremos que YHWH revela a si próprio pelas K’numeh ou Gaunin (essências, naturezas, manifestações) do PAI, do FILHO Emoticon smile a Palavra/Memra) e da RUACH HAKODESH (Espírito de santidade/ESPÍRITO SANTO). Cremos que o PAI, o FILHO Yeshua (Palavra) e a Ruach HaKodesh(ESPÍRITO SANTO) são manifestações do mesmo YHWH»

Vemos que ambas as declarações de fé tendem a DIVIDIR o Eterno em três pessoas ou três essências ou três modos diferentes, em ambas as declarações notamos a forte influência romana por trás destas duas religiões, num bom português popular “é tudo farinha do mesmo saco”.

O unicismo nega a pre-existência do Messias:

O unicismo nega qualquer possibilidade da preexistência do Messias. Por quê? Porque isso colocaria em risco sua falsa doutrina das múltiplas essências. Além de negar a preexistência do Messias, os unicistas apontam para o dia quando D’us “deixará de assumir seu papel de Filho e a filiação será, mais uma vez, absorvida pela grandeza de D’us, que retornará a seu papel original como Pai, criador e soberano de tudo”. O que não se entende com relação ao unicismo, é o porquê de todo este malabarismo divino. A descrição que eles fazem de D’us é, sem dúvida alguma, uma verdadeira encenação teatral. É justamente esse o conceito que se tem do Filho – a de um personagem usado temporariamente pelo Pai num grande teatro divino. Consequentemente, não haveria a pessoa do Messias feito Filho de D’us como pessoa espiritual, porém o apóstolo Shaul/Paulo joga por terra este conceito unicista ao declarar:

“O qual foi pelo Eterno, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras, quando diz respeito ao seu Filho nascido da descendência de Davi pela carne e foi declarado Filho de D’us após sua Ressurreição dentre os mortos, segundo o Espírito de santidade, Yesua haMashiach nosso Senhor” (Romanos 1:2-3)

Isto é, o Messias pre-existia na mente de D’us, foi o primogênito da criação do Eterno(ver Colossenses 1:15 e Apocalipse 3:14) passou a existir como pessoas após seu nascimento de Myriam, nascido da semente de Yosef seu pai natural por intervenção da Ruach do Eterno, foi declarado Filho de D’us após sua Ressurreição, portanto, o Messias é uma pessoas distinta do Eterno, não há como fugir disso.

Analisando um pouco as Escrituras:

Vejamos apenas rapidamente alguns textos que nos mostram a incoerência deste falso ensino, para que tal doutrina fosse plausível, possível e lógica, Yeshua em nenhuma hipótese poderia ter falado ou conversado com um outro ser em oração que também fosse reconhecido como D’us, pois desta forma ele estaria falando com outra pessoa o que do ponto de vista unicista é inconcebível.

Alguns falam de Yeshua ter falado com sua natureza divina no céu enquanto sua natureza humana estava na terra, mas isso não tem nexo e nem apoio bíblico, sendo necessário o uso de achismos e opiniões subjetivas não respaldadas ou substanciadas nas Escrituras, vejamos alguns textos que nos mostram de fato a realidade, nestes textos é evidente a comunicação entre duas pessoas ou que existe duas pessoas mencionadas, e não uma, como pregam os defensores unicista, doutrina esta que prega que Yeshua é tanto Pai como o Espírito.

* Daniel 7:13-14 = O Filho de homem (representado pelo Messias) se aproxima de outra pessoa (D’us)

* Salmo 110:1 = O Eterno diz ao senhor de Davi que sente ao seu lado, há dois seres aqui.

* Provérbios 30:4 = Nos esclarece que D’us tem um filho, e pergunta-nos qual é o nome dele.

* Mateus 26:42 = Yeshua ora a alguém que ele identifica ser seu Pai.

* Mateus 7:21 = Yeshua fala que a vontade de outra pessoa que está no céu é que deve ser obedecida

* Mateus 11:25-27 = Mostra claramente que O Pai e Yeshua são duas pessoas distintas, e não que só exista Yeshua.

* João 8:17-18 = Yeshua cita ele e seu Pai como sendo DUAS PESSOAS ou dois homens [δύο ἀνθρώπων].

* João 12:28 = Neste texto diz que uma voz, e não era a de Yeshua, Falou desde o céu.

* João 20:17 = Aqui vemos que o filho tem um Pai que também é seu D’us

Apocalipse 3:12 = Yeshua menciona várias vezes alguém que ele mesmo chama de seu próprio D’us.

* Apocalipse 3:14 = Yesua se identifica como o principio de criação do Eterno, e qualquer ser racional sabe o que quer dizer a palavra princípio e também criação. (ver dicionário)

* Colossenses 1:15 = Diz aqui que ele é a imagem do D’us invisível, não que ele seja o D’us invisível, diz também que ele é o primogênito (ver no dicionário o que quer dizer essa palavra) diz ali também que ele é primogênito de toda criação, ou seja, existe uma criação feita pelo Eterno e isso é evidente, desta criação, Yeshua é o primogênito, o primeiro a ser criado ou gerado.

Será que Yeshua poderia tomar iniciativa em fazer algo independente da vontade de outra pessoa, que era superior a ele? Veja você mesmo a resposta em João 5:19.

Yeshua tem autoridade no céu e na Terra? A resposta é sim! Mas veja se ele sempre teve plenos poderes sobre o universo, ou se isso lhe foi dado por alguém.(ver Mateus 28:18). E note que Yeshua depois de cumprir seu papel qual Rei, intercessor, mediador da humanidade e vindicador de YHWH D’us, irá entregar o Reino a seu D’us e Pai, sujeitando novamente todas as coisas a D’us e se sujeitando a ele também, para que D’us seja tudo e em todos. (ver 1° Corintios 15:24-28)

Só não vê a nítida distinção e a existência de uma outra pessoa superior quem não quer ver. O fato de ser dito que é a imagem de D’us não diz que ele é o único nem que é O Pai, o ser humano também foi feito a imagem de D’us e não é D’us. (ver Gênesis 1:26)

É interessante que muitos unicistas usam o texto de João 10:30 para tentar provar que Yeshua é o próprio Pai. Mas perceba bem neste texto que Yeshua não diz: “Eu sou o Pai”, mas sim que ele e o pai [ἐγὼ καὶ ὁ πατὴρ] eram um, e depois orou para que seus discípulos todos fossem um, tal qual ele era um com o Pai. (ver João 17:11). Assim, fica bem evidente o que Yeshua queria dizer, ou seja, ele estava unido num só propósito com Adonai, e por isso ele e o Pai eram um, assim deveriam ser seus servos.

Seria desnecessário o apóstolo Paulo dizer aos judeus nazarenos do passado que há somente um só D’us, e que ele é o Pai, e logo em seguida mencionar que há um só senhor, Yeshua haMashiach, se na realidade eles não fossem duas pessoas, ou que os judeus nazarenos do passado acreditassem no unicismo(doutrina que surgiria séculos mais tarde após a apostasia). Porém, os unicistas não podem crer que haja duas pessoas, pois se assim passarem a crer, já não creem mais na unicidade conforme tanto pregam (ver 1° Corintios 8:5-6). Do mesmo modo os nazarenos do passado JAMAIS creram no unicismo, se não, Paulo não teria feito esta declaração em 1º Coríntios 8:6

Os unicistas modernos são lúcidos o bastante para compreenderem que D’us não pode ser três pessoas, mas ilógicos o suficiente para não entenderem que o Filho e O Pai não podem ser apenas “roupagens” diferentes de uma mesma pessoa. O próprio Yeshua disse que não glorificava a si mesmo, mas sim que seu Pai é que o glorificava, e acrescentou que este era o ser que os judeus professavam ter como D’us. (ver João 8:54). E se conforme Efésios 4:6, D’us é PAI de todos, e Yeshua disse que D’us é seu Pai, então logicamente Yeshua também esta incluído entre o TODOS, dos quais Adonai é tanto seu Deus como Pai.

Yeshua ao mencionar para haSatã aquele a quem unicamente ele devia adoração, citou a si mesmo? Claro que não, pois Yeshua citava outra pessoa, pois haSatã não iria solicitar adoração do próprio YHWH D’us Eterno, ele não se atreveria a tanto, mas sim de um ser que possivelmente poderia se corromper ou rebelar contra D’us. (ver Mateus 4:10)

Vocês conhecem os pronomes? Nós, vós, eles? Quando Yeshua disse: “E é somente a ELE que tens de prestar serviço sagrado”, estava Yeshua falando de si mesmo ou de uma outra pessoa? (ver João 16:3). Salmo 110:1 deixa bem claro que Adonai convoca Yeshua para sentar-se ao seu lado direito até que seus inimigos estejam debaixo dos seus pés. Veja também Mateus 22:41-45. O Tetragrama ou nome divino, ocorre neste texto de Salmo 110:1 apenas uma vez, e a outra ocorrência da palavra senhor no versículo não traduz o tetragrama, mas sim a palavra Adonay, vejamos o texto hebraico:

לדוד מזמור נאם יהוה לאדני שׂב לימיני עד אשׂית איביך הדם לרגליך – Tehillim/Salmos 110:1

LeDavid mizmor ne’um YHWH l’adonay sheb liymiyniy ad ashiyt oyebeykha hadom leragleykha – Tehillim/Salmos 110:1

“De Davi. Salmo. Disse YHWH ao meu senhor: Senta-te à minha direita, até que eu ponha teus inimigos como escabelo de teus pés” (Salmos 110:1)

Assim, vemos claramente uma distinção sendo feita entre as personalidades mencionados. Filipenses 2:9-11 nos indica que Yeshua tem a posição que tem por que Adonai colocou ele nesta posição, e está claro que se ele sempre detivesse a posição suprema, como poderia ser exaltado soberanamente e lhe dado uma posição superior, se ele sempre retinha a maior posição? Conseguem entender a questão? João 1:1 também nos mostra que apesar do verbo também ser divino, ou seja, um Elohim, ele estava no principio com o Eterno. Leiam também estes textos e vejam se Yeshua estava falando dele mesmo: Mateus 11:27 / João 3:35

O texto de 1° Corintios 15:27 nos mostra que o Eterno D’us, O Pai, sujeitou todas as coisas debaixo dos pés de Yeshua, mas segundo o próprio texto, se exclui ou excetua-se o próprio Pai. Assim o que vemos é que tudo esta debaixo dos pés de Yeshua ou em outras palavras, sujeito a ele, menos o Pai, e como vimos acima em Salmo 110:1, tudo fica sujeito a Yeshua por que assim o Pai deseja. Em João 14:8-10 diz:

“Filipe disse-lhe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso chega para nós. Yeshua disse-lhe: Tenho estado tanto tempo convosco e ainda não vieste a conhecer-me, Filipe? Quem me tem visto, tem visto [também] o Pai. Como é que dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas que eu esteja em união com o Pai e que o Pai esteja em união comigo?”

O texto rezaria literalmente: “Eu estou com o Pai e o Pai com eu está.” Não existe base escriturística para entender que Yeshua dizia que ele e o Pai eram a mesma pessoa. O que podemos deduzir do texto, é que Yeshua estava revelando a seus discípulos que ele agia e os tratava como O Pai os trataria. Era como se ele dissesse, tal como o Pai, assim é o filho. Yeshua mesmo disse: “O Pai é MAIOR do que EU” (ver João 14:28). Aqui temos Yeshua obviamente revelando sua natureza subordinada, não sendo uma frase que expressa uma condição temporal, mas uma realidade constante. Não existe base para alegar que esta condição seja apenas enquanto esteve na terra como humano.

E continuou sendo assim após a ascensão dele aos céus. (ver 1° Coríntios 3:22-23 e 11:3)

Isaías 42:1 diz: “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem se apraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele; ele trará justiça aos gentios”.

O Eterno está falando dele mesmo, ou de outra pessoa? comparar com Mateus 3:16-17. Também veja que o próprio Yeshua disse que o Pai era uma pessoa a parte dele, pode ler isso em João 8:17-18, onde Yeshua esta declarando que na Torah, o testemunho de duas pessoas é tido como verdadeiro, assim Yeshua cita ele como uma testemunha e o seu Pai como sendo outra, ou seja, duas pessoas.

Eu poderia citar dezenas de textos para mostrar o erro de crer que Yeshua é o próprio Eterno e o Espirito Santo, mas se a pessoa estiver predisposta a não querer enxergar as evidências bíblicas, pouca adiantará o nosso esforço. Mais do que argumentar, é necessário que a pessoa seja capaz de assumir que está equivocada e iniciar uma busca por maiores explicações. Isso obviamente requer humildade de espírito.

Conclusão:

Este artigo não se resumiu em provar os erros teológicos de uma facção religiosa unicista e judaizante que se auto denominam “judeus nazarenos” ou “judaísmo nazareno”, pelo simples fato de não haver judeus vindos do judaísmo comum que aceite este dogma, ao contrário, o artigo mostrou como e onde surgiu esta doutrina errônea, a saber, dentro da Babilônia apostatada, ou seja, do cristianismo dos primeiros séculos que se tinha afastado de livre escolha da Fé e Raízes judaica dos apóstolos do Messias.

Sendo uma doutrina estranha à Fé judaico-hebraica e nascida no seio de Roma, não seria de se admirar que ainda hoje o cristianismo reproduzisse tal doutrina, por isso foi de muita valia deixar os leitores informados sobre todas as igrejas e denominações cristãs que também adotaram o unicismo como um dogma de fé, sendo representado ao lado do trinitarianismo como a segunda maior corrente religiosa mais seguida dentro do cristianismo.

Todos os que são chamados a retornar a Fé Patriarcal, judeus e não judeus, que estão em processo de Restauração precisam ficar alertas, não adianta dizer que fizeram Teshuvá mas trouxeram um pedaço de Roma em suas bagagens, tais pessoas podem ter saído de Roma, mas Roma ainda não saiu de dentro destas pessoas, Yisrael nunca acreditou na vinda de um D’us encarnado, isto jamais passou pela mente de um judeu, os judeus nazarenos do passado JAMAIS creram no unicismo, pelo simples fato desta doutrina ter surgido séculos mais tarde já na apostasia cristã, por isso, dirijo-me aos sinceros de coração que pensam estar no caminho certo mas que ainda continuam enganados pelo mesmo sistema religioso romano, apenas com uma outra máscara, abram os corações e estudem mais a Palavra de D’us, pois, a Palavra do Eterno é uma Palavra que liberta e, como disse o apóstolo Shaul/Paulo:

“……para que destas coisas vãs vos converteis ao D’us Vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo que neles há” (Atos 14:15)

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