Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
Motivados a orar?
Motivados a orar? Motivar cristãos a orar? Parece estranho, não é? Entre todas as pessoas que não precisariam de motivação para orar, os cristãos não precisariam. Contudo, por várias razões, precisamos ser motivados a orar mais freqüentemente e mais fervorosamente. Há várias passagens que ajudarão a encorajar-nos a orar melhor, cada uma delas com a sua própria instrução. Contudo, para mim uma passagem sobressai – 1 Timóteo 2:1-7: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda a piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos. Para isto fui designado pregador e apóstolo (afirmo verdade, não minto), mestre dos gentios na fé e na verdade.” Exortados por Paulo Paulo escreve a Timóteo, para que este se conduza corretamente e cumpra o seu serviço em Éfeso (veja 3:14-15). É interessante notar que Paulo começa ensinando as pessoas a orar (2:1), e orar corretamente (2:8). A importância da oração é evidenciada pelo fato que Paulo começou com esta instrução. Se era o ponto de partida para Paulo, Timóteo e mesmo para os apóstolos (veja Atos 6:4), certamente a importância da oração não pode ser exagerada. Várias circunstâncias da vida Devido a ambientes, tempo e lugar, as pessoas se acham em várias circunstâncias. Não somente são pessoas diferentes umas das outras, até mesmo as circunstâncias na vida de uma pessoa podem mudar, algumas vezes drasticamente. Ambos estes fatos pedem vários tipos de orações. Paulo alista três tipos de orações em sua breve instrução a Timóteo (2:1). Súplicas são petições específicas a Deus pelas suas próprias necessidades. Conquanto devamos guardar-nos contra orar egoistamente (Tiago 4:3), é certo pedirmos por nossas legítimas necessidades e desejos. Intercessões são orações a Deus pelas necessidades de outros. As aplicações das intercessões por outros são incontáveis, e muitas delas mencionamos freqüentemente. Isto nos ajuda também a olhar além de nós mesmos e focalizar em outros. Ações de graças são, naturalmente, dar graças a Deus pelas bênçãos recebidas dele. É vergonhoso ser ingrato (Lucas 17:17-18; Colossenses 3:15). Contudo, isto inclui ações de graças “por todos os homens” – irmãos, família, amigos e igualmente inimigos. Qualquer destes pode ser um desafio para a vida fiel de tempos em tempos, por isso precisamos ser cuidadosos. Há tanto em nossas próprias vidas e nas vidas de outros pelo que orar que precisamos estar ativos! Todos os homens precisam orar Já comentamos brevemente sobre várias circunstâncias que deverão motivarnos a orar. Agora, passamos a várias pessoas que precisam de nossas orações. Paulo especifica duas: reis e todos aqueles que têm autoridade (2:2). Podemos entender facilmente isto considerando o peso das responsabilidades que acompanham tais posições. Também é interessante notar que isto foi escrito durante o tempo do cruel e depravado governante Nero. Se Paulo instruiu os cristãos a orar por alguém como ele, certamente podemos orar por nossos chefes civis hoje! Paulo precedeu isto, porém, com “em favor de todos os homens”. É fácil orar por aqueles que são bons para nós (Mateus 5:46-47). Paulo não pára aqui. Orar por “todos os homens” incluirá tais pessoas como parentes rabugentos e irritadiços, vizinhos antipáticos ou patrões abusadores. Deverá incluir até aquele cristão fraco sentado do lado de lá, ou aquele irmão maçante que nos amofina constantemente. Deverá incluir até aquele colega de trabalho que insiste em “nos cutucar” até que percamos a paciência. Como vemos, irmãos e irmãs, quando realmente paramos para pensar nisso, há tantas pessoas pelas quais deveríamos orar, começando por nós mesmos. Temos tanto que orar, não é mesmo? Vidas tranqüilas e pacíficas Paz de espírito e de vida, que mercadoria cara em nossos dias! Oração habitual e fervorosa contribui para ambas estas coisas. Nosso Deus a quem servimos pede aos seus filhos que orem persistentemente a ele (Lucas 11:5- 13; 18:1-8). Quando orarmos de acordo com sua vontade (1 João 5:14-15), Deus ouvirá o transbordar de nossos corações. Este transbordar pode ser por nossos próprios pecados, para resistir à tentação, por sabedoria, ou pode ser apenas porque não temos ninguém mais para quem possamos apelar! Podemos colocar nossos cuidados sobre ele porque ele cuida de nós (1 Pedro 5:7). Podemos ter paz interior, mas também tranqüilidade exterior. Em sua providência, Deus vê as necessidades de seus filhos fiéis. Isto inclui provisão e proteção. Não significa que nunca teremos tempos duros ou desafios à nossa fé, mas que temos um Deus que está em comando completo e que preservará seus filhos fiéis (João 10:28-29). Então, deixe os desafios das circunstâncias virem como puderem; orações fiéis, fervorosas valem muito para uma vida pacífica e devotada (Tiago 5:16; 1 Timóteo 2:2). Bom e aceitável por Deus Deus sabe o que é melhor para nós (Deuteronômio 6:24). Ele sabe o que precisamos antes que o peçamos a ele (Mateus 6:32). Então, por que ele nos instrui a orar? Porque ele sabe que é melhor para seus filhos comunicar regularmente suas necessidades e desejos a ele! Agradamos a Deus quando oramos como deveríamos; o que isto sugere se oramos de outro modo? Nossa meta como cristãos é “seu inteiro agrado” (Colossenses 1:10; 2 Coríntios 5:9). Ele sabe os benefícios que recebemos da oração e se agrada quando tiramos vantagem plena das bênçãos que ele oferece quando oramos com fé. Cristo, nosso mediador Um mediador é alguém que trabalha em benefício de outro. Cristo é nosso Mediador com Deus. Sua mediação foi inicialmente cumprida em sua crucificação, mas estende-se além disso. Temos um simpático Sumo Sacerdote que nos ajudará (Hebreus 2:10-18). Ele vive sempre para fazer intercessão por aqueles que vêm a Deus através dele (Hebreus 7:22). Assim como Jesus foi ouvido em sua oração (Hebreus 5:7), assim Deus promete ouvir e responder às orações de todos os seus filhos fiéis (1 Pedro 3:12). A permanência ainda de Cristo como nosso Mediador serve como incentivo final (do nosso texto) a orar freqüente, fervorosa e fielmente. Conclusão Motivações para orar: o que mais precisamos? Encerro com um incentivo final. “Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” (Efésios 3:20-21). –por Richard J. Boone