Pix.: 22992540111 (Qualquer ajuda é bem Vinda. Gratidão)
Inicio | Temas Bíblicos |Leia a Biblia Leia a Bíblia | Post´s em Espanhol |Doações |Contato
Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
faceicon
REFUTANDO O PRÉ-TRIBULACIONISMO

REFUTANDO O PRÉ-TRIBULACIONISMO
“E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane;” Mateus 24:4

Milhares de pessoas desaparecerão repentinamente. Carros se desgovernarão nas ruas quando seus motoristas forem arrebatados. Aviões cairão quando seus pilotos se “desintegrarem”. O plantão do Jornal Nacional interromperá a Sessão da Tarde, ou a novela das 8, para noticiar as diversas tragédias que ocorrerão ao redor do mundo.
Repórteres entrevistam esposos desesperados, dizendo que suas esposas desapareceram enquanto preparavam o jantar. Mães, aos prantos, dizem que viram seus bebês evaporarem em seus berços. Professores confusos pelo fato de pelo menos um terço de sua classe ter desaparecido. Um paciente, em pleno tratamento de canal, relata que ficou de boca aberta ao ver sua dentista flutuar e atravessar o teto do consultório, para nunca mais voltar. Um pastor atônito diz que percebeu algo estranho enquanto, entusiasmado, trovejava atrás de um púlpito seu mais novo sermão sobre os 5 Princípios Para uma Vida de Sucesso. Em todos os lugares, há relatos de pessoas desaparecendo. Por alguma razão, somente Brasília parece ter um dia normal.
Este é o cenário apocalíptico comumente pintado aos congregantes da maioria das igrejas de hoje. Livros e até mesmo filmes, como a série Deixados Para Trás, foram produzidos em torno destes relatos hollywoodianos. Diz-se que Jesus virá uma vez, secretamente, para arrebatar os santos e voltará uma vez mais, agora visivelmente e para reinar, após um período de sete anos denominado A Grande Tribulação.
É certo que Jesus voltará para nos resgatar, que haverá um arrebatamento e um período de tribulação pelo qual a terra passará. Algumas perguntas, no entanto, pairam no ar. Por exemplo, de onde se tirou a idéia de que Jesus voltará duas vezes – uma vez secreta e outra publicamente? Onde está escrito que a Igreja escapará da Grande Tribulação? Onde é que a Bíblia descreve uma tribulação de sete anos no final dos tempos? E, a prova dos nove: se dermos uma Bíblia a alguém que nunca tenha ouvido falar da teoria pré-tribulacionista, no final de sua leitura essa pessoa crerá em um arrebatamento pré-tribulacionista?
Ao longo desta série de artigos, veremos que não. Absolutamente ninguém que leia somente a Bíblia, sem as lentes da teologia dispensacionalista, chegará à conclusão de que a igreja será arrebatada antes da tribulação. Ninguém que leia somente as Escrituras poderá enxergar duas vindas de Jesus no final dos tempos. Mas, antes de começarmos a desconstruir esta doutrina, precisamos conhecer suas raízes.
Fonte: http://paoevinho.org

REFUTANDO O PRÉ-TRIBULACIONISMO – PARTE 2
” Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim…” II Tess 2:3 (parte a)

O ensino sobre a vinda secreta de Jesus antes da tribulação e do aparecimento do Anticristo tem sido crido e amplamente disseminado na Igreja contemporânea sem nenhum questionamento ou investigação. Poucos sabem que esta doutrina não reflete a crença dos Pais da Igreja, ou sequer foi ensinada pelos reformadores. Surpreendentemente, por mais de 1800 anos, ninguém havia ensinado ou ouvido falar em um arrebatamento pré-tribulacionista.

Comumente, associa-se a origem do pré-tribulacionismo a John Nelson Darby (1800-1882), teólogo inglês do século XIX e líder do grupo reformista Os Irmãos de Plymouth. Os biógrafos de Darby o chamam de “o pai do dispensacionalismo moderno”. Darby, sem dúvida, foi o principal porta-voz desta alternativa escatológica que divide a volta de Cristo em duas etapas. Nem todos os de seu tempo, porém, aceitaram esta teologia. Entre os contemporâneos de Darby que rejeitaram o pré-tribulacionismo estão Jorge Müller, William Booth (fundador do Exército da Salvação), Carlos Spurgeon e um teólogo chamado Samuel Prideaux Tregelles. Tregelles foi um teólogo do século XIX e integrante dos Irmãos, o mesmo grupo a que Darby pertencia.
Em 1864, em seu livro The Hope of Christ’s Second Coming (A Esperança da Segunda Vinda de Cristo), Tregelles refutou abertamente a nova doutrina como sendo antibíblica.1 Ele atribuiu o surgimento do pré-tribulacionismo, não a Darby, mas a uma falsa profecia proclamada por um dos membros da Igreja Católica Apostólica – grupo liderado pelo eloquente pregador escocês Edward Irving (1792 – 1834). A profetisa em questão era uma jovem de 15 anos chamada Margaret MacDonald (1815 – 1840).
Na primavera de 1830, na cidade escocesa de Port Glasgow, Margaret recebeu uma profecia em que um grupo seleto de cristãos era arrebatado durante uma vinda secreta de Cristo. A profecia foi preservada na íntegra em uma obra entitulada Memoirs (Memórias), escrita por uma testemunha ocular dos acontecimentos, o médico e pastor escocês Robert Nolton. Na obra, Nolton atesta que essa menina de 15 anos chamada Margaret foi a primeira pessoa a dividir a vinda de Cristo em duas etapas. Edward Irving também pregou a doutrina de um retorno secreto de Cristo. É incerto qual a relação entre a teologia de John N. Darby, a profecia de Margaret MacDonald e os ensinos de Edward Irwing. O que se pode dizer é que estes três personagens entraram para a História da Igreja como os difusores simultâneos de uma nova doutrina, totalmente desconhecida antes do século XIX.
Darby visitou a América seis vezes e levou consigo a doutrina do “escapismo” (como é conhecida entre alguns, em alusão ao fato de a Igreja “escapar” da Grande Tribulação). Nos Estados Unidos, um erudito chamado Cyrus Ingerson Scofield (1843-1921) foi exposto aos ensinos de Darby. Scofield considerava Darby “o mais profundo erudito bíblico dos tempos modernos”.
Em 1909, Scofield publicou uma Bíblia com suas próprias notas marginais recheadas com o pré-tribulacionismo darbinista – o famoso clássico da literatura dispensacionalista, entitulado A Bíblia de Scofield. A Bíblia de Scofield é sem dúvida a maior responsável pela disseminação da doutrina do escapismo nos EUA e, consequentemente, nos países evangelizados por missionários americanos, entre eles o Brasil.
Ao ser indagado se cria na doutrina das duas vindas de Jesus Cristo no final dos tempos, uma secreta e outra visível, o renomado avivalista G. Campbell Morgan (1863-1945) disse:
Enfaticamente, não! Conheço muito bem esta doutrina. Nos primeiros anos de meu ministério, cri nesta visão e a incorporei em um de meus livros. Mas, à medida que estudei mais o assunto, percebi o erro deste ensino […]. A idéia de uma vinda de Cristo secreta e à parte é uma divagação da intepretação profética, e não dispõe de absolutamente nenhum fundamento biblico.
Assim como Morgan, muitos de nós aprendemos e ensinamos a doutrina do escapismo por muitos anos. Resta saber se teremos a mesma humildade que Morgan teve ao admitir o engano que cometeu. Espero colaborar com isso, nesta série de artigos sobre o Pré-tribulacionismo.

Fonte: http://paoevinho.org.

REFUTANDO O PRÉ-TRIBULACIONISMO – PARTE 3

O PRÉ-TRIBULACIONISMO VERSUS A CRONOLOGIA BÍBLICA
No último artigo, falamos a respeito da origem do pré-tribulacionismo. Por mais de 1800 anos, nunca ninguém havia dividido a vinda do Senhor Jesus em duas partes: uma secreta e outra pública. Começaremos agora a estudar a cronologia escatológica apresentada pela Bíblia, para então constatarmos se, no relato bíblico, eventos como uma vinda secreta de Cristo e um arrebatamento pré-tribulacionista se encaixam na narrativa apresentada pelos apóstolos.

A ESCATOLOGIA DE JESUS CRISTO
A primeira Escritura que analisaremos é Mateus 24:15-33, que relata os eventos escatológicos narrados na ordem que o Senhor Jesus nos descreve. Leia o texto e acompanhe a sequencia:
1) Aparece o Anticristo (Mateus 24:15)
2) Advertências contra o engano (falsos cristos) e para a fuga durante o período de uma “grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (vv. 16-27).
3) Após a tribulação, “o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados” (v. 29)
4) Nosso Senhor aparece em glória, diante de todos (v. 30).
5) E ele enviará os seus anjos, com grande clamor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.
A narrativa escatológica acima não menciona nenhuma volta secreta do Senhor Jesus. Muito pelo contrário, fala de somente uma única vinda, e esta será visível a todos. Vemos também que os santos são recolhidos após o aparecimento do Anticristo e após o período da Grande Tribulação.
Até o momento, somente encontramos menção a uma única vinda de Cristo e um único arrebatamento, ambos ocorrendo após a tribulação.
A ESCATOLOGIA DOS APÓSTOLOS PAULO E JOÃO
… num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. (1 Coríntios 15:52-53 – grifos acrescentados)
Paulo nos ensina que antes do arrebatamento e glorificação de nossos corpos, os mortos em Cristo devem ressuscitar primeiro. Ele confirma esta sequencia no verso abaixo:
Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. (1 Ts 4:15-17 – grifos acrescentados)
Acompanhemos a sequencia dos eventos descritos acima;
1) Brada o arcanjo, a trombeta é tocada;
2) Cristo desce dos céus;
3) Os mortos em Cristo são ressuscitados;
4) Os discípulos que estiverem vivos são arrebatados para o encontro com o Senhor nos ares.
De acordo com a passagem acima, Cristo volta de maneira nada discreta: com grande brado e ao som da trombeta. É um evento que será visto por todos. Mais uma vez, nada se fala a respeito de uma vinda secreta. Em segundo lugar, de acordo com Paulo, antes que o arrebatamento ocorra, os santos que já morreram em Cristo precisam ressuscitar primeiro. Este evento, por si só, já situa o arrebatamento após o término da Grande Tribulação, como João nos esclarece:
E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos. (Ap 20:4-6 – grifos acrescentados)
A sequencia de João é clara:
1) Os santos passam pela tribulação (não há nenhuma menção prévia a este capítulo de um arrebatamento anterior ao eventos registrados no v. 4)
2) A ressurreição dos santos em Cristo após a tribulação é chamada de a primeira ressurreição.
De acordo com João, haverá somente duas ressurreições: a dos justos e a dos ímpios (após o Milênio). Se Paulo nos ensina que o arrebatamento ocorrerá somente após a ressurreição dos justos, e a primeira ressurreição ocorrerá somente após a Grande Tribulação, então obrigatoriamente o arrebatamento dos santos necessita ocorrer após a Grande Tribulação.
Não há nas Escrituras nenhuma menção a duas vindas do Senhor (uma secreta e uma pública) e a um arrebatamento que preceda a tribulação. Ambas as coisas aparecem na Bíblia como um evento único, após a Tribulação. Na sustentação de seu postulado, o dispensacionalismo contradiz a cronologia escatológica claramente exposta no texto bíblico. O pré-tribulacionismo implica em um arrebatamento anterior à primeira ressurreição descrita em Ap. 16 (que se dá após a tribulação), o que contraria a premissa de Paulo de que “de modo algum precederemos os que dormem”.
Fonte: http://paoevinho.org.

REFUTANDO O PRÉ-TRIBULACIONISMO – PARTE 4
O APARTHEID DISPENSACIONALISTA

Proeminentes ministérios pré-tribulacionistas defendem uma teologia que aparentemente favorece o povo judeu e o Estado de Israel. Os pré-tribulacionistas, em sua maioria, são pró-sionismo e entendem que Deus ainda tem contas a acertar com a semente natural de Abrãao antes do fim, ao contrário dos adeptos da Teologia da Substituição, que pregam que a Igreja substituiu Israel.

Ironicamente, este favoritismo termina no início da Grande Tribulação que, de acordo com o dispensacionalismo, durará sete anos. O pensamento pré-tribulacionista é o de que a Igreja será poupada da Grande Tribulação. Ela será recolhida da terra e somente a partir de então é que Deus passará a lidar com Israel. O pré-tribulacionismo dita que enquanto a Noiva desfruta do Noivo nas regiões celestiais, os judeus e mais um bando de crentes “meia-boca” estarão na terra fritando no óleo da ira de Deus por sete anos.
Em primeiro lugar, como explicado em O Pré-tribulacionismo versus A Cronologia Bíblica (http://geracaodafigueira.blogspot.com.br/2014/03/refutando-o-pre-tribulacionismo-parte-3.html#more), não há evidências bíblicas que embasem a crença de que o arrebatamento dos santos se dará antes da tribulação. Em segundo lugar, as Escrituras nos ensinam que Cristo reconciliou judeus e gentios em um só Corpo, por meio da cruz (Ef. 2:11-22). Para o Senhor, há somente um povo, e não dois: o Israel de Deus, formados por judeus e gentios que foram salvos da ira divina (o inferno) pelos méritos de Cristo.
Há uma relação sutil entre a Teologia da Substituição, o Pré-tribulacionismo e o histórico antissemitismo cristão. Ainda que, a princípio, o pré-tribulacionismo favoreça Israel, no final acaba deslizando no mesmo lodo de antissemitismo em que sucumbe o Substitucionismo, ao criar um apartheid teológico que eleva a Igreja acima dos judeus e desfavoreça Israel no final dos tempos – sem nenhum embasamento bíblico.
Se todos nós, judeus e gentios cristãos, clamamos ter Abraão como pai (Rm 4:16), porque então há entre nós aqueles que se comprometem com uma teologia contraditória que decreta nossa independência da comunidade de Israel, arrogantemente crendo que o Messias virá “somente para a Igreja”, como se tivéssemos algum privilégio com relação aos judeus? Não encerrou Deus a todos debaixo da desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos (Rm 11:32)? Onde, então, se embasa tamanha jactância?
Quanta pretensão!!! Foram aos gentios que foram dadas primeiramente a adoção, e a glória, e os pactos, e a promulgação da lei, e o culto, e as promessas (Rm. 9:4)? Não. Quando nossos antepassados ainda estavam adorando ídolos, os judeus já há muito tempo eram os guardiões destas verdades. Trocou Deus de povo ou rejeitou os judeus? Não (Rm 11:1). Por que, então, tamanha jactância, que eleva a Igreja a um nível de favorecimento com relação ao povo de Israel? Se fomos de fato fomos unidos à comunidade de Israel, pela cruz, Deus não vê e não lida com dois povos distintos. Antes, promoverá a restauração, tapando esta lacuna histórica que se desenvolveu entre judeus e cristãos, cancelando o divórcio entre judeus soberbos e cristãos presunçosos que, contrariando o mandamento apostólico, presumem-se em si mesmos (Rm 11:1-32).
Se acompanharmos a história de Israel moderno e os avivamentos na Igreja ocorridos no século XIX e XX, não há como chegarmos a uma conclusão diferente: a de que os caminhos de Israel e da Igreja se cruzarão novamente antes do Dia Final. Todo vale será aterrado e todo monte nivelado, antes que a Glória do Senhor seja derramada sobre a terra e antes que toda a carne veja a salvação de Deus (Is 40:4, Lc 3:5-6). Judeus soberbos e gentios presunçosos se encontrarão no final dos tempos e juntos compartilharão a Glória da Noiva que o Messias virá buscar (Ef. 5:27).

Fonte: www.paoevinho.org

REFUTANDO O PRÉ-TRIBULACIONISMO – PARTE 5
A QUESTÃO DO ESCAPISMO PRÉ-TRIBULACIONISTA

As Escrituras nos dizem que o Senhor guardará a Igreja da provação e da ira vindoura. Diz também que não fomos destinados para a ira, e faz alusão a um agente que detém o Anticristo até que chegue o momento de sua manifestação. Analisaremos estes versos em contraste com a cronologia escatológica que as Escrituras nos ensinam.
Começarei pelos escritos de Paulo:
… e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura. (1 Ts 1:10)

… porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5:9)

Como vimos em O Pré-tribulacionismo versus A Cronologia Bíblica, a Bíblia nos fala de um único Dia do Senhor pelo qual devemos esperar (não dois: um secreto e um público). Também nos ensina que este Dia do Senhor ocorre depois do aparecimento do abominável (2Ts 2:1-4, Ap 16:14-16). Mostra-nos uma única ressurreição dos justos após a tribulação (Ap 20:4-6). Consequentemente, mostra-nos um único arrebatamento, após a tribulação. Somente podemos concluir que a “ira” a que Paulo se refere certamente não é a Grande Tribulação, e sim a punição dos ímpios ou o Juízo Final. Esta foi a interpretação da Igreja por 1830 anos.
O dispensacionalismo pré-tribulacionista cria uma interessante relação entre o Anticristo e o Espírito Santo, como veremos abaixo:
Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém (2 Ts 2:7)
Baseados neste versículo, o pré-tribulacionismo afirma que o Espírito Santo está impedindo a aparição do Anticristo. Por lógica, sendo a Igreja arrebatada, o Espírito Santo se retirará da terra, abrindo o caminho ao iníquo que agora poderá devorar a terra, visto que os santos já foram retirados para serem preservados de seu furor.
O problema óbvio com esta doutrina é que haverá convertidos na terra durante o período de tribulação (Ap7 :9-14, Ap 13:7, Ap 14:12-13, Ap 20:4). Portanto, o Espírito Santo estará na terra – a não ser que algum teólogo pré-tribulacionista queira se aventurar em um debate de como as pessoas se converterão neste período sem serem convencidas de seu pecado pelo Espírito Santo, e como serão crentes genuínos, fieis até a morte, sem serem batizados com o Espírito Santo.
Além de violar a cronologia bíblica anteriormente discutida, o pré-tribulacionismo comete uma atrocidade ainda mais grave: nega aos santos da tribulação o status de Igreja. Os teólogos pré-tribulacionistas determinaram que tais pessoas, apesar de seu belo testemunho, são somente um “simulacro” de Igreja, mas não são o Corpo de Cristo. Não há nenhuma base escriturística para tamanha arbitrariedade. Enquanto houver convertidos sobre a face da terra, a Igreja estará presente e, consequentemente, o Espírito Santo de Deus.
Em nenhum momento Paulo diz quem é o agente que impede a manifestação total do Anticristo na terra. Um anjo poderia estar acorrentando este demônio, para liberá-lo na hora certa. O agente pode ser também um sistema de governo, ou até mesmo uma poderosa nação que ofereça resistência à formação de uma Nova Ordem Mundial. Não há respaldo bíblico que sustente a lógica de que “a Igreja se retira da terra com o Espírito Santo e deixa o caminho livre para o Anticristo”. Toda esta retórica surgiu de uma mera conjectura que com o tempo tomou força de doutrina.
Um outro verso comumente usado pelos pré-tribulacionistas é:
Porquanto guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para pôr ã prova os que habitam sobre a terra. (Ap. 3:10)
Em primeiro lugar, temos que lembrar que esta palavra foi originalmente dita à Igreja em Filadélfia. A promessa era a de que o Senhor a guardaria da provação que viria sobre o mundo. A Igreja em Filadélfia não foi arrebatada. “Guardar da provação” aqui indica proteção sobrenatural durante a tribulação e não um arrebatamento. Do mesmo modo será com parte da Igreja no final dos tempos.

FONTE: WWW.PAOEVINHO.ORG

Tags: