TRINDADE?
Apesar dos padres católicos falarem no “mistério da santíssima trindade” (Catecismo Católico pág. 66), a Bíblia, ao contrário, fala que o mistério de Deus, Cristo, foi revelado:
“para que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo, em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” (Col. 2:2 e 3).
E também:“… aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é,Cristo em vós, a esperança da glória”(Col. 1:27).
Porque Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu em 1 Cor. 8:5 e 6?: “Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele”.
Resposta: a doutrina católica da trindade que foi desenvolvida a partir de 325 a.D., já existia há mais de 1500 anos.
A principal doutrina católica é a doutrina da trindade (Catecismo Católico – pág. 66).
Deus é plural? a Divindade de Deus e dividida? A PLURALIDADE DE DEUS? Pelo fato de a Bíblia não apresentar Deus como sendo uma essência e três hipóstases os trinitarianos buscam, dentro da Bíblia, tudo o que for possível para tentar provar alguma pluralidade de pessoas na deidade, e o fazem já com o primeiro versículo da Bíblia: “No princípio criou Deus”. “Deus” nas escrituras hebraicas é “Elohim” que é a forma plural de Eloah, essa última é mais comum nos livros poéticos, especialmente o de Jó. Os dicionários trazem a tradução de Elohim como significando Deus ou deuses, e, em uma tradução etimológica significa “poderes”, “governantes” ou “forças”. O contexto e os sinais linguísticos determinam o entendimento correto, já que “elohim” é uma palavra polissêmica.
Na questão contextual histórico-teológico tem-se bastante elementos para entendermos a palavra quando aplicada ao Deus de Israel como sendo um único ser e não uma pluralidade de seres. A primeira implicação de se entender Elohim como uma pluralidade de seres ao aplicarmos essa palavra ao Eterno Deus seria admitir sua tradução como “deuses”, no entanto, essa tradução não revelaria um deus único, mas vários deuses. Admitir isso dentro de uma fé monoteísta seria cair em politeísmo.
A ideia de “deuses” para Elohim é negada pelo critério linguístico quando essa palavra se refere ao Deus de Israel, pois aparece mais de 2.000 vezes e somente em quatro delas o termo que acompanha está também no plural. Todas as outras milhares de vezes os verbos, os pronomes e os adjetivos estão no singular.
Inclusive em Gn. 1.1 (Breshit bará Elohim). “Bará” ( ) é o verbo CRIAR e está na 3ª pessoa do singular, CRIOU. No que tange à questão teológica vemos a afirmação que o Elohim que fez o céu e a terra é Yahweh, isto pode ser visto em Gn. 2.4 “no dia em que Yahweh Elohim fez a terra e os céus”, mas uma vez aplicado o verbo singular “FEZ” confirmando o entendimento que Yahweh é um e não mais que isto. O Universo criado por um único ente é atestado também no Novo Testamento e isso pode ser lido em Ef. 3.9 “… Deus, que tudo crioupor meio de Jesus Cristo”. Tal constatação é sustentada também pelo texto áureo do monoteísmo bíblico. Dt. 6.4 “Ouve, Israel, Yahweh nosso Elohim, Yahweh é UM”.
Aqui não lemos que Yahweh é “um dos nossos Elohim”, mas o “nosso Elohim”. Algumas Bíblias traduzem por “único Senhor”, mas no original está simplesmente (Yahweh echad). (echad) é a palavra hebraica para o cardinal UM.
Trindade
Definição: A doutrina fundamental das religiões da cristandade. Segundo o Credo de Atanásio, há três pessoas divinas (o Pai, o Filho e o Espírito Santo), sendo cada um destes, alegadamente, eterno, todo-poderoso, não sendo nenhum maior ou menor do que o outro, sendo cada um deles, alegadamente, Deus, e, não obstante, juntos um só Deus. Outras afirmações sobre esse dogma sublinham que estas três “Pessoas” não são entes separados e distintos, mas três formas nas quais existe a essência divina. Assim, alguns trinitários enfatizam sua crença de que Jesus Cristo é Deus ou de que Jesus e o Espírito Santo são Jeová. Não é ensinamento bíblico.
Qual é a origem da doutrina da Trindade?
The New Encyclopædia Britannica diz: “Nem a palavra Trindade, nem a doutrina explícita, como tal, aparecem no Novo Testamento, e nem Jesus ou seus seguidores tencionaram contradizer o Shema do Velho Testamento: ‘Ouve, ó Israel: O Senhor, nosso Deus, é um só Senhor’ (Deut. 6:4). . . . A doutrina desenvolveu-se gradualmente com o decorrer dos séculos, enfrentando muitas controvérsias. . . . Por volta do fim do 4.° século . . . a doutrina da Trindade tomou substancialmente a forma que desde então tem conservado.” — (1976), Micropædia, Vol. X, p. 126.
A New Catholic Encyclopedia diz: “A formulação de ‘um só Deus em três Pessoas’ não foi solidamente estabelecida, de certo não plenamente assimilada na vida cristã e na sua profissão de fé, antes do fim do 4.° século. Mas, é precisamente esta formulação que tem a primeira reivindicação ao título o dogma da Trindade. Entre os Pais Apostólicos, não havia nada, nem mesmo remotamente, que se aproximasse de tal mentalidade ou perspectiva.” — (1967), Vol. XIV, p. 299.
Em The Encyclopedia Americana lemos: “O cristianismo derivou-se do judaísmo, e o judaísmo era estritamente unitário [cria que Deus é uma só pessoa]. O caminho que levou de Jerusalém a Nicéia dificilmente foi em linha reta. O trinitarismo do quarto século de forma alguma refletiu com exatidão o primitivo ensino cristão sobre a natureza de Deus; foi, ao contrário, um desvio deste ensinamento.” — (1956), Vol. XXVII, p. 294L.
Segundo o Nouveau Dictionnaire Universel: “A trindade platônica, que em si é meramente um rearranjo de trindades mais antigas, que remontam aos povos anteriores, parece ser a trindade filosófica racional de atributos que deram origem às três hipóstases ou pessoas divinas ensinadas pelas igrejas cristãs. . . . O conceito deste filósofo grego [Platão, do 4.° século AEC] sobre a trindade divina . . . pode ser encontrado em todas as religiões [pagãs] antigas.” — (Paris, 1865-1870), editado por M. Lachâtre, Vol. 2, p. 1467.
O jesuíta John L. McKenzie, no seu Dictionary of the Bible, diz: “A trindade de pessoas dentro da unidade de natureza é definida em termos de ‘pessoa’ e de ‘natureza’, que são termos filosóficos gr[egos]; na realidade, esses termos não aparecem na Bíblia. As definições trinitárias surgiram em resultado de longas controvérsias, em que estes termos e outros, tais como ‘essência’ e ‘substância’, foram erroneamente aplicados a Deus por alguns teólogos.” — (Nova Iorque, 1965), p. 899.
Embora, conforme reconhecem os trinitários, nem a palavra “Trindade” nem a declaração do dogma da Trindade se encontrem na Bíblia, será que se encontram ali os conceitos englobados nesse dogma?
Ensina a Bíblia que o “Espírito Santo” é uma pessoa?
Alguns textos individuais que mencionam o espírito santo (“Espírito Santo”, Al) talvez pareçam indicar uma personalidade. Por exemplo, fala-se do espírito santo como ajudador (grego, pa•rá•kle•tos; “Consolador”, Al; “Auxiliador”, BLH) que ‘ensina’, ‘dá testemunho’, ‘fala’ e ‘ouve’. (João 14:16, 17, 26; 15:26; 16:13) Mas outros textos dizem que pessoas ficaram ‘cheias’ de espírito santo, que algumas delas foram ‘batizadas’ ou ‘ungidas’ com esse espírito. (Luc. 1:41; Mat. 3:11; Atos 10:38) Estas últimas referências feitas ao espírito santo definitivamente não se coadunam com uma pessoa. Para entender o que a Bíblia como um todo ensina, estes textos todos precisam ser considerados. Qual é a conclusão razoável? A de que os primeiros textos citados aqui empregam uma figura de linguagem, personificando o espírito santo de Deus, sua força ativa, assim como a Bíblia personifica também a sabedoria, o pecado, a morte, a água e o sangue. (Veja também as páginas 142, 143, sob o tópico “Espírito”.)
As Escrituras Sagradas nos dão o nome pessoal do Pai — Jeová. Elas nos informam que o Filho é Jesus Cristo. Mas, em parte alguma das Escrituras se dá um nome pessoal ao espírito santo.
Atos 7:55, 56 relata que Estêvão recebeu uma visão do céu, onde viu “Jesus em pé à direita de Deus”. Mas não diz ter visto o espírito santo. (Veja também Revelação 7:10; 22:1, 3.)
A New Catholic Encyclopedia admite: “A maioria dos textos do N[ovo] T[estamento] revela o espírito de Deus como sendo algo, não alguém; isto se vê especialmente no paralelismo entre o espírito e o poder de Deus. (1967, Vol. XIII, p. 575) Diz também: “Os apologistas [escritores cristãos gregos do segundo século] falavam com demasiada hesitação do Espírito; pode-se adiantar até certo ponto que o fizeram de modo impessoal demais.” — Vol. XIV, p. 296.
Concorda a Bíblia com os que ensinam que o Pai e o Filho não são pessoas separadas e distintas?
Mat. 26:39, ALA: “Adiantando-se um pouco, [Jesus Cristo] prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai: Se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e, sim, como tu queres.” (Se o Pai e o Filho não fossem pessoas distintas, essa oração não teria sentido. Jesus estaria orando a si mesmo, e a sua vontade teria sido forçosamente a vontade do Pai.)
João 8:17, 18, ALA: “[Jesus respondeu aos fariseus judaicos:] Na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim.” (Portanto, Jesus falou definitivamente de si mesmo como uma pessoa separada e distinta do Pai.)
Veja também as páginas 208, 209, sob “Jeová”.
Ensina a Bíblia que todos os que se diz que fazem parte da Trindade são eternos, que nenhum deles teve começo?
Col. 1:15, 16, ALA: “Ele [Jesus Cristo] é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois nele foram criadas todas as cousas, nos céus e sobre a terra.” Em que sentido é Jesus Cristo “o primogênito de toda a criação”? (1) Os trinitários dizem que “primogênito” aqui significa primário, o mais excelente, o mais distinto; assim, seria de entender que Cristo não faz parte da criação, mas que é o mais distinto em relação com os que foram criados. Se assim for, e se a doutrina da Trindade é verdadeira, por que não se diz que o Pai e o espírito santo são também o primogênito de toda a criação? Mas a Bíblia aplica esta expressão unicamente ao Filho. Segundo o significado costumeiro de “primogênito”, indica que Jesus é o mais velho da família dos filhos de Jeová. (2) Antes de Colossenses 1:15, a expressão “primogênito” ocorre mais de 30 vezes na Bíblia, e em todos os casos em que é aplicado a criaturas viventes, tem o mesmo significado — o primogênito faz parte do grupo. “O primogênito de Israel” é um dos filhos de Israel; “o primogênito de Faraó” é um da família de Faraó; “os primogênitos dos animais” são eles próprios animais. O que faz com que alguns atribuam, então, um significado diferente a “primogênito” em Colossenses 1:15? O emprego bíblico, ou a crença à qual já se apegaram e para a qual procuram prova? (3) Será que Colossenses 1:16, 17 (ALA) exclui Jesus de ter sido criado, ao dizer “nele foram criadas todas as cousas . . . tudo foi criado por meio dele e para ele”? A palavra grega traduzida aqui por “todas” é pán•ta, forma flexionada de pas. Em Lucas 13:2, ALA traduz isso por “todos os outros”; BV “os demais”; HR diz “todos os mais”. (Veja também Lucas 21:29 na BLH e Filipenses 2:21 na PIB.) Em harmonia com todas as outras coisas que a Bíblia diz a respeito do Filho, a NM atribui o mesmo sentido a pán•ta em Colossenses 1:16, 17, de modo que reza, em parte, “mediante ele foram criadas todas as outras coisas . . . Todas as outras coisas foram criadas por intermédio dele e para ele”. Assim, indica-se que ele é um ser criado, faz parte da criação produzida por Deus.
Rev. 1:1; 3:14, ALA: “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu . . . Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas cousas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio [grego, ar•khé] da criação de Deus.” (Al, So, BMD, NM e outras vertem de modo similar.) É correta essa tradução? Alguns adotam a idéia de que se quer dizer que o Filho era ‘o principiador da criação de Deus’, que ele era a sua ‘fonte real’. Mas o Greek-English Lexicon, de Liddell e Scott, alista “princípio” como o primeiro sentido de ar•khé. (Oxford, Inglaterra, 1968, p. 252) A conclusão lógica é que aquele citado em Revelação 3:14 é uma criação, a primeira das criações de Deus, e teve princípio. (Compare com Provérbios 8:22, onde, conforme muitos comentaristas concordam, se faz referência ao Filho como sabedoria personificada. Segundo IBB, BMD e BJ, diz-se que aquele que fala ali foi “criado”.)
Profeticamente, Miquéias 5:2 (Al) fala a respeito do Messias, cujas “saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. So reza: “cuja geração é desde o princípio, desde os dias da eternidade.” Faz isso com que ele seja igual a Deus? É digno de nota que, em vez de dizer “eternidade”, BMD (5:1) traduz do hebraico por “dias antigos”, PIB, “dias mais remotos”; NM, “dias do tempo indefinido”. À luz de Revelação 3:14, que se considerou acima, Miquéias 5:2 não prova que Jesus não teve começo.
Ensina a Bíblia que nenhum dos que se diz estarem incluídos na Trindade é maior ou menor do que o outro, que todos são iguais, que todos são todo-poderosos?
Mar. 13:32, ALA: “A respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai.” (Naturalmente, não seria assim se o Pai, o Filho e o Espírito Santo fossem coiguais em um só Deus. E se, conforme alguns sugerem, o Filho estivesse impedido de saber, em razão de sua natureza humana, surge a pergunta: Por que é que o Espírito Santo não sabe?)
Mat. 20:20-23, IBB: “A mãe dos filhos de Zebedeu . . . [disse a Jesus]: Concede que estes meus dois filhos se sentem, um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino. Jesus, porém, replicou: . . . O meu cálice certamente haveis de beber; mas o sentar-se à minha direita e à minha esquerda, não me pertence concedê-lo; mas isso é para aqueles para quem está preparado por meu Pai.” (Quão estranho, se, segundo se afirma, Jesus é Deus! Estava Jesus respondendo aqui meramente segundo a sua “natureza humana”? Se, segundo dizem os trinitários, Jesus era realmente “Deus-homem” — ambos, isto é, Deus e homem, não um ou outro — seria, na verdade, lógico recorrer ele a tal explicação? Não mostra Mateus 20:23, ao contrário, que o Filho não é igual ao Pai, que o Pai reservou para si certas prerrogativas?)
Mat. 12:31, 32, ALA: “Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á isso perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir.” (Se o Espírito Santo fosse uma pessoa e fosse Deus, este texto estaria contradizendo terminantemente a doutrina da Trindade, pois significaria de alguma forma que o Espírito Santo é maior do que o Filho. Ao invés, o que Jesus disse mostra que o Pai, de quem é o “Espírito”, é maior do que Jesus, o Filho do homem.)
João 14:28, ALA: “[Jesus disse:] Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.”
1 Cor. 11:3, ALA: “Quero . . . que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem o cabeça da mulher, e Deus o cabeça de Cristo.” (Claramente, pois, Cristo não é Deus, e Deus é superior a Cristo. Deve-se notar que isto foi escrito em cerca de 55 EC, uns 22 anos depois de Jesus voltar ao céu. Portanto, a verdade expressa aqui aplica-se à relação de Deus e de Cristo nos céus.)
1 Cor. 15:27, 28, ALA: “Todas as cousas [Deus] sujeitou debaixo dos seus pés [de Jesus]. E quando diz que todas as cousas lhe estão sujeitas, certamente exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as cousas lhe estiverem sujeitas, então o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as cousas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.”
Tanto a palavra hebraica Shad•daí como a palavra grega Pan•to•krá•tor são traduzidas “Todo-poderoso”. Ambas as palavras no idioma original são repetidamente aplicadas a Jeová, o Pai. (Êxo. 6:3; Rev. 19:6) Nenhuma dessas expressões é jamais aplicada, quer ao Filho, quer ao espírito santo.
Ensina a Bíblia que cada um dos que se diz serem parte da Trindade é Deus?
Jesus disse em oração: “Pai, . . . a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (João 17:1-3, ALA; grifo acrescentado.) (A maioria das traduções usa aqui a expressão “o único Deus verdadeiro” com referência ao Pai. NE reza “que somente tu és verdadeiramente Deus”. Pode alguém ser “o único Deus verdadeiro”, “somente [ele ser] verdadeiramente Deus”, se houver mais dois outros que são Deus no mesmo grau que ele? Quaisquer outros referidos por “deuses” devem ser ou falsos ou meramente um reflexo do verdadeiro Deus.)
1 Cor. 8:5, 6, ALA: “Ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu, ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as cousas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as cousas, e nós também por ele.” (Aqui o Pai é apresentado como o “um só Deus” dos cristãos e como estando numa classe distinta de Jesus Cristo.)
1 Ped. 1:3, ALA: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Repetidas vezes, mesmo após a ascensão de Jesus aos céus, as Escrituras se referem ao Pai como “o Deus” de Jesus Cristo. Em João 20:17, após a ressurreição de Jesus, ele próprio falou a respeito do Pai como “meu Deus”. Mais tarde, quando estava no céu, segundo registrado em Revelação 3:12, ele usou novamente a mesma expressão. Mas nunca se diz na Bíblia que o Pai se refira ao Filho como “meu Deus”, tampouco o Pai ou o Filho se referem ao espírito santo como “meu Deus”.)
Para comentários sobre textos bíblicos usados por alguns no empenho de provar que Cristo é Deus, veja as páginas 212-217, sob o tópico “Jesus Cristo”.
Em Theological Investigations, o jesuíta Karl Rahner admite: “Θεός [Deus] até agora nunca é usado para o Espírito”, e: “ο θεός [literalmente, o Deus] nunca é usado no Novo Testamento para se falar do πνεῦμα ἅγιον [espírito santo]”. — (Baltimore, Md., EUA; 1961), traduzido do alemão, Vol. I, pp. 138, 143.
Será que quaisquer dos textos bíblicos usados pelos trinitários em apoio de sua crença provêem base sólida para esse dogma?
A pessoa que realmente procura conhecer a verdade a respeito de Deus não vai pesquisar a Bíblia na esperança de encontrar um texto que possa interpretar como se enquadrando naquilo que já crê. Desejará saber o que a própria Palavra de Deus diz. Talvez encontre algumas passagens que acha que podem ser entendidas de mais de uma forma, mas, quando essas são comparadas com outras declarações bíblicas sobre o mesmo assunto, o significado de tais passagens se torna claro. Deve-se notar, já de início, que a maioria dos textos usados como “prova” da Trindade menciona na realidade apenas duas pessoas, não três; portanto, mesmo que a explicação trinitária dos textos fosse correta, tais textos não provariam que a Bíblia ensina a Trindade. Considere o seguinte:
(A menos que se indique outra fonte, todos os textos citados na parte que se segue são da ALA.)
Textos em que um título que pertence a Jeová é aplicado a Jesus Cristo ou que se afirma que é aplicado a Jesus.
Alfa e Ômega: A quem pertence corretamente este título? (1) Em Revelação 1:8, diz-se que pertence a Deus, o Todo-poderoso. No versículo 11 , segundo Tr, ed. 1883, esse título é aplicado àquele cuja descrição subseqüente revela ser Jesus Cristo. Mas os eruditos reconhecem que a referência ao Alfa e Ômega, ou “o A e o Z”, na By, no versículo 11 , é espúria e, portanto, não aparece nas versões Al, ALA, BJ, So, PIB. (2) Muitas traduções de Revelação para o hebraico reconhecem que aquele que é descrito no versículo 8 é Jeová, de modo que restauram ali o nome pessoal de Deus. Veja NM, edição com referências, de 1984, em inglês. (3) Revelação 21:6, 7 indica que os cristãos que são vencedores espirituais serão ‘filhos’ daquele conhecido como o Alfa e o Ômega. Referente aos cristãos ungidos pelo espírito, nunca se diz isso da sua relação com Jesus Cristo. Jesus falou a respeito deles como seus ‘irmãos’. (Heb. 2:11; Mat. 12:50; 25:40) Mas esses ‘irmãos’ de Jesus são mencionados como “filhos de Deus”. (Gál. 3:26; 4:6) (4) Em Revelação 22:12, BLH insere o nome Jesus, de modo que se faz com que a referência a Alfa e Ômega no versículo 13 pareça aplicar-se a Jesus. Mas o nome Jesus não aparece ali no grego, e outras traduções não o incluem. (5) Em Revelação 22:13, diz-se também que o Alfa e o Ômega é “o primeiro e o último”, expressão esta que é aplicada a Jesus, em Revelação 1:17, 18. Similarmente, a expressão “apóstolo” é aplicada tanto a Jesus Cristo como a certos de seus seguidores. Mas será que isso prova que sejam a mesma pessoa ou que sejam de posição igual? (Heb. 3:1) De modo que a evidência leva à conclusão de que o título “Alfa e Ômega” se aplica ao Deus Todo-poderoso, o Pai, não ao Filho.
Salvador: Repetidas vezes as Escrituras mencionam Deus como Salvador. Em Isaías 43:11, Deus até mesmo diz: “Fora de mim não há salvador.” Visto que Jesus também é mencionado como Salvador, são Deus e Jesus a mesma pessoa? De forma alguma. Tito 1:3, 4 fala de “Deus, nosso Salvador”, e depois dos dois, de “Deus Pai e de Cristo Jesus nosso Salvador”. Portanto, ambas as pessoas são os salvadores. Judas 25 mostra a relação, dizendo: “Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso.” (Grifo acrescentado.) (Veja também Atos 13:23.) Em Juízes 3:9, a mesma palavra hebraica (moh•shí•a‛, vertida “salvador” ou “libertador”) que é usada em Isaías 43:11 é aplicada a Otniel, um juiz de Israel, mas isso certamente não fez com que Otniel fosse Jeová, não é verdade? Uma leitura de Isaías 43:1-12 mostra que o versículo 11 significa que só Jeová é Aquele que proveu a salvação, ou libertação, a Israel; essa salvação não veio de nenhum dos deuses das nações circunvizinhas.
Deus: Em Isaías 43:10, Jeová diz: “Antes de mim deus nenhum se formou e depois de mim nenhum haverá.” Significa isso que, porque Jesus Cristo é profeticamente chamado de “Deus forte”, em Isaías 9:6, Jesus é forçosamente Jeová? Novamente, o contexto responde que Não! Nenhuma das nações gentias idólatras formou um deus antes de Jeová, porque ninguém existiu antes de Jeová. Tampouco formariam num tempo futuro um deus real, vivo, que pudesse profetizar. (Isa. 46:9, 10) Mas isso não quer dizer que Jeová jamais causasse que existisse alguém que fosse corretamente mencionado como sendo um deus. (Sal. 82:1, 6; João 1:1, NM) Em Isaías 10:21, Jeová é mencionado como sendo “Deus forte”, assim como Jesus o é em Isaías 9:6; mas só Jeová é chamado “Deus Todo-poderoso”. — Gên. 17:1.
Se se encontrar um título ou uma frase descritiva em mais de um lugar nas Escrituras, não se deve jamais concluir precipitadamente que tem de referir-se sempre à mesma pessoa. Tal raciocínio levaria à conclusão de que Nabucodonosor era Jesus Cristo, porque ambos foram chamados de “rei dos reis” (Dan. 2:37; Rev. 17:14); e de que os discípulos de Jesus eram na verdade Jesus Cristo, porque tanto os discípulos como ele foram chamados “a luz do mundo”. (Mat. 5:14; João 8:12) Devemos sempre considerar o contexto e quaisquer outras ocorrências na Bíblia onde aparece a mesma expressão.
Passagens das Escrituras Hebraicas, que claramente se aplicam a Jeová, mas que os inspirados escritores bíblicos aplicaram a Jesus Cristo.
Por que é que João 1:23 cita Isaías 40:3 e o aplica àquilo que João, o Batizador, fez ao preparar o caminho para Jesus Cristo, quando o assunto em consideração em Isaías 40:3 é a preparação do caminho diante de Jeová? Porque Jesus representou a seu Pai. Ele veio no nome de seu Pai e tinha a garantia de que seu Pai estava sempre com ele, pois fazia as coisas que agradavam a seu Pai. — João 5:43; 8:29.
Por que Hebreus 1:10-12 cita o Salmo 102:25-27 e o aplica ao Filho, quando o salmo diz ser este dirigido a Deus? Porque o Filho é aquele por meio de quem Deus executou suas obras de criação descritas aqui pelo salmista. (Veja Colossenses 1:15, 16; Provérbios 8:22, 27-30.) Seja notado que em Hebreus 1:5b se cita de 2 Samuel 7:14, e isto é aplicado ao Filho de Deus. Embora esse texto tenha a sua primeira aplicação a Salomão, a aplicação posterior dele a Jesus Cristo não significa que Salomão e Jesus sejam a mesma pessoa. Jesus é “maior do que Salomão” e executa uma obra prefigurada por Salomão. — Luc. 11:31.
Textos bíblicos que mencionam juntos o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Mateus 28:19 e 2 Coríntios 13:14 são exemplos disso. Nenhum desses textos diz que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são coiguais, coeternos ou que todos são Deus. A evidência bíblica, já apresentada nas páginas 400-404, argumenta contra atribuir por inferência tais idéias a esses textos.
A Cyclopedia of Biblical, Theological, and Ecclesiastical Literature, de McClintock e Strong, embora defenda a doutrina da Trindade, reconhece o seguinte a respeito de Mateus 28:18-20: “Este texto, porém, considerado isoladamente, não provaria de modo decisivo nem a personalidade dos três sujeitos mencionados, nem sua igualdade ou divindade.” (Reimpressão de 1981, Vol. X, p. 552) Com respeito a outros textos que também mencionam os três juntos, esta Cyclopedia admite que, considerados isoladamente, são “insuficientes” para provar a Trindade. (Compare com 1 Timóteo 5:21, onde Deus e Cristo e os anjos são mencionados juntos.)
Textos das Escrituras Hebraicas em que nomes no plural são aplicados a Deus.
Em Gênesis 1:1 o título “Deus” é traduzido de ’Elo•hím, que é plural em hebraico. Os trinitários interpretam que isto indica a Trindade. Explicam também que Deuteronômio 6:4 (ALA) dá a entender a unidade dos membros da Trindade, dizendo: “O SENHOR nosso Deus [traduzido de ’Elo•hím] é o único SENHOR.”
O plural aqui do nome em hebraico é o plural majestático ou de excelência. (Veja o Dicionário Bíblico da NAB, Edição de St. Joseph, p. 330, em inglês; também a New Catholic Encyclopedia, de 1967, Vol. V, p. 287.) Não dá a idéia de pluralidade de pessoas numa deidade. Nesse mesmo estilo, quando em Juízes 16:23 se faz referência ao falso deus Dagom, emprega-se uma forma do título ’elo•hím; o verbo acompanhante está no singular, o que indica que se refere a apenas um deus. Em Gênesis 42:30, fala-se de José como “senhor” (’adho•néh, o plural majestático) do Egito.
O idioma grego não possui ‘plural majestático ou de excelência’. Portanto, em Gênesis 1:1, os tradutores da LXX empregaram ho The•ós (Deus, no singular) como equivalente a ’Elo•hím. Em Marcos 12:29, onde se reproduz uma resposta de Jesus em que ele citou Deuteronômio 6:4, emprega-se similarmente o singular ho The•ós, em grego.
Em Deuteronômio 6:4, o texto hebraico contém duas vezes o Tetragrama, e, portanto, deve rezar mais adequadamente: “Jeová, nosso Deus, é um só Jeová.” (NM) A nação de Israel, a quem isto foi dito, não acreditava na Trindade. Os babilônios e os egípcios adoravam tríades de deuses, mas esclareceu-se a Israel que Jeová é diferente.
Textos dos quais a pessoa pode tirar mais de uma conclusão, dependendo da tradução da Bíblia que for usada.
Se uma passagem pode ser gramaticalmente traduzida de mais de um modo, qual é a tradução certa? Aquela que estiver de acordo com o resto da Bíblia. Se uma pessoa desconsidera outras partes da Bíblia e alicerça sua crença numa versão favorita de determinado versículo, então aquilo que crê reflete na realidade, não a Palavra de Deus, mas as suas próprias idéias e talvez as de outro humano imperfeito.
João 1:1, 2:
ALA reza: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.” (Al, So, BJ, IBB usam fraseologia similar.) Entretanto, NM reza: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era um deus. Este estava no princípio com o Deus.”
Que tradução de João 1:1, 2 está de acordo com o contexto? João 1:18 (ALA) diz: “Ninguém jamais viu a Deus.” O versículo 14 diz claramente que “o Verbo se fez carne, e habitou entre nós . . . vimos a sua glória”. Também, os versículos 1, 2 dizem que no princípio ele estava “com Deus”. Pode alguém estar com uma pessoa e ao mesmo tempo ser essa pessoa? Em João 17:3, Jesus dirige-se ao Pai, dizendo que este é o “único Deus verdadeiro”; portanto, Jesus, como “um deus”, meramente reflete as qualidades divinas de seu Pai. — Heb. 1:3.
Está de acordo com as regras da gramática grega a tradução “um deus”? Alguns livros de referência argumentam fortemente que o texto grego deve ser traduzido: “O Verbo era Deus.” Mas nem todos concordam com isso. Philip B. Harner, no seu artigo “Substantivos Predicativos Anartros Qualificativos: Marcos 15:39 e João 1:1”, disse que cláusulas tais como a de João 1:1, “com um predicativo anartro precedendo ao verbo, têm primariamente sentido qualificativo. Indicam que o logos tem a natureza de theos.” Ele sugere: “A cláusula poderia talvez ser traduzida: ‘o Verbo tinha a mesma natureza de Deus.’” (Journal of Biblical Literature, 1973, pp. 85, 87) Assim, neste texto, o fato de a palavra the•ós, na sua segunda ocorrência, estar sem o artigo definido (ho) e de estar colocado antes do verbo, na sentença, é de importância no grego. É interessante notar que os tradutores que insistem em verter João 1:1: “O Verbo era Deus”, não hesitam em usar o artigo indefinido (um, uma) na sua tradução de outras passagens onde ocorre um substantivo predicativo anartro singular antes do verbo. Assim, em João 6:70, tanto a BJ como o NTI se referem a Judas Iscariotes como “um demônio”, e em João 9:17 descrevem Jesus como “um profeta”.
O jesuíta John L. McKenzie diz no seu Dictionary of the Bible: “João 1:1 deve ser rigorosamente traduzido ‘o verbo estava com o Deus [= o Pai], e o verbo era um ser divino’.” — (Os colchetes são dele. Publicado com o nihil obstat e o imprimatur.) (Nova Iorque, 1965), p. 317.
Em harmonia com o acima, AT reza: “o Verbo era divino”; Mo: “o Logos era divino”; NTIV: “o verbo era um deus”. Ludwig Thimme, na sua tradução alemã, o expressa do seguinte modo: “E Deus de alguma sorte era a Palavra.” Referir-se ao Verbo, ou Palavra, (que se tornou Jesus Cristo) como “um deus” é coerente com o uso desse termo no resto das Escrituras. Por exemplo, no Salmo 82:1-6, os juízes humanos em Israel foram referidos como “deuses” (em hebraico, ’elohím; em grego, the•oí, em João 10:34) porque eram representantes de Jeová e tinham de falar da Sua lei.
Veja também o apêndice da NM, edição com referências, de 1984, p. 1579, em inglês.
João 8:58:
ALA reza: “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: Antes que Abraão existisse, eu sou [grego, e•gó ei•mí].” (IBB, So, MC, CBC, BV rezam todas “eu sou”, algumas versões até mesmo empregam letras maiúsculas para dar a idéia de título. Assim, procuram ligar essa expressão com a de Êxodo 3:14, onde, segundo algumas de tais versões, Deus se refere a si mesmo pelo título “Eu Sou”.) Entretanto, na NM, a última parte de João 8:58 reza: “Antes de Abraão vir à existência, eu tenho sido.” (A mesma idéia é transmitida pela fraseologia de ABV e NTV.)
Que tradução concorda com o contexto? A pergunta dos judeus (versículo 57 ) à qual Jesus respondeu tinha que ver com a idade, não com a identidade. A resposta de Jesus logicamente tinha que ver com a sua idade, com a extensão de sua existência. É interessante notar que não se faz jamais esforço de aplicar e•gó ei•mí ao espírito santo como título.
Diz A Grammar of the Greek New Testament in the Light of Historical Research, de A. T. Robertson: “O verbo [ei•mí] . . . Às vezes expressa existência qual predicado, assim como qualquer outro verbo, como em [e•gó ei•mí] (Jo. 8:58).” — Nashville, Tenn., EUA; 1934, p. 394.
Veja também o apêndice da NM, edição com referências, de 1984, pp. 1582, 1583, em inglês.
Atos 20:28:
So reza: “Atendei a vós mesmos e a todo o rebanho, sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para governardes a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue.” (Al, CBC, IBB usam fraseologia similar.) Mas, na NM, a parte final do versículo reza: “com o sangue do seu próprio [Filho]”. (BJ reza de modo similar. Também BLH, BF, BMD rezam “por meio do sangue do seu próprio Filho”.)
Que tradução(ões) concorda(m) com 1 João 1:7, que diz: “O sangue de Jesus, seu Filho [de Deus], purifica-nos de todo o pecado”? (Veja também Revelação 1:4-6.) Segundo expresso em João 3:16, enviou Deus a seu Filho unigênito, ou ele próprio veio como homem, para que tenhamos vida? Não foi o sangue de Deus, mas o de seu Filho que foi derramado.
Veja também o apêndice da NM, edição com referências, de 1984, p. 1580, em inglês.
Romanos 9:5:
BJ reza: “Aos quais pertencem os patriarcas, e dos quais descende o Cristo, segundo a carne, que é, acima de tudo, Deus bendito pelos séculos! Amém.” (Al, So rezam de modo similar.) Mas, na NM, a parte final do versículo reza: “de quem procedeu o Cristo segundo a carne: Deus, que é sobre todos, seja bendito para sempre. Amém”. (ABV, NTV usam fraseologia similar à da NM.)
Diz este versículo que Cristo é “acima de tudo” e que, por conseguinte, é Deus? Ou refere-se a Deus e a Cristo como pessoas distintas e diz que Deus é “acima de tudo”? Que tradução de Romanos 9:5 concorda com Romanos 15:5, 6, que primeiro distingue Deus de Cristo Jesus e daí insta com os leitores para que ‘glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo’? (Veja também 2 Coríntios 1:3 e Efésios 1:3.) Considere o que se segue em Romanos, capítulo 9. Os versículos 6-13 mostram que o cumprimento do propósito de Deus não depende da herança segundo a carne, mas da vontade de Deus. Os versículos 14-18 fazem referência à mensagem de Deus a Faraó, segundo registrada em Êxodo 9:16, para sublinhar o fato de que Deus é acima de tudo. Nos versículos 19-24 a superioridade de Deus é ilustrada adicionalmente por meio de uma analogia com um oleiro e os vasos de barro que ele faz. Quão apropriada é, pois, a expressão no versículo 5 : “Deus, que é sobre todos, seja bendito para sempre. Amém”! — NM.
The New International Dictionary of New Testament Theology diz: “Rom. 9:5 é contestado. . . . Seria fácil e perfeitamente possível em sentido lingüístico aplicar essa expressão a Cristo. O versículo, então, rezaria: ‘Cristo, que é Deus sobre todos, bendito para sempre. Amém.’ Mesmo assim, Cristo não seria absolutamente igualado a Deus, mas apenas descrito como sendo de natureza divina, pois a palavra theos está sem artigo. . . . A explicação muito mais provável é que essa declaração é uma doxologia dirigida a Deus.” — (Grand Rapids, Mich., EUA; 1976), traduzido do alemão, Vol. 2, p. 80.
Veja também o apêndice da NM, edição com referências, de 1984, pp. 1580, 1581, em inglês.
Filipenses 2:5, 6:
ALA reza: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus.” (So usa fraseologia semelhante. IBB reza: “não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar”.) Mas, na NM, a parte final dessa passagem reza: “o qual, embora existisse em forma de Deus, não deu consideração a uma usurpação [grego, har•pagmón], a saber, que devesse ser igual a Deus”. (RS, NE, TEV, NAB transmitem a mesma idéia.)
Que idéia concorda com o contexto? O versículo 5 aconselha os cristãos a imitar a Cristo no assunto considerado aqui. Poderiam eles ser instados a não considerar o “ser igual a Deus” como “uma usurpação”, mas um direito que lhes cabe? Certamente que não! Mas podem imitar aquele que “não deu consideração a uma usurpação, a saber, que devesse ser igual a Deus”. (NM) (Compare com Gênesis 3:5.) Esta última tradução concorda também com o próprio Jesus Cristo, que disse: “O Pai é maior do que eu.” — João 14:28.
The Expositor’s Greek Testament diz: “Não conseguimos encontrar nenhuma passagem onde [har•pá•zo], ou qualquer palavra derivada dela [incluindo har•pag•món], tem o sentido de ‘ter posse’, ‘reter’. Parece significar invariavelmente ‘apoderar-se’, ‘arrancar violentamente’. Portanto, não se pode transformar o verdadeiro sentido de ‘apossar-se’ para um totalmente diferente, para o de ‘apegar-se’.” — (Grand Rapids, Mich., EUA; 1967), editado por W. Robertson Nicoll, Vol. III, pp. 436, 437.
Colossenses 2:9
Al reza: “Nele [Cristo] habita corporalmente toda a plenitude da divindade [grego, the•ó•te•tos].” (Uma idéia similar é transmitida nas versões IBB, BJ, So, MC.) Todavia, NM reza: “É nele que mora corporalmente toda a plenitude da qualidade divina.” (BLH reza “natureza de Deus”, em vez de “Divindade”. Compare com 2 Pedro 1:4.)
Admite-se que nem todos dão a mesma interpretação a Colossenses 2:9. Mas o que está de acordo com o resto da carta inspirada aos colossenses? Possuía Cristo em si algo que era dele por ser ele Deus e parte de uma Trindade? Ou é “a plenitude” que reside nele algo que veio a ser dele por causa da decisão de outra pessoa? Colossenses 1:19 (Al, So) diz que toda a plenitude residia em Cristo porque “foi do agrado do Pai” que assim fosse. Ne diz que “o Pai quis”.
Considere o contexto imediato de Colossenses 2:9: No versículo 8 , os leitores são advertidos para não serem desencaminhados pelos que ensinam filosofia e tradições humanas. Diz-se-lhes também que em Cristo “todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos”, e insta-se com eles para que ‘andem nele’, sejam “nele radicados e edificados, e confirmados na fé”. (Versículos 3, 6, 7 . É nele, e não nos originadores ou instrutores de filosofia humana, que reside uma “plenitude” preciosa. Dizia o apóstolo Paulo ali que a “plenitude” que estava em Cristo fez com que Cristo fosse o próprio Deus? Não segundo Colossenses 3:1, onde se diz que Cristo está “assentado à direita de Deus”. — Veja ALA, IBB, BJ, So.
Segundo o Greek-English Lexicon, de Liddell e Scott, the•ó•tes (a forma nominativa, da qual the•ó•te•tos se derivou) significa “divindade, natureza divina”. (Oxford, Inglaterra, 1968, p. 792) O fato de Jesus ser verdadeiramente “divindade”, ou de “natureza divina”, não faz com que ele como Filho de Deus seja coigual e coeterno com o Pai, assim como o fato de todos os humanos fazerem parte da “humanidade” ou da “natureza humana” não faz com que sejam coiguais ou todos da mesma idade.
Tito 2:13:
IBB reza: “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus.” (ABV, PIB, BJ usam fraseologia similar.) Entretanto, NM reza: “ao passo que aguardamos a feliz esperança e a gloriosa manifestação do grande Deus e do Salvador de nós, Cristo Jesus.” (NAB traduz de modo similar.)
Que tradução concorda com Tito 1:4, que faz menção de “Deus Pai e de Cristo Jesus nosso Salvador”? Embora as Escrituras também se refiram a Deus como Salvador, este texto faz claramente distinção entre ele e Cristo Jesus, aquele por meio de quem Deus provê a salvação.
Alguns argumentam que Tito 2:13 indica que Cristo é tanto Deus como Salvador. É interessante notar que ALA, ABV, PIB, BJ vertem Tito 2:13 de tal forma que pode ser interpretado como dando margem a esse conceito, mas não seguem a mesma regra na tradução de 2 Tessalonicenses 1:12. Henry Alford, em The Greek Testament, diz: “Eu sugeriria que [uma tradução que claramente diferencia Deus e Cristo, em Tito 2:13] satisfaz todos os requisitos gramaticais da sentença: que isto é tanto estrutural como contextualmente mais provável e está mais de acordo com o modo de escrever do Apóstolo.” — (Boston, EUA, 1877), Vol. III, p. 421.
Veja também o apêndice da NM, edição com referências, de 1984, pp. 1581, 1582, em inglês.
Hebreus 1:8:
IBB reza: “Do Filho diz: O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos.” (Al, ALA, ABV, BJ, So, BMD vertem de modo similar.) Todavia, NM reza: “Com referência ao Filho: ‘Deus é o teu trono para todo o sempre.’” (AT, Mo, TC, By transmitem a mesma idéia.)
Que tradução está em harmonia com o contexto? Os versículos precedentes dizem que Deus está falando, não que se esteja falando a ele; e o versículo seguinte usa a expressão “Deus, o teu Deus”, mostrando que aquele a quem se fala não é o Deus Altíssimo, mas é adorador desse Deus. Hebreus 1:8 cita do Salmo 45:6, que originalmente foi dirigido a um rei humano de Israel. Obviamente, o escritor bíblico deste salmo não pensava que esse rei humano fosse o Deus Todo-poderoso. Antes, o Salmo 45:6, na MC, diz: “O teu trono, como o trono de Deus.” (BJ [versículo 7] diz: “Teu trono é de Deus.”) Diz-se que Salomão, que é bem provavelmente o rei a quem o Salmo 45 foi dirigido originalmente, se sentou “no trono de Jeová”. (1 Crô. 29:23, NM) Em harmonia com o fato de que Deus é o “trono”, ou a Fonte e o Sustentador da realeza de Cristo, Daniel 7:13, 14 e Lucas 1:32 mostram que Deus lhe confere tal autoridade.
Hebreus 1:8, 9 cita do Salmo 45:6, 7, relativo ao qual o erudito bíblico B. F. Westcott diz: “A LXX. admite dois modos de verter: [ho the•ós] pode ser considerado um vocativo em ambos os casos (Teu trono, ó Deus, . . . portanto, ó Deus, Teu Deus . . . ) ou pode ser considerado o sujeito (ou o predicado) no primeiro caso (Deus é Teu Trono, ou Teu trono é Deus . . . ), e um aposto de [ho the•ós sou] no segundo caso, (Portanto, Deus, o Teu Deus . . . ) . . . É bem improvável que [’Elo•hím] no original fosse dirigido ao rei. A conclusão a que se chega, pois, é contra a crença de que [ho the•ós] seja um vocativo na LXX. Assim, de modo geral, parece melhor adotar na primeira oração a tradução: Deus é Teu trono (ou: Teu trono é Deus), isto é, ‘Teu reino funda-se em Deus, a Rocha inabalável’.” — The Epistle to the Hebrews (Londres, 1889), pp. 25, 26.
1 João 5:7, 8:
Al reza: “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num.” (So também inclui esta passagem trinitária.) Entretanto, NM não inclui as palavras “no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra.” (PIB, BV, CBC, LR também excluem a passagem trinitária.)
A respeito desta passagem trinitária, o crítico textual F. H. A. Scrivener escreveu: “Não precisamos hesitar em declarar a nossa convicção de que as palavras controvertidas não foram escritas por São João: que foram originalmente transpostas da margem para as cópias latinas na África, onde haviam sido colocadas como nota explicativa pia e ortodoxa referente ao versículo 8 : que, do latim, penetraram em dois ou três códices gregos posteriores, e daí no texto impresso em grego, lugar a que não tinham nenhum direito.” — A Plain Introduction to the Criticism of the New Testament (Cambridge, 1883, terceira ed.), p. 654.
Uma nota ao pé da página da BJ diz que “o texto dos vv. 7-8 [a passagem trinitária] está acrescido na Vulg. de um inciso . . . ausente nos antigos mss. gregos, nas antigas versões e nos melhores mss. da Vulg., e que parece ser uma glosa marginal introduzida posteriormente no texto.” — Edições Paulinas de 1981, S. Paulo, Brasil, p. 1597.
A obra A Bíblia Explicada diz: “Nos versículos 7, 8 devemos omitir as seguintes palavras: “No céu, o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra”, por não se encontrarem nos melhores manuscritos.” — S. E. McNair (Casa Publ. Assembl. Deus, Rio de Janeiro, Brasil, 1985), p. 489.
Veja também o apêndice da NM, edição com referências, de 1984, p. 1580, em inglês.
Outros textos que os trinitários dizem que expressam elementos do seu dogma.
Note que o primeiro destes textos se refere apenas ao Filho; o outro a ambos, o Pai e o Filho; nem um nem outro menciona o Pai, o Filho e o Espírito Santo, tampouco diz que constituem um só Deus.
João 2:19-22:
Pelo que Jesus disse aqui, queria ele dizer que ressuscitaria a si próprio dentre os mortos? Significa isso que Jesus é Deus, visto que Atos 2:32 diz: “A este Jesus Deus ressuscitou”? De forma alguma. Tal ponto de vista estaria em conflito com Gálatas 1:1, que atribui a ressurreição de Jesus ao Pai, não ao Filho. Mediante uma expressão similar, em Lucas 8:48, Jesus é citado dizendo a uma mulher: “A tua fé te salvou.” Curou ela a si própria? Não; foi o poder de Deus, por intermédio de Cristo, que a curou porque ela tinha fé. (Luc. 8:46; Atos 10:38) Da mesma forma, Jesus, pela sua perfeita obediência como homem, proveu a base moral para que o Pai o ressuscitasse dentre os mortos, reconhecendo assim a Jesus como Filho de Deus. Por causa de seu proceder fiel na vida, podia-se dizer corretamente que Jesus foi ele próprio responsável pela sua ressurreição.
Diz A. T. Robertson em Word Pictures in the New Testament: “Relembre [João] 2:19 onde Jesus disse: ‘E em três dias o levantarei.’ Ele não queria dizer que ressuscitaria a si próprio dentre os mortos independente do Pai como agente ativo (Rom. 8:11).” — (Nova Iorque, 1932), Vol. V, p. 183.
João 10:30:
Ao dizer: “Eu e o Pai somos um”, queria Jesus dizer que eles eram iguais? Alguns trinitários dizem que sim. Mas, em João 17:21, 22, Jesus orou a respeito de seus seguidores: “A fim de que todos sejam um”, e acrescentou: “para que sejam um, como nós o somos”. Usou a mesma palavra grega (hen) para “um” em todos estes casos. Obviamente, os discípulos de Jesus não se tornam todos parte da Trindade. Mas participam sim da união de propósito com o Pai e com o Filho, a mesma espécie de união que une Deus e Cristo.
Em que posição coloca a crença da Trindade os que se apegam a ela?
Coloca-os numa posição muito perigosa. É incontestável a evidência de que o dogma da Trindade não se encontra na Bíblia, tampouco está em harmonia com o que a Bíblia ensina. (Veja as páginas precedentes.) Apresenta uma imagem flagrantemente deturpada do verdadeiro Deus. Contudo, Jesus Cristo disse: “Vem a hora, e já chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:23, 24) Assim, Jesus tornou claro que aqueles cuja adoração não é “em verdade”, que não está em harmonia com a verdade apresentada na própria Palavra de Deus, não são “verdadeiros adoradores”. Jesus disse aos líderes religiosos judaicos do primeiro século: “Por causa da vossa tradição invalidastes a palavra de Deus. Hipócritas! bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.” (Mat. 15:6-9, IBB) Isso se aplica com força igual aos dentro da cristandade hoje que ensinam tradições humanas em preferência às verdades claras da Bíblia.
Quanto à Trindade, o Credo de Atanásio diz (em português) que cada um dos membros é “imenso” (ilimitado). Os que ensinam essa doutrina amiúde dizem que é um “mistério”. Obviamente tal Deus trinitário não é aquele que Jesus tinha em mente quando disse: “Adoramos o que conhecemos.” (João 4:22, IBB) Conhece realmente o Deus que adora?
Cada um de nós confronta-se com perguntas sérias: Será que amamos sinceramente a verdade? Queremos realmente uma relação aprovada com Deus? Nem todos amam genuinamente a verdade. Muitos colocam a aprovação de seus parentes e amigos acima do amor à verdade e a Deus. (2 Tes. 2:9-12; João 5:39-44) Mas, conforme Jesus disse numa oração fervorosa a seu Pai celestial: “Isto significa vida eterna, que absorvam conhecimento de ti, o único Deus verdadeiro, e daquele que enviaste, Jesus Cristo.” (João 17:3, NM) E o Salmo 144:15 declara verazmente: “Feliz o povo cujo Deus é Jeová!” — NM.
Quando Alguém Diz —
‘Acredita na Trindade?’
Poderá responder: ‘Essa é uma crença muito popular em nossos dias. Mas sabia que não foi isso que Jesus e seus discípulos ensinaram? Portanto, adoramos Aquele a quem Jesus mandou adorar.’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Quando Jesus ensinava, eis o mandamento que ele disse que era o maior . . . (Mar. 12:28-30).’ (2) ‘Jesus nunca pretendeu ser igual a Deus. Ele disse . . . (João 14:28).’ (3) ‘Nesse caso, qual é a origem da doutrina da Trindade? Note o que enciclopédias bem conhecidas dizem sobre isso. (Veja as páginas 397, 398.)’
Ou poderá dizer: ‘Não, não creio. Olhe, há textos bíblicos que eu nunca consegui harmonizar com essa crença. Eis um deles. (Mat. 24:36) Talvez o possa explicar-me.’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Se o Filho é igual ao Pai, como é que o Pai sabe coisas que o Filho não sabe?’ Se responderem que isso se dava apenas com respeito à sua natureza humana, então pergunte: (2) ‘Mas por que é que o espírito santo não sabe?’ (Se a pessoa mostrar interesse sincero pela verdade, mostre-lhe o que as Escrituras dizem realmente sobre Deus. (Sal. 83:18; João 4:23, 24)’
Outra possibilidade: ‘Nós acreditamos sim em Jesus Cristo, mas não na Trindade. Por quê? Porque acreditamos no que o apóstolo Pedro acreditava sobre Cristo. Note o que ele disse . . . (Mat. 16:15-17).’
Uma sugestão adicional: ‘Noto que nem toda pessoa tem a mesma coisa em mente ao se referir à Trindade. Talvez eu possa responder melhor à sua pergunta se eu souber o que quer dizer com isso.’ Daí, talvez possa acrescentar: ‘Obrigado pela explicação. Mas eu creio só no que a Bíblia ensina. Viu alguma vez a palavra “Trindade” na Bíblia? . . . (Recorra à concordância na sua Bíblia.) Mas é Cristo mencionado na Bíblia? . . . Sim, e nós cremos nele. Note que aqui na concordância, debaixo de “Cristo”, uma das referências feitas é a de Mateus 16:16. (Leia.) É nisso que creio.’
Ou poderá responder: (se a pessoa chamar atenção especial para João 1:1): ‘Conheço esse versículo. Em algumas traduções da Bíblia, diz-se que Jesus é “Deus”, e em outras que ele é “um deus”. Por que se dá isso?’ (1) ‘Será que é porque o versículo seguinte diz que ele estava “com Deus”?’ (2) ‘Será também por causa do que está escrito aqui em João 1:18?’ (3) ‘Já se perguntou se o próprio Jesus adora alguém como Deus? (João 20:17)’
‘Acredita na divindade de Cristo?’
Poderá responder: ‘Sim, certamente que creio. Mas talvez eu não tenha em mente a mesma coisa que você tem ao se referir à “divindade de Cristo”.’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Por que digo isso? Bem, em Isaías 9:6, Jesus Cristo é descrito como “Deus Poderoso”, mas unicamente seu Pai é mencionado na Bíblia como Deus Todo-poderoso.’ (2) ‘E note que em João 17:3 Jesus fala de seu Pai como “o único Deus verdadeiro”. Portanto, no máximo, Jesus é apenas um reflexo do verdadeiro Deus.’ (3) ‘O que se requer de nossa parte para agradarmos a Deus? (João 4:23, 24)’
STV
O ensino da Trindade é um desvio da verdade
Como se desenvolveu a doutrina da Trindade?
NESTE ponto você talvez se pergunte: ‘Se a Trindade não é um ensinamento bíblico, como é que veio a tornar-se uma doutrina da cristandade?’ Muitos acham que ela foi formulada no Concílio de Nicéia, em 325 EC.
Mas, isso não é totalmente correto. O Concílio de Nicéia realmente afirmou que Cristo era da mesma substância que Deus, o que estabeleceu a base para posterior teologia trinitarista. Mas esse Concílio não estabeleceu a Trindade, pois não houve nele menção do espírito santo como a terceira pessoa de uma Divindade trina.
O Papel de Constantino em Nicéia
POR muitos anos havia muita oposição, por motivos bíblicos, contra a emergente idéia de que Jesus era Deus. Para tentar resolver a disputa, o imperador romano Constantino convocou todos os bispos a Nicéia. Cerca de 300, uma fração do total, realmente compareceram.
Constantino não era cristão. Supostamente, mais tarde na vida ele se converteu, mas só foi batizado quando estava para morrer. Sobre ele, Henry Chadwick diz em The Early Church (A Igreja Primitiva): “Constantino, como seu pai, adorava o Sol Invicto; . . . a sua conversão não deve ser interpretada como tendo sido uma íntima experiência de graça . . . Era uma questão militar. A sua compreensão da doutrina cristã nunca foi muito clara, mas ele estava certo de que a vitória nas batalhas dependia da dádiva do Deus dos cristãos.”
Que papel desempenhou esse imperador não batizado no Concílio de Nicéia? A Enciclopédia Britânica diz: “O próprio Constantino presidiu, ativamente orientando as discussões, e pessoalmente propôs . . . o preceito crucial, que expressa a relação de Cristo para com Deus no credo instituído pelo concílio, ‘de uma só substância com o Pai’ . . . Intimidados diante do imperador, os bispos, com apenas duas exceções, assinaram o credo, muitos dos quais bem contra à sua inclinação pessoal.”
Assim, o papel de Constantino foi decisivo. Depois de dois meses de furiosos debates religiosos, esse político pagão interveio e decidiu em favor dos que diziam que Jesus era Deus. Mas, por quê? Certamente não por causa de alguma convicção bíblica. “Constantino basicamente não tinha entendimento algum das perguntas que se faziam em teologia grega”, diz Breve História da Doutrina Cristã. Mas, o que ele deveras entendia era que a divisão religiosa representava uma ameaça ao seu império, e o seu desejo era solidificar o seu domínio.
Nenhum dos bispos em Nicéia promoveu uma Trindade, porém. Eles decidiram apenas a natureza de Jesus, mas não o papel do espírito santo. Se a Trindade fosse uma clara verdade bíblica, não a teriam proposto naquele tempo?
Desenvolvimento Adicional
DEPOIS de Nicéia, os debates sobre o assunto continuaram por décadas. Os que criam que Jesus não era igual a Deus até mesmo recuperaram temporariamente o favor. Mais tarde, porém, o Imperador Teodósio decidiu contra eles. Ele estabeleceu o credo do Concílio de Nicéia como padrão para o seu domínio e convocou o Concílio de Constantinopla, em 381 EC, para esclarecer os preceitos.
Esse concílio concordou em colocar o espírito santo no mesmo nível que Deus e Cristo. Pela primeira vez, a Trindade da cristandade passou a ser enfocada.
Todavia, mesmo após o Concílio de Constantinopla, a Trindade não se tornou um credo amplamente aceito. Muitos se lhe opuseram e, assim, trouxeram sobre si violenta perseguição. Foi apenas em séculos posteriores que a Trindade foi formulada em credos específicos. A Enciclopédia Americana diz: “O pleno desenvolvimento do trinitarismo ocorreu no Ocidente, no escolasticismo da Idade Média, quando se adotou uma explicação em termos de filosofia e psicologia.”
O Credo Atanasiano
A TRINDADE foi mais plenamente definida no Credo Atanasiano. Atanásio foi um clérigo que apoiou Constantino em Nicéia. O credo que leva seu nome declara: “Adoramos um só Deus em Trindade . . . O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus; e, no entanto, não são três deuses, mas um só Deus.”
Não obstante, bem informados peritos concordam que não foi Atanásio quem elaborou esse credo. A Nova Enciclopédia Britânica comenta: “O credo era desconhecido à Igreja Oriental até o século 12. Desde o século 17, os peritos em geral têm concordado que o Credo Atanasiano não foi escrito por Atanásio (falecido em 373) mas que, provavelmente, foi elaborado no sul da França durante o quinto século. . . . O credo parece ter tido influência primariamente no sul da França e na Espanha no 6.° e 7.° séculos. Foi usado na liturgia da igreja na Alemanha no 9.° século e um pouco mais tarde em Roma.”
Portanto, levou séculos desde o tempo de Cristo para que a Trindade viesse a ser plenamente aceita na cristandade. E, em todo esse processo, o que foi que guiou as decisões? Foi a Palavra de Deus, ou foram considerações clericais e políticas? Em Origem e Evolução da Religião, E. W. Hopkins responde: “A definição ortodoxa final da trindade era em grande parte uma questão de política eclesial.”
A Apostasia Foi Predita
ESSA desabonadora história da Trindade se ajusta ao que Jesus e seus apóstolos predisseram que viria depois de seus dias. Eles disseram que viria uma apostasia, um desvio, um abandono da adoração verdadeira até a volta de Cristo, quando então a adoração verdadeira seria restaurada, antes do dia em que Deus destruiria este sistema de coisas.
Sobre tal “dia”, o apóstolo Paulo disse: “Não virá a menos que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem que é contra a lei.” (2 Tessalonicenses 2:3, 7) Mais tarde, ele predisse: “Depois de minha partida, introduzir-se-ão entre vós lobos vorazes que não pouparão o rebanho. Mesmo do meio de vós surgirão alguns falando coisas pervertidas, para arrastarem atrás de si os discípulos.” (Atos 20:29, 30, BJ) Outros discípulos de Jesus também escreveram a respeito dessa apostasia com a sua classe do clero ‘contra a lei’. — Veja, por exemplo, 2 Pedro 2:1; 1 João 4:1-3; Judas 3, 4.
Paulo também escreveu: “Pois virá um tempo em que alguns não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, segundo os seus próprios desejos, como que sentindo comichão nos ouvidos, se rodearão de mestres. Desviarão os seus ouvidos da verdade, orientando-os para as fábulas.” — 2 Timóteo 4:3, 4, BJ.
O próprio Jesus explicou o que estaria por trás desse desvio da adoração pura. Ele disse que lançara boas sementes, mas que o inimigo, Satanás, semearia por cima o joio. Assim, junto com as primeiras lâminas de trigo, apareceu também o joio. Portanto, era de esperar um desvio do cristianismo puro até a colheita, quando então Cristo corrigiria as coisas. (Mateus 13:24-43) A Enciclopédia Americana comenta: “O trinitarismo do quarto século de forma alguma refletiu com exatidão o primitivo ensino cristão sobre a natureza de Deus; foi, ao contrário, um desvio deste ensinamento.” Onde, então, originou-se tal desvio? — 1 Timóteo 1:6.
O Que o Influenciou
POR todo o mundo antigo, remontando a Babilônia, a adoração de deuses pagãos agrupados em três, ou tríades, era comum. Esta influência era também prevalecente no Egito, na Grécia, e em Roma nos séculos antes, durante e depois de Cristo. E após a morte dos apóstolos, tais crenças pagãs passaram a invadir o cristianismo.
O historiador Will Durant observou: “O cristianismo não destruiu o paganismo; ele o adotou. . . . Do Egito vieram as idéias de uma trindade divina.” E no livro Egyptian Religion (Religião Egípcia), Siegfried Morenz diz: “A trindade era uma das principais preocupações dos teólogos egípcios . . . Três deuses são combinados e tratados como se fossem um único ser, a quem se dirige no singular. Deste modo, a força espiritual da religião egípcia mostra ter um vínculo direto com a teologia cristã.”
Assim, em Alexandria, no Egito, os eclesiásticos da última parte do terceiro e o início do quarto século, tais como Atanásio, refletiram essa influência ao formularem idéias que levaram à Trindade. A própria influência deles se alastrou, de modo que Morenz considera “a teologia alexandrina como o intermediário entre a herança religiosa egípcia e o cristianismo”.
No prefácio do livro History of Christianity (História do Cristianismo), de Edward Gibbon, lemos: “Se o paganismo foi conquistado pelo cristianismo, é igualmente verdade que o cristianismo foi corrompido pelo paganismo. O puro deísmo dos primeiros cristãos . . . foi mudado, pela Igreja de Roma, para o incompreensível dogma da trindade. Muitos dos dogmas pagãos, inventados pelos egípcios e idealizados por Platão, foram retidos como sendo dignos de crença.”
O Dicionário do Conhecimento Religioso menciona que muitos dizem que a Trindade “é a corrupção emprestada de religiões pagãs e enxertada na fé cristã”. E O Paganismo no Nosso Cristianismo declara: “A origem da [Trindade] é inteiramente pagã.”
É por isso que na Enciclopédia de Religião e Ética, James Hastings escreveu: “Na religião indiana, p. ex., temos o grupo trinitário de Brama, Xiva e Vixenu; e na religião egípcia, com o grupo trinitário de Osíris, Ísis e Hórus . . . Tampouco é apenas em religiões históricas que encontramos Deus sendo considerado como uma Trindade.
Vem-nos à mente em especial o conceito neoplatônico da Suprema e Derradeira Realidade”, que é “representada triadicamente”. O que tem a haver com a Trindade o filósofo grego Platão?
Platonismo
PLATÃO, segundo se pensa, viveu de 428 a 347 antes de Cristo. Embora não ensinasse a Trindade na sua forma atual, as suas filosofias pavimentaram o caminho para ela. Mais tarde, movimentos filosóficos que incluíam crenças triádicas floresceram, e estas eram influenciadas pelas idéias de Platão a respeito de Deus e da natureza.
A obra francesa Nouveau Dictionnaire Universel (Novo Dicionário Universal) diz sobre a influência de Platão: “A trindade platônica, que em si é meramente um rearranjo de trindades mais antigas, que remontam aos povos anteriores, parece ser a trindade filosófica racional de atributos que deram origem às três hipóstases ou pessoas divinas ensinadas pelas igrejas cristãs. . . . O conceito deste filósofo grego sobre a trindade divina . . . pode ser encontrada em todas as religiões [pagãs] antigas.”
A The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge (Nova Enciclopédia de Conhecimento Religioso, de Schaff-Herzog) mostra a influência dessa filosofia grega: “As doutrinas do Logos e da Trindade receberam a sua forma de Pais Gregos, que . . . foram muito influenciados, direta ou indiretamente, pela filosofia platônica . . . Que dessa fonte se infiltraram erros e corrupções na Igreja não pode ser negado.”
A Igreja dos Primeiros Três Séculos diz: “A doutrina da Trindade foi formada de maneira gradual e comparativamente tardia; . . . teve a sua origem numa fonte inteiramente estranha à das Escrituras Judaicas e Cristãs; . . . cresceu, e foi enxertada no cristianismo, pelas mãos de Pais platônicos.”
Por volta do fim do terceiro século EC, o “cristianismo” e as novas filosofias platônicas tornaram-se inseparavelmente unidas. Como declara Adolf Harnack em Outlines of the History of Dogma (Linhas Gerais da História de Dogmas), a doutrina da igreja ficou “firmemente enraizada no solo do helenismo [pensamento grego pagão]. Deste modo tornou-se um mistério para a grande maioria dos cristãos.”
A igreja afirmava que as suas novas doutrinas se baseavam na Bíblia. Mas Harnack diz: “Na realidade legitimava em seu meio a especulação helênica, os conceitos e costumes supersticiosos de cultos misteriosos pagãos.”
No livro A Statement of Reasons (Declaração de Razões), Andrews Norton diz sobre a Trindade: “Podemos traçar a história dessa doutrina e descobrir a sua origem, não na revelação cristã, mas sim na filosofia platônica . . . A Trindade não é uma doutrina de Cristo e de seus Apóstolos, mas sim uma ficção da escola de posteriores platonistas.”
Assim, no quarto século EC, a apostasia predita por Jesus e por seus apóstolos veio a florescer plenamente. O desenvolvimento da Trindade era apenas uma evidência disso. As igrejas apóstatas também começaram a abraçar outras idéias pagãs, como o inferno de fogo, a imortalidade da alma e a idolatria. Espiritualmente falando, a cristandade havia entrado na sua predita era obscura, dominada por uma crescente classe clerical, o “homem que é contra a lei”. — 2 Tessalonicenses 2:3, 7.
Por Que os Profetas de Deus Não a Ensinaram?
POR QUE, por milhares de anos, nenhum dos profetas de Deus ensinou Seu povo a respeito da Trindade? No mínimo, não usaria Jesus a sua habilidade como Grande Instrutor para tornar a Trindade clara a seus seguidores? Inspiraria Deus centenas de páginas de Escritura, e, ainda assim, nada usaria dessa instrução para ensinar a Trindade se esta realmente fosse a “doutrina central” da fé?
Devem os cristãos crer que séculos depois de Cristo, e depois de ter inspirado a escrita da Bíblia, Deus apoiaria a formulação de uma doutrina que era desconhecida a seus servos por milhares de anos, uma doutrina que é um ‘mistério insondável’, “além da compreensão da razão humana”, que admitidamente teve um fundo pagão e era “em grande parte uma questão de política eclesial”?
O testemunho da história é claro: O ensino da Trindade é um desvio da verdade, uma apostasia.
Atenção: E de extrema importância que você leia este artigo acompanhando os textos bíblicos com sua Bíblia
Arranjo: Jefferson
Revelando Verdades sobre religião, seitas, crenças, Anunnaki, Saúde, Arqueologia, Mistérios, Illuminati, Maçonaria, Anticristo
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Há prova da Trindade em 1 João 5:7, 8?
OS ERUDITOS bíblicos têm questionado por muito tempo a autenticidade de certas palavras encontradas em 1 João 5:7, 8. Mas, visto que estas palavras aparecem no Textus Receptus (“Texto Recebido”), são encontradas na Versão Almeida e em outras versões. No entanto, ao passo que a crescente evidência mostra que estas palavras são espúrias, os que crêem na Trindade parecem ter tomado uma ação protelatória contra a expurgação delas das traduções da Bíblia.
Por exemplo, o famoso erudito bíblico inglês, católico romano, Monsenhor Knox, tem na sua tradução (1944) uma nota ao pé da página, que diz: “Este versículo não ocorre em nenhum bom manuscrito grego. Mas as versões latinas talvez tenham preservado o verdadeiro texto.” E, no texto principal, a tradução inglesa da Confraternidade católica (1941) reza: “Porque há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E há três que dão testemunho na terra: o Espírito, e a água, e o sangue; e estes três são um.” Numa nota ao pé da página, esta tradução declara: “Segundo a evidência de muitos manuscritos e da maioria dos comentadores, estes versículos deveriam rezar: ‘E há três que dão testemunho, o Espírito, e a água, e o sangue; e estes três são um.”’ Não obstante, a nota acrescenta: “A Santa Sé se reserva o direito de opinar definitivamente sobre a origem da versão atual.”
Um Comentário Católico Sobre a Sagrada Escritura (1953; em inglês) presume explicar como o Pai, a Palavra (Jesus) e o Espírito Santo dão todos testemunho da divindade de Cristo. Daí, em explicação das palavras “e estes três são um”, esta obra diz que eles “têm uma só natureza idêntica”. No entanto, cita então outra página (que a maioria dos leitores provavelmente não consultaria). Ali se encontra uma admissão de que esta passagem agora é tida em geral como sendo uma glosa que se introduziu nos manuscritos da Latina Antiga, Vulgata e gregos. Sendo assim, por que tentar explicá-la?
Em contraste com isso há a nota ao pé da página que aparece na Bíblia de Jerusalém (1966; católica, em inglês), que não possui as palavras adicionais no texto principal. Ela diz: “Vulg[ata] vv. 7-8 rezam como segue ‘Há três testemunhas no céu: o Pai a Palavra e o Espírito, e estes três são um; há três testemunhas na terra: o Espírito a água e o sangue’. As palavras em grifo (não existentes em nenhum dos MSS gregos mais antigos, nem em qualquer das primitivas traduções, nem nos melhores MSS da própria Vulg.) são provavelmente uma glosa que se introduziu no texto.” — Veja a nota sobre o mesmo texto na versão de Lincoln Ramos.
É significativo que as palavras espúrias em questão não sejam encontradas nas mais recentes traduções católicas romanas em português, a do Pontifício Instituto Bíblico de Roma, a da Liga de Estudos Bíblicos, a do Centro Bíblico Católico de São Paulo, nem em outras. Mas como se introduziram nos manuscritos bíblicos? É provável que um copista superzeloso deliberadamente inserisse esta declaração, a fim de dar apoio ao ensino da Trindade. Contudo, não há nenhuma prova desta doutrina falsa nem aqui, nem em outra parte das Escrituras Sagradas.