Este foi um desafio meu a um debate com um teólogo da imortalidade da alma. As respostas dele também podem ser acompanhadas por esta página dele: (http://hairesis-seitaseheresias.blogspot.com/2010/04/resposta-ao-lucas-banzoli-sobre-o.html). Tudo nasceu com dez perguntas minhas que eu lancei no blog dele convidando-o a um debate honesto sobre tal doutrina, e ele topou o debate. A seguir as minhas dez perguntas, com as suas devidas respostas da parte dele e a réplica minha:
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MINHAS DEZ PERGUNTAS:
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1) Onde foi que Moisés narrou a implantação de uma alma imortal de Deus no homem? Se é em Genesis 2:7, com o “sopro de vida”, por que motivo a Bíblia diz (numa verdade universal) que o espírito de todos sobem para Deus (Ec.12:7), se o espírito dos ímpios deveria descer para o Hades?
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2) “E de toda a carne, em que havia espírito de vida, entraram de dois em dois para junto de Noé na arca” (Gn.7:15). Agora eu pergunto: Os mortos entraram na arca de Noé?
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3) A Bíblia diz que os ímpios se farão em cinzas: “Também condenou as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-os as cinzas, tornando-as como exemplo do que acontecerá com os ímpios” (2Pe.2:6). Ora, o pó também é imortal?
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4) Se ao morrermos vamos imediatamente para o Céu antes mesmo da ressurreição dentre os mortos, então porque Jesus disse que entraríamos em nossas moradas celestiais quando ELE VOLTAR, e não quando a nossa “alma imortal” supostamente sai do corpo?
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João 14
2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar.
3 Depois de ir e vos preparar um lugar, VOLTAREI E TOMAR-VOS-EI COMIGO, para que, onde eu estou, também vós estejais.
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5) A Bíblia mente em dizer que Davi ainda não havia subido ao Céu?
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“Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita.” (At.2:34)
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6)Paulo diz em 1Corintios 15:18 que, se não fosse o fator ressurreição, os mortos já teriam perecido. Como pode isso se as nossas almas imortais estivessem no Céu?
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7) Por que Paulo diz que receberia a coroa da justiça na segunda vinda de Cristo (que “coincidentemente” bate com o momento da ressurreição dos mortos) e não quando a nossa alma imortal vai para o Céu? (ver 2 Timóteo 4:7,8)
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8) Para onde Lázaro foi parar nos quatro dias em que esteve morto antes de ressuscitá-lo? Jesus cometeu uma maldade o tirando do Paraíso ou foi antibíblico o tirando do Inferno?
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9) Por que só os vivos que louvam a Deus? (ver Isaías 38:19)
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10) Como os mortos estão com Cristo ou com o diabo se os mortos não pensam (Salmos 146:4)?
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Bom, são estas as dez questões que desejo lhe passar. Caso aceite este desafio, lhe desejo um bom debate, e aguardo as suas refutações para podermos prosseguir com as próximas rodas.
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A paz de Cristo.
Abraços!
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AGORA AS RESPOSTAS DO SR. HAIRESIS ÀS MINHAS DEZ PERGUNTAS. DE AZUL, A PARTE EM QUE ELE RESPONDIA AO MEU TEXTO E, DE PRETO, AS RESPOSTAS DELE:
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RESPOSTA DE HAIRESIS:
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1) Onde foi que Moisés narrou a implantação de uma alma imortal de Deus no homem? Se é em Genesis 2:7, com o “sopro de vida”, por que motivo a Bíblia diz (numa verdade universal) que o espírito de todos sobem para Deus (Ec.12:7), se o espírito dos ímpios deveria descer para o Hades?
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Ec.12:7 fala dos espíritos dos salvos e não dos perdidos. Salomão está repreendendo os mancebos do povo de Deus a permanecerem junto ao seu Criador (Ec. 12:1), para que tenham contentamento quando chegar a velhice, desfrutando da comunhão com Deus, mas não fala que se não permanecerem perderiam sua salvação. Os ímpios sempre foram lançados no Hades, em uma parte do Sheol onde não se louvava a Deus (Sl. 9:17).
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2) “E de toda a carne, em que havia ESPÍRITO DE VIDA, entraram de dois em dois para junto de Noé na arca” (Gn.7:15). Agora eu pergunto: Os mortos entraram na arca de Noé?
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Meu caro Lucas Banzoli, não vejo conexão entre o versículo citado e a sua pergunta. A única coisa que Gn 7:15 nos diz é que de todo o SER VIVENTE (cujos corpos não estavam MORTOS, mas sim vivos devido à presença do ESPÍRITO DE VIDA), entraram de dois em dois na arca de Noé.
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3) A Bíblia diz que os ímpios se farão em cinzas: “Também condenou as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-os as cinzas, tornando-as como exemplo do que acontecerá com os ímpios” (2Pe.2:6). Ora, o pó também é imortal?
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Pela enésima vez eu digo (veja na minha resposta ao Azenilto) que destruição nem sempre significa aniquilação definitiva, principalmente no contexto bíblico da punição dos ímpios. Como eu creio que você leu meu tópico, torne a ler a parte onde eu falei sobre a analogia entre a destruição de Sodoma e Gomorra e a pena eterna dos não-salvos! Judas 7 nos diz que foram colocados como exemplo para punição “no FOGO ETERNO” (Não há como um fogo ser ETERNO sem que aquilo que é queimado no fogo também seja ETERNO!).
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4) Se ao morrermos vamos imediatamente para o Céu antes mesmo da ressurreição dentre os mortos, então porque Jesus disse que entraríamos em nossas moradas celestiais quando ELE VOLTAR, e não quando a nossa “alma imortal” supostamente sai do corpo?
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João 14:2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar.3 Depois de ir e vos preparar um lugar, VOLTAREI E TOMAR-VOS-EI COMIGO, para que, onde eu estou, também vós estejais.
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Esse é um erro de exegese Lucas! Cuidado! Jesus estava falando aí do arrebatamento, quando Jesus levará os salvos JÁ RESSURRETOS e os que NÃO CHEGARAM A MORRER FISICAMENTE (veja 1Co.15:51-52) à habitação celestial, antes do período de 1000 anos de Apocalipse 20. Não se trata do período em que nós nos encontramos (a dispensação da graça), pois os que nesse tempo morrem no Senhor, desfrutam da comunhão celestial na condição que os teólogos chamam de “estado intermediário”, ou seja, o ser humano somente em sua parte imaterial e imortal, sem o corpo. Os salvos que morrem na dispensação da graça vão habitar com o Senhor imediatamente (2Co. 5:1,2,8; Fp.1:21-23; Hb. 12:23)!
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5) A Bíblia mente em dizer que Davi ainda não havia subido ao Céu?”Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita.” (At.2:34)
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O texto não afirma que Davi não foi para o céu quando morreu (todos os salvos já mortos, inclusive os do Antigo Testamento, estão no céu – Hb. 12:23; Ap.18:20). Pedro estava dizendo que Davi não tinha subido ao céu quando teve a visão de Sl 110:1, quando contemplou o Pai falando ao Filho (Jesus), acerca do seu reinado, mas mesmo assim Davi registrou o que recebera por inspiração divina em um salmo (o Sl. 110:1)! Nada tem a ver com o destino do espírito e da alma de Davi após a sua morte.
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6)Paulo diz em 1Corintios 15:18 que, se não fosse o fator ressurreição, os mortos já teriam perecido. Como pode isso se as nossas almas imortais estivessem no Céu?
Meu Deus! Eu fico boquiaberto com a facilidade que os aniquilacionistas têm de pegar versículos isolados da Palavra de Deus para fundamentar a sua crença…
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Lucas, em 1Co.15:18 Paulo estava admitindo uma HIPOTÉTICA situação! Ele estava dizendo que SE Cristo não tivesse ressuscitado, todos os seres humanos (inclusive os escolhidos de Deus) estariam PERDIDOS (ver o verso anterior, 17, que explica o 18)! É por isso que o mesmo Paulo disse que Cristo ressuscitou para a nossa justificação (Rm. 4:25)! Se Jesus não tivesse ressuscitado, ele não poderia interceder como sacerdote e mediador HUMANO por nós perante Deus (1Tm.2:5; Hb. 2:17), e então todos estaríamos PERDIDOS!
Texto sem CONTEXTO é PRETEXTO para HERESIA!
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7) Por que Paulo diz que receberia a coroa da justiça na segunda vinda de Cristo (que “coincidentemente” bate com o momento da ressurreição dos mortos) e não quando a nossa alma imortal vai para o Céu? (ver 2 Timóteo 4:7,8)
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O galardoamento dos cristãos será no Tribunal “bema” de Cristo, quando ele há de dar a cada um segundo as suas obras (Ap. 22:12). Mas isso em NADA afeta a doutrina da imortalidade da alma e do espírito!! Paulo mesmo sabia que, depois de sua morte, estaria JUNTO A CRISTO (Fp. 1:21-23)!
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8) Para onde Lázaro foi parar nos quatro dias em que esteve morto antes de ressuscitá-lo? Jesus cometeu uma maldade o tirando do Paraíso ou foi antibíblico o tirando do Inferno?
A Bíblia não nos diz onde Lázaro estava, mas não é este fato isolado que vai negar a imortalidade da alma. Seria o mesmo de negar todos os milagres que Jesus realizou simplesmente porque a própria Bíblia omite muitos deles (conforme Jo. 21:25). E Jesus não foi mal e nem antibíblico, pois ELE É O SENHOR DOS VIVOS E DOS MORTOS, ELE tem as chaves da morte e do inferno (Ap. 1:18), ELE é a ressurreição e a vida (Jo. 11:25).
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9) Por que só os vivos que louvam a Deus? (ver Isaías 38:19)
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Tanto esse texto de Isaías quanto em Sl.115:17, a palavra para “louvar” é “yadah”. Uma vez no Sheol, Davi não poderia louvar (yadah), dar graças ao Senhor Deus. Acontece que a palavra yadah, em suas várias formas, é encontrada 103 vezes no AT e, sem qualquer exceção, é sempre usada para a adoração PÚBLICA, ou seja, a adoração CONGREGACIONAL!
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Em verdade, o salmista está afirmando que, depois de morto, não haveria oportunidade de dar testemunho PÚBLICO no meio da CONGREGAÇÃO. E uma prova disso é que ele se refere à inoperância do CORPO em relação ao louvor, após a morte: “Que proveito há no meu SANGUE, quando desço à cova? Porventura te louvará O PÓ? Anunciará ELE a tua verdade?” (Sl. 30:9). Veja que neste verso Davi está falando que o homem não pode mais louvar a Deus EM EXPRESSÃO CORPORAL, após a sua morte (“SANGUE” e “PÓ” são palavras que se referem biblicamente ao CORPO do homem!).
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10) Como os mortos estão com Cristo ou com o diabo se os mortos não pensam (Salmos 146:4)?
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O versículo citado não diz que os mortos não pensam. “Pensamentos” aí é a palavra hebraica “estonath” que significa propósitos, desígnios e não o simples fato de o homem pensar, em seu estado de consciência! Em Is. 55:7, o Senhor Deus diz: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus PENSAMENTOS (“estonath”)…”. Isso significa que o Senhor Deus quer que o homem pare de pensar e fique inconsciente?? NÃO! Deus quer que o homem ímpio deixe os seus MAUS DESÍGNIOS, os MAUS PROPÓSITOS de seu coração e converta-se. Em Sl. 146:4 portanto, “perecem os seus DESÍGNIOS”: esta passagem nos diz que após a morte, o homem não pode mais cumprir os planos que tinha em vida!
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Bem, espero ter sido claro.
E se é que você é cristão e não um adventista disfarçado de evangélico (como muitos!), fique na paz de Cristo!
E um conselho de amigo: estude mais a palavra de Deus, peça a Ele sabedoria, e conte comigo se precisar de alguma coisa.
Abraço sincero.
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A SEGUIR A MINHA RÉPLICA AS RESPOSTAS DO SR.HAIRESIS. DE VERMELHO, EM ITÁLICO, A PARTE EM QUE EU REFUTAVA O TEXTO DELE E, DE PRETO, AS MINHAS COLOCAÇÕES:
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MINHA RÉPLICA:
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Olá, Hairesis. Primeiramente eu agradeço a você ter topado este nosso debate. E fico feliz também por você ser um daqueles que debatem com a Bíblia toda (e não daqueles que rasgam o AT para provarem a imortalidade…). Vamos agora dar continuidade a este nosso debate em minha réplica:
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Ec.12:7 fala dos espíritos dos salvos e não dos perdidos. Salomão está repreendendo os mancebos do povo de Deus a permanecerem junto ao seu Criador (Ec. 12:1), para que tenham contentamento quando chegar a velhice, desfrutando da comunhão com Deus, mas não fala que se não permanecerem perderiam sua salvação. Os ímpios sempre foram lançados no Hades, em uma parte do Sheol onde não se louvava a Deus (Sl. 9:17).
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Hairesis, meu caro, não desvie da minha pergunta. Todo mundo sabe que Eclesiastes 12:7 remete a uma verdade UNIVERSAL de que o espírito volta para Deus. O v.1 que você passou fala exatamente dos perdidos, e não dos salvos. O que Salomão estava falando era simplesmente para que se lembrassem do seu Criador nos dias da sua juventude (v.1), antes que chegue à velhice (v.2-6), e com a morte “o pó volte a terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” (v.12). Levando em consideração que 99% dos imortalistas concordam que até a ressurreição de Cristo TODOS os espíritos DESCIAM ao Sheol, que fica nas regiões inferiores desta terra (Ef.4:9; Mt.12:40; Mt.11:23), com divisão para justos e ímpios, então Salomão estaria falando bobagem em dizer que o espírito SUBIA para DEUS, quando todos daquela época deveriam descer ao Hades! E, mesmo que você faça parte daquela pequena minoria que acredita que mesmo naquela época morria e ia pro Céu direto (e nessa hora todo mundo muda de opinião mesmo…), ainda assim esta passagem de Eclesiastes seria um “dilema” para os imortalistas uma vez que compreende uma verdade UNIVERSAL – o espírito de TODOS subia para Deus! O que Salomão narra é um evento que acontece para com todas as pessoas: Lembrar do Criador enquanto jovem (v.1), porque depois envelhece (v.2-6), e morre (v.7), voltando ao pó da terra e o espírito subindo para Deus (v.7). Verdade universal! O fato é que “o fôlego [espírito] do homem vai para cima, e que o fôlego dos animais vai para baixo da terra” (Ec.3:21). Em lugar NENHUM da Bíblia está escrito que o espírito dos ímpios desce para o Hades na mão do capeta. Não. Só Deus dá a vida. A vida deriva de Deus, é sustida por Deus e volta para Deus por ocasião da morte. Biblicamente, é exatamente isso o que é o “espírito”: o dom da vida que nós possuímos enquanto estamos vivos. Enquanto permanecer o “sopro de vida”, os seres humanos são “almas viventes”. Quando, porém, o sopro se vai, tornam-se almas mortas. Isso explica porque a Bíblia freqüentemente se refere à morte humana como a morte da alma (Lev. 19:28; 21:1, 11; 22:4; Núm. 5:2; 6:6,11; 9:6, 7, 10; 19:11, 13; Ageu 2:13). “Espírito” como uma entidade viva e consciente presa dentro do nosso corpo é só na metodologia do Allan Kardek.
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Meu caro Lucas Banzoli, não vejo conexão entre o versículo citado e a sua pergunta. A única coisa que Gn 7:15 nos diz é que de todo o SER VIVENTE (cujos corpos não estavam MORTOS, mas sim vivos devido à presença do ESPÍRITO DE VIDA), entraram de dois em dois na arca de Noé.
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Amigo, a conexão está no fato que eu expus acima – apenas os vivos possuem o espírito. Quando morremos, PERDEMOS o fôlego de vida (espírito), que volta para Deus por ocasião da morte (Ec.12:7; Ec.3:21), em uma verdade universal. Prova cabal disso é o exemplo da passagem que você não entendeu a razão dela: “E de toda a carne, em que havia espírito de vida, entraram de dois em dois para junto de Noé na arca” (Gn.7:15). Por conseguinte, se os mortos ainda possuíssem o espírito, estariam todos entrando na Arca de Noé… (o que é obviamente um absurdo…!). Apenas os vivos é que possuem o espírito. Quando a pessoa morre, volta para o pó da terra. O espírito não continua com ela, mas volta para Deus. E não é a própria pessoa desincorporada, apenas os vivos é que possuem espírito (Gn.7:15). A vida deriva de Deus, é sustida por Deus, e retorna para Deus. Quando morremos, esse espírito, “fôlego de vida” é retirado de nós. Deveríamos pensar: Se Deus colocou no ser humano uma alma imortal, então por que razão existiria a “árvore da vida” no Jardim do Éden? Ora, se já fôssemos imortais isso seria totalmente desnecessário! A presença da “árvore da vida” no Jardim indica que a imortalidade era CONDICIONAL à participação do fruto de tal árvore. Nós não tínhamos uma “alma imortal”. Se o homem comesse da árvore da vida, se tornaria imortal (Gn.3:22). Contudo, foram expulsos do Jardim do Éden, sem terem comido da árvore da vida, e dois querubins ficaram na guarda do jardim, exatamente para que não comessem da árvore da vida e vivessem eternamente (Gn.3:24). Tudo isso seria totalmente desnecessário se já possuíssemos uma alma imortal! O homem seria imortal caso comesse do fruto da árvore da vida, mas não comeu. Deus não fez o homem com o conhecimento do bem e do mal, mas ele comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e teve tal conhecimento. Da mesma maneira, Deus não fez o homem imortal. A imortalidade era condicional a participação do fruto da árvore da vida. Mas, ao contrário do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, eles não comeram do fruto da árvore da vida! O resultado disso é que o homem não tornou-se um ser imortal. Ele, “morrendo, morreria” (Gn.2:7). A Bíblia, contudo, nos apresenta que a árvore da vida (imortalidade) estará novamente presente no Paraíso, somente aos salvos, após a ressurreição dos mortos (Ap.22:2). E acontecerá que “quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de graça a água da vida.” (Ap.22:17). O homem, agora sim, se tornaria imortal.
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Pela enésima vez eu digo (veja na minha resposta ao Azenilto) que destruição nem sempre significa aniquilação definitiva, principalmente no contexto bíblico da punição dos ímpios. Como eu creio que você leu meu tópico, torne a ler a parte onde eu falei sobre a analogia entre a destruição de Sodoma e Gomorra e a pena eterna dos não-salvos! Judas 7 nos diz que foram colocados como exemplo para punição “no FOGO ETERNO” (Não há como um fogo ser ETERNO sem que aquilo que é queimado no fogo também seja ETERNO!).
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Em primeiro lugar, a passagem de Judas 7 que você citou diz apenas que as CIDADES de Sodoma e Gomorra acabaram sofrendo a pena do “fogo eterno”. Mas qualquer um sabe que não existe nenhum fogo queimando até hoje nestas cidades (e, aliás, nem poderia, já que atualmente localiza-se o “mar morto”…!). Você esquece, meu caro amigo, que “fogo eterno” na Bíblia Sagrada não é porque existe literalmente um fogo que não para de queimar para todo o sempre, mas sim porque os RESULTADOS são PERMANENTES. Um bom exemplo disso está em Isaías 34:9-10:
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“Os ribeiros de Edom se transformarão em piche, e o seu pó, em enxofre; a sua terra se tornará em piche ardente. Nem de noite nem de dia se apagará; subirá para sempre a sua fumaça; de geração em geração será assolada, e para todo o sempre ninguém passará por ela”. (Is.34:9-10).
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Onde estão os Edomitas? Já desapareceram a muito tempo e na sua terra o fumo não está subindo nem queimando e muito menos o piche está ardendo até hoje.
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Veja também o exemplo de Jeremias 17:27:
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“Mas, se não me ouvirdes, e, por isso, não santificardes o dia de sábado, e carregardes alguma carga, quando entrardes pelas portas de Jerusalém no dia de sábado, então, acenderei fogo nas suas portas, o qual consumirá os palácios de Jerusalém e não se apagará”. (Jeremias 17:27).
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Percebeu? Deus falou que se o povo continuasse a profanar o Sábado, iria acender fogo nas portas da cidade que “não se apagará”. De acordo com II Crônicas 36:19-21, esta profecia se cumpriu. As portas da cidade estão queimando até hoje? Não! Entenda, meu caro Hairesis, que “fogo eterno” e “que não se apagará” na Bíblia Sagrada NÃO é porque o fogo fica literalmente queimando para sempre, mas sim usada para descrever a eficácia da destruição, resultados que são permanentes.
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O nosso Deus, meu caro Hairesis, é um Deus de amor, justiça e misericórdia. Ele não pune os seus filhos INFINITAMENTE em um lago de fogo por pecados FINITOS! Tal descrição de passar bilhões de milênios queimando em um lago de fogo não condiz com a onisciência e amor divino por todos nós, até mesmo pelo maior dos pecadores! Não, Deus não vai punir um jovem de 16 anos de “pecado” para uma ETERNIDADE no lago de fogo. O fogo é eterno porque os RESULTADOS são permanentes (Isaías 34:9,10; Jeremias 17:27) e não porque fica queimando o cidadão para sempre!
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Quanto a passagem citada por mim, de 2 Pedro 2:6, que assim narra: “Também condenou as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-os as cinzas, tornando-as como exemplo do que acontecerá com os ímpios”, eu acho que você não compreendeu aonde eu quero chegar. Uma vez, debatendo com um imortalista, para escapar da evidência desta passagem, ele me disse: “É puro simbolismo!”. Sim, é claro que é simbolismo. Simbolismo de aniquilação, uma vez que o pó não pensa, o pó não grita, o pó não tem uma vida eterna. O que melhor para comparar a aniquilação dos ímpios senão com a figura do pó???
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Hairesis, realmente se você for procurar na Bíblia certamente irá achar exceção para tudo. Você vai perceber que, em determinadas ocasiões (raras, mas existem), termos como “perecer”, “destruir”, ou “matar”, não remete, NECESSARIAMENTE, a um aniquilamento total. Isso é verdade. Existem exceções. Na Bíblia existem exceções para tudo se você for procurar! O fato, porém, é que os escritores do Velho e Novo Testamento parecem ter esgotado os recursos das línguas grega e hebraica por eles utilizados para afirmarem a completa destruição dos pecadores impenitentes. São mais de 25 substantivos são usados no Velho Testamento para descrever a destruição final dos ímpios. Eles achavam MESMO que os ímpios seriam totalmente destruídos! Sabe, Hairesis, aquela verdade que você quer provar de tudo o que é jeito? Que você usa tudo quanto é adjetivo e sinônimo, para reforçar que você pensa aquilo mesmo? Então, Hairesis, este é o caso da aniquilação dos ímpios! Certamente que você irá achar exceções em determinados contextos, mas você acha que os escritores bíblicos iriam dizer tanto sobre a destruição total dos ímpios, se essa não fosse ocorrer mesmo? Será que eles iriam esgotar tanto os recursos de língua hebraica e grega para definirem o destino final dos ímpios? Se a aniquilação não vai acontecer, você acha que eles iriam repetir tantas inúmeras vezes, E TODAS ELAS CAINDO NAS TAIS DAS “EXCEÇÕES”??? Não, eu acho que não! É a mesma coisa de você usar “apollumi”, por exemplo. De cada seis vezes em que é usado, em cinco é relacionado com cessação de vida, mas em um caso cai na “exceção”. É como um “arremesso de dado”. Agora imagine você repetindo inúmeras e variadas vezes o MESMO adjetivo, e não só esse, mais inúmeros outros semelhantes, e SEMPRE caindo na “exceção”, como se o dado fosse um “dado viciado”?!
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Olha, com todo o arsenal que a Bíblia usa retratando o destino final dos ímpios, apenas um cego para negar todas as evidências, de que os ímpios serão eliminados (Sl.37:9; Sl.37:22), destruídos (Sl.145:20; Sl.94:23; Pv.1:29; 1Ts.5:3), mortos (Is.11:4; Sl.34:21; Rm.6:23; Sl.62:3; Tg.1:15; Rm.8:13), aniquilados (Sl.21:9), serão devorados (Ap.20:9), se farão em cinzas (2Pe.2:6; Is.5:23,24; Ml.4:3), não terão futuro (Sl.37:38), serão consumidos (Lc.17:27-29; Sl.21:9), perecerão (Jo.3:16; Sl.37:20), desvanecerão como fumaça (Sl.37:20), serão como se nunca tivessem existido (Ob.1:16), será lhes tirada a vida (Pv.22:23), não existirão (Sl.104:35; Pv.10:25), apenas alguém bem mal-entendido para achar que Deus joga pessoas para ficarem queimando os seus corpos (que, ao contrário dos justos, não são incorruptíveis – Gl.6:8) para um tormento eterno com fogo que nunca acaba. E tudo que cai na exceção, Hairesis?
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Hairesis, conheça o verdadeiro amor de Deus que transcede todo o conhecimento!!! Amor esse que não vem pela imposição de ser jogado em um lago de fogo eterno queimando todos os pecadores, mas pela Sua Graça, pelo Seu Amor, em conceder o DOM da VIDA ETERNA a todos aqueles que Nele crê! Aleluia!!!
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Esse é um erro de exegese Lucas! Cuidado! Jesus estava falando aí do arrebatamento, quando Jesus levará os salvos JÁ RESSURRETOS e os que NÃO CHEGARAM A MORRER FISICAMENTE (veja 1Co.15:51-52) à habitação celestial, antes do período de 1000 anos de Apocalipse 20. Não se trata do período em que nós nos encontramos (a dispensação da graça), pois os que nesse tempo morrem no Senhor, desfrutam da comunhão celestial na condição que os teólogos chamam de “estado intermediário”, ou seja, o ser humano somente em sua parte imaterial e imortal, sem o corpo. Os salvos que morrem na dispensação da graça vão habitar com o Senhor imediatamente (2Co. 5:1,2,8; Fp.1:21-23; Hb. 12:23)!
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Amigo, deixa eu primeiro refutar estes últimos versículos que você passou, que infelizmente são constantemente vistos pela lente dualista, uma péssima interpretação, aliás! Paulo claramente indica que o seu desejo de “partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Fil. 1:23) se concretizará, não quando sua alma fosse para o céu, mas quando da ressurreição dos mortos. É estranho que se a expectativa dele refletida no princípio de Filipenses envolvesse a posse de uma “alma imortal”, isso não mereça mais elaboração na mesma epístola, pelo capítulo 3, vs. 20, e na detalhada descrição do encontro final dos remidos com o Salvador em 1 Tessalonicenses 4, vs 13 em diante, em que Paulo até fala para os Tessalonicenses “consolarem-se uns aos outros com essas palavras” (1Ts.4:18), mas não fala ABSOLUTAMENTE NADA de que os seus parentes e amigos mortos já estivessem no Céu, muito pelo contrário, fala da ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO DO INÍCIO AO FIM! Quanto a passagem de 2 Coríntios 5, é uma grande confusão pegarmos um texto fora de contexto para inventarmos um pretexto! Em primeiro lugar, existe uma GRANDE DIFERENÇA entre estar fora “DO” corpo e em estar fora “DE” corpo! Estar ausente “DO” corpo significa estar ausente deste presente corpo em que nós estamos agora. Mas não significa estar sem corpo nenhum! Muito pelo contrário, Paulo escreve claramente que não estaria “se achando nu” (2Co.5:13). Ora, qualquer um sabe que nós só nos acharemos revestidos de corpo novamente com a ressurreição dos mortos (1Co.15:22,23). Além disso, Paulo enfatiza o teor da RESSURREIÇÃO DOS MORTOS poucos versos antes, em 2Co.4:14 – “Pois sabemos que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, nos ressuscitará também a nós com Jesus e nos fará comparecer diante dele convosco”, deixando claro que nós só nos compareceremos diante dele convosco depois da ressurreição, e pouco depois do versículo completamente ISOLADO que vocês usam, volta a falar novamente de ressurreição, olha só que coincidência (2Co.5:15)!
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Portanto, a sua tentativa de jogar com Filipenses 1 e com 2Coríntios 5, cai por terra por aqui. Mas perguntaremos ainda: Por que o apóstolo aparenta que, morrendo, estaria com Cristo, pouco tempo depois, e não depois de milênios esperando a ressurreição? Simples, pois quem DEIXA DE EXISTIR (vira pó) não está mais sujeito e tempo e espaço. É óbvio que, morremos, e já somos ressuscitados para estar com Cristo, como que “em um abrir e fechar de olhos” (1Co.15:52). O fato, porém, é que Paulo sabia muito bem que só iria estar com Cristo para receber a coroa da justiça no dia de Sua Vinda (2Tm.4:6-8), e é só na ressurreição dos mortos que seremos julgados (Mt.25:31), só depois da ressurreição que receberemos a nossa herança (Dn.12:13), e não precederemos os que dormem (1Ts.4:13-18). Veja o caso de Daniel: “Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias” (Dn.12:13). Daniel só iria receber a sua herança “NO FIM DOS DIAS”. Ora, Hairesis, você conhece outra herança senão o Paraíso?
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Agora, voltando ao tema de João 14:3, a sua interpretação está completamente errada. Misturou tudo com o arrebatamento… enfim… eu nunca vi alguém apelar tanto mas pelo menos você veio com alguma (tentativa de) resposta. Diferente de muitos! Mas vamos lá Hairesis: Para quem que Cristo disse que “prepararia as moradas”? O contexto deixa claro que ele estava falando para OS SEUS DISCÍPULOS (ver João 13:36). Na verdade, Jesus estava respondendo a uma pergunta de Simão Pedro (v.36), e aí diz PARA OS SEUS DISCÍPULOS: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, VOLTAREI E TOMAR-VOS-EI COMIGO, para que, onde eu estou, também vós estejais.” (Jo.14:2,3). Agora eu pergunto: Algum discípulo está vivo até os dias de hoje para ser arrebatado nesta promessa? É CLARO QUE NÃO!!! A promessa era para os próprios discípulos (válida também para nós, é claro)! Ora, se Cristo ensinasse a imortalidade da alma iria dizer que os lugares estariam disponíveis aos salvos conforme fossem morrendo e suas almas chegassem no céu para assumi-las!!!
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O texto não afirma que Davi não foi para o céu quando morreu (todos os salvos já mortos, inclusive os do Antigo Testamento, estão no céu – Hb. 12:23; Ap.18:20). Pedro estava dizendo que Davi não tinha subido ao céu quando teve a visão de Sl 110:1, quando contemplou o Pai falando ao Filho (Jesus), acerca do seu reinado, mas mesmo assim Davi registrou o que recebera por inspiração divina em um salmo (o Sl. 110:1)! Nada tem a ver com o destino da alma e do espírito de Davi após a morte.
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Hairesis, eu não quero ser chato com você, mas deixa eu refutar o que lhe parece ser a última passagem bíblica que lhe sobrou e que você tanto gosta de usar como “referência”, Hebreus 12:23 – “à universal assembléia e igreja dos primogênitos inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados”. Bom, como já vimos até aqui neste debate, a definição de “espírito” não tem nada a ver com uma entidade imaterial presa dentro do nosso corpo. Mas, então, como entender esta passagem que você ama colocar? Simples, quem disse que os espíritos estavam no Céu? Certamente se refere a homens justos, e homens que se acham ainda na igreja militante; e o Pai dos ‘espíritos’. Nós temos todos os nossos nomes inscritos nos céus, não precisamos morrer para isso! Além disso, quem disse que “justos aperfeiçoados” refere-se a pessoas mortas? Nós já somos aperfeiçoados aqui na Terra, Hairesis! Tudo o que esta passagem está dizendo é que nós, os homens justos, que somos aperfeiçoados nas tribulações deste mundo, temos os nossos nomes inscritos no livro da vida, nos Céus. Não tem nada a ver com espíritos desencarnados no Paraíso! Bom, agora não lhe resta mais passagem nenhuma…. (desculpa.!)
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Quanto ao texto de Davi, se você analisasse o CONTEXTO, veria o quanto ridículo é negar que Davi REALMENTE não havia subido aos Céus. Em primeiro lugar, é óbvio que ninguém vai subir até o Céu para escrever alguma coisa. O autor desta fala estaria falando algo muito “esquisito”, para falar pouco! Em segundo lugar, se Davi não tivesse subido ao Céu PARA FALAR AQUILO, então o texto estaria errado. O jeito certo seria assim: “Porque Davi não subiu ao Céu PARA DECLARAR disse o Senhor ao meu senhor…”. Mas é óbvio que o texto não diz isso, o que o texto realmente diz é: “Porque Davi NÃO SUBIU AOS CÉUS, mas ele próprio declara…”. Veja que Davi não subiu aos Céus E declarou esta mensagem. Não tem nada a ver a sua colocação, além de uma total falta de nexo dentro do próprio texto! Agora veja a explicação simples (e correta):
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Este mesmo texto de Atos que diz que Davi não subiu aos céus faz um paralelo entre Davi e Cristo, dizendo que este último não está morto que nem Davi, mas vivo, e já subiu aos céus (At.1:3; At.2:33,34), enquanto Davi, em paralelo, o texto diz que: “Irmãos, seja-me permitido dizer-vos claramente a respeito do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado e o seu túmulo permanece entre nós até hoje” (At.2:29). Ora, mas porque o autor iria fazer uma declaração tão óbvia como essa??? Certamente que ele estava fazendo era uma ANALOGIA: Davi está morto, mas Jesus está vivo.
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Lucas, em 1Co.15:18 Paulo estava admitindo uma HIPOTÉTICA situação! Ele estava dizendo que SE Cristo não tivesse ressuscitado, todos os seres humanos (inclusive os escolhidos de Deus) estariam PERDIDOS (ver o verso anterior, 17, que explica o 18)! É por isso que o mesmo Paulo disse que Cristo ressuscitou para a nossa justificação (Rm. 4:25)! Se Jesus não tivesse ressuscitado, ele não poderia interceder como sacerdote e mediador HUMANO por nós perante Deus (1Tm.2:5; Hb. 2:17), e então todos estaríamos PERDIDOS!
Texto sem CONTEXTO é PRETEXTO para HERESIA!
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Realmente texto sem contexto é pretexto para heresia, e é por isso que eu vou mostrar o contexto pra você agora:
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1 Coríntios 15
12 Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?
13 E, se não há ressurreição de mortos, então Cristo não ressuscitou.
14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé;
15 e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam.
16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.
17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.
18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram.
19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.
20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.
21 Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.
22 Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.
23 Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.
24 Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força.
25 Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.
26 Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.
27 Porque todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas.
28 E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.
29 Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos?
30 Por que estamos nós também a toda a hora em perigo?
31 Eu protesto que cada dia morro, gloriando-me em vós, irmãos, por Cristo Jesus nosso Senhor.
32 Se, como homem, combati em Éfeso contra as bestas, que me aproveita isso, se os mortos não ressuscitam? Comamos e bebamos, que amanhã morreremos.
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Bom, para a sua alegria, aqui está o contexto todo bonitinho. Agora vejamos as constatações que faz o apóstolo Paulo. Algumas considerações:
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a) Alguns corintos estavam dizendo que a ressurreição não existia.
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b) Paulo diz que, se a ressurreição não existe, então Jesus também não ressuscitou, e nós continuamos mortos em nossos pecados.
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c) “E ainda mais”, isto é, “além disso”, se a ressurreição não existe, estão os que dormiram em Cristo já PERECERAM (uma vez que a ressurreição não existisse).
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d) Se a ressurreição não existe, então conforme o verso 19 a nossa esperança seria APENAS PARA ESTA VIDA (em outras palavras, não existiria uma “vida póstuma”!)
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e) Mas, de fato, Cristo ressuscitou como primícia daqueles que dormem, e por isso vivificará todos os mortos na sua segunda vinda (v.23)
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f) O último inimigo a ser vencido é a morte.
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g) Se não há ressurreição, então Paulo lutou com feras em Éfeso à toa.
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h) Se não há ressurreição, então seria melhor “comer, beber, e depois morrer”.
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Agora vamos as conclusões que detonam com a imortalidade da alma: Em primeiro lugar, se existisse uma imortalidade da alma, os que “dormem” estariam com almas desincorporadas lá no Céu. Contudo, Paulo diz que se não há a RESSURREIÇÃO (que, para vocês, é de um mero corpo morto já que a alma já está lá no Céu), então os mortos já teriam PERECIDO (eles não ficariam “desincorporados pela eternidade”, pelo contrário, estariam mortos!). Além disso, o verso 19 mata com a imortalidade da alma, pois Paulo afirma que se não há a ressurreição [de um simples corpo morto (?)], então a nossa esperança SE LIMITA APENAS A ESTA VIDA! Ora, mas as nossas almas já não estariam lá no Céu desincorporadas, na OUTRA VIDA….??? A ressurreição de um simples corpo morto não seria um mero detalhe??? Porque a nossa esperança se limitaria apenas para esta vida se nós ficaríamos a eternidade inteira lá no Céu DO MESMO JEITO, só que sem corpo???
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Continuando: O último inimigo a ser vencido é a morte, que diante do contexto será vencida em função da RESSURREIÇÃO, e não de uma alma imortal que vence a morte sendo liberta do corpo por ocasião do falecimento! Por fim (como se tudo isso não fosse mais do que o suficiente…), Paulo diz que se não há ressurreição então ele lutou com feras em Éfeso à toa. Mas como seria “à toa” caso ele fosse para o Paraíso do mesmo jeito só que desincorporado? Por que ele diz que não se aproveitaria nada isso, “se os mortos não ressuscitam”? Não iria valer a pena, caso estivéssemos com as almas desincorporadas durante toda a eternidade no Paraíso? E, por fim, a cartada final na imortalidade: “Se os mortos não ressuscitam, então comamos e bebamos, que amanhã morreremos” (v.32). Nossa… agora é o fim MESMO! A melhor opção seria aproveitar hedonisticamente esta vida, “comendo e bebendo e depois morrendo”. Qual a razão para Paulo falar deste jeito? Simplesmente porque se a ressurreição não existe então também não existiria nenhuma vida póstuma. A melhor opção, então, seria “comer e beber, e depois morrer”! O contexto todo faz com que qualquer pessoa com um mínimo de bom senso abandone completamente na mesma hora a heresia de que “morremos e vamos com as nossas almas imortais para o Céu, e a ressurreição é de um simples corpo morto que se religa as nossas almas no Paraíso por ocasião da ressurreição que acontece na segunda vinda de Cristo”.
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Não é a toa que Paulo passou algumas epístolas falando capítulos inteiros sobre a ressurreição, como em 1 Coríntios 15, o único capítulo na Bíblia inteiramente dedicado à ressurreição/trasladação dos crentes, mas não há referência NENHUMA à religação dos corpos ressurretos a almas espirituais. Ora, como Paulo poderia ter-se esquecido do ponto mais FUNDAMENTAL da doutrina da ressurreição??? Certamente os imortalistas do século 21 com as suas doutrinas dos livros do Allan Kardek iriam dar uma “aula teológica” para o apóstolo Paulo aprender a falar de algo tão importante na doutrina da ressurreição! Não seria estranho que Paulo deixasse de mencionar isso inteiramente em sua discussão da natureza da ressurreição? Afinal de contas, tal conceito é fundamental para entender o que se dá com o corpo e alma quando da ressurreição. A razão para isso é que, na ressurreição, Deus sopra novamente o fôlego de vida em nós, ressuscitando o corpo (glorificado), tornando-nos novamente em almas viventes. Esse é o ideal da ressurreição, o princípio tão adulterado e deixado de lado pelos imortalistas, com as suas doutrinas fundamentadas e edificadas sobre simbolismos e parábolas. Lamentável. Aprendam com o apóstolo Paulo (ou “ensinem” ele!)
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O galardoamento dos cristãos será no Tribunal “bema” de Cristo, quando ele há de dar a cada um segundo as suas obras (Ap. 22:12). Mas isso em NADA afeta a doutrina da imortalidade da alma e do espírito!! Paulo mesmo sabia que, depois de sua morte, estaria JUNTO A CRISTO (Fp. 1:21-23)!
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A passagem de Filipenses já foi devidamente interpretada por mim neste debate. O que de fato não houve refutação foi a passagem que eu coloquei. Veja:
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2 Timóteo 4
6 Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo.
7 Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
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Analisando a passagem: Paulo, já próximo da morte, declara que ele só receberá a coroa da justiça “NAQUELE DIA”. Esse dia é o da segunda vinda de Cristo (1Co.15:23), confirmado também no final da própria passagem: “mas também a todos os que amarem a SUA VINDA”. Até aquele dia, a coroa dele está “GUARDADA” (v.8). Ele não vai para o Céu antes da ressurreição. Só neste momento receberemos a coroa da justiça, a qual Deus nos GUARDA até aquele dia (o dia da segunda vinda de Cristo). Agora pense: Você acha que Paulo iria entrar no Paraíso com a sua gloriosa “alma imortal”, logo após a morte, e depois ficar esperando mais dois milênios até ganhar a “coroa da justiça”??? É claro que não! Como se não bastasse essa total incoerência, veja que essa coroa significa a “VIDA”: “Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.” (Tg.1:12). E, segundo Paulo, nós só receberemos essa coroa (vida) novamente quando Cristo voltar: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.” (2Tm.2:7,8). E também: “Pois da mesma forma como em Adão todos morreram, em Cristo todos serão vivificados. Mas cada um por sua vez: Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier, os que lhe pertencem.” (1Co.15:22,23).
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Portanto, querido irmão Hairesis, a coroa da justiça representa a entrada no Paraíso. É o momento quando somos recebidos por Deus no Céu, o momento de grande gozo e alegria, quando receberemos a coroa da justiça e a nossa herança. E isso só acontece na segunda vinda de Cristo (ressurreição). Ademais, a incorruptível coroa da glória, só estará disponível aos crentes por ocasião da segunda vinda de Cristo: “E, quando se manifestar o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória.” (1Pe.5:4). A clareza da linguagem é indiscutível. Nada de esperar pela glória a não ser “quando se manifestar o supremo Pastor”, Jesus Cristo. Por fim, a herança só vem na ressurreição: “Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias” (Dn.12:13). E a recompensa para cada um também só vem na ressurreição: “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” (Ap.22:12). Devemos lembrar sempre que o momento da ressurreição dos mortos é exatamente nesta segunda vinda de Cristo. É só aí que nós receberemos a coroa da justiça. É só aí que nós receberemos a incorruptível coroa da glória. É só aí que nós receberemos a nossa recompensa. É só ai que nós receberemos a nossa herança. Se existisse uma alma imortal presa dentro do corpo, liberta por ocasião da morte, então nós já receberíamos a nossa herança no Paraíso, nós já receberíamos a recompensa, nós já teríamos a incorruptível coroa da glória (que, obviamente, representa a entrada na Glória), e nós já teríamos recebido a coroa da justiça (Deus não “esconderia” ela de nós durante milênios!)
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Sinceramente, Hairesis, mas o maior argumento a favor da imortalidade da alma deve ser as “revelações” do inferno do diário da santa Faustina.
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A Bíblia não nos diz onde Lázaro estava, mas não é este fato isolado que vai negar a imortalidade da alma. Seria o mesmo de negar todos os milagres que Jesus realizou simplesmente porque a própria Bíblia omite muitos deles (conforme Jo. 21:25). E Jesus não foi mal e nem antibíblico, pois ELE É O SENHOR DOS VIVOS E DOS MORTOS, ELE tem as chaves da morte e do inferno (Ap. 1:18), ELE é a ressurreição e a vida (Jo. 11:25).
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Eu não esperava outra resposta…
A pergunta continua: Jesus tirou Lázaro do conforto no Paraíso (ou no “Seio de Abraão”), ou retirou-o do inferno (o que é difícil, uma vez que era seguidor do Mestre), concedendo-lhe assim uma segunda oportunidade de salvação?
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Se Lázaro realmente foi imediatamente direcionado ao Céu para estar com Deus, implicaria que:
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a) Jesus tirou Lázaro do Céu para colocá-lo de volta para a Terra, para este mundo cheio de perdição e enganação, para este mundo que jaz no maligno. Jesus não foi nada camarada com o pobre do Lázaro…
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b) Jesus chorou totalmente à toa, quando viu que Lázaro morreu. Ora, se ele sabia que Lázaro estava no Céu, que é um lugar muitíssimo melhor do que aqui, então chorou por quê??? Só se fosse porque ele iria ressuscitá-lo… rsrs
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c) Já imaginou Deus trazendo Lázaro de volta??? Já imaginou Deus dizendo: “Lázaro, você já está aqui há quatro dias, mas agora você vai ter que VOLTAR, porque o meu filho está te ressuscitando!!! “Mas Deus, eu quero ficar aqui”! Vai nada, Lázaro, você vai embora… suma logo daqui!!!
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É claro que esse absurdo todo JAMAIS aconteceu, o que REALMENTE aconteceu foi o que Jesus disse em João 11:11:
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João 11
11 Assim falou; e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.
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A Bíblia traz um relatório de sete pessoas que foram levantadas dentre os mortos (1 Reis 17:17-24; 2 Reis 4:25-37; Lucas 7:11-15; 8:41-56; Atos 9:36-41; 20:9-11), mas nenhuma delas teve uma experiência de pós-morte para compartilhar. Lázaro, que foi trazido à vida após estar clinicamente morto por quatro dias, não trouxe qualquer relato de emocionantes experiências fora do corpo. A razão para isso é simples: A morte, segundo a Bíblia, é a cessação da vida da pessoa inteira, corpo e alma. Não existe forma de vida consciente entre a morte e a ressurreição. Os mortos repousam inconscientemente em suas sepulturas até que Cristo os chame no glorioso dia de Sua vinda. Essa questão era bastante importante, uma vez que ele iria “calar a boca” dos saduceus que não acreditavam em nada após a morte! Seria de extrema importância tal relato da ida (e volta) de Lázaro do Paraíso. Lázaro, contudo, nada tinha para compartilhar a respeito da vida após a morte, porque durante os quatro dias que passou na sepultura dormiu o sono inconsciente da morte.
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Tanto esse texto de Isaías quanto em Sl.115:17, a palavra para “louvar” é “yadah”. Uma vez no Sheol, Davi não poderia louvar (yadah), dar graças ao Senhor Deus. Acontece que a palavra yadah, em suas várias formas, é encontrada 103 vezes no AT e, sem qualquer exceção, é sempre usada para a adoração PÚBLICA, ou seja, a adoração CONGREGACIONAL!
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Em verdade, o salmista está afirmando que, depois de morto, não haveria oportunidade de dar testemunho PÚBLICO no meio da CONGREGAÇÃO. E uma prova disso é que ele se refere à inoperância do CORPO em relação ao louvor, após a morte: “Que proveito há no meu SANGUE, quando desço à cova? Porventura te louvará O PÓ? Anunciará ELE a tua verdade?” (Sl. 30:9). Veja que neste verso Davi está falando que o homem não pode mais louvar a Deus EM EXPRESSÃO CORPORAL, após a sua morte (“SANGUE” e “PÓ” são palavras que se referem biblicamente ao CORPO do homem!).
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Em primeiro lugar, eu fico muito feliz em saber que você usa o Velho Testamento como fonte de fé também. A maioria das pessoas com as quais debato, “rasgam” fora o AT – só o Novo é que importa! (talvez porque o Velho não seja muito “camarada” com a imortalidade da alma…). O versículo que você me passou, na realidade, é mais um tiro no pé do que uma saída de escape. Isso porque ele assim narra: “Que proveito obterás no meu sangue, quando baixo à cova? Louvar-te-á, porventura, o pó? Declarará ele a tua verdade?” (Sal. 30:9). Aqui, mais do que claramente, o salmista aniquila com a possibilidade de um “estado intermediário”. Se ele morresse, nada mais poderia dar de proveito para Deus. A razão disso? Viraria pó: “Louvar-te-á, porventura, o pó”? Claramente o salmista diz que o lugar para onde todas as pessoas vão após a morte, não é ao Céu ou ao Inferno com as suas almas imortais, mas sim ao pó da terra. Ao comparar a morte com o pó, o salmista claramente mostra que não há consciência na morte porque o pó não pode pensar. Por isso mesmo, não seria de proveito nenhum para Deus, e nem ao menos poderia louvá-lo depois da morte (Sl.30:9).
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O Antigo Testamento, tanto quanto o Novo, está repleto de provas contra a imortalidade da alma. Por exemplo, no Salmo 6:5, o salmista afirma categoricamente: “Quem morreu não se lembra de ti. E no Seol, quem te louvará?” (Sl.6:5). Se os mortos estivessem conscientes, eles seriam capazes de se lembrar de Deus. Fosse no Céu, fosse no Inferno, a primeira pessoa na qual os mortos se lembrariam seria de Deus. Ou os mortos estão inconscientes, ou então eles sofrem de um sério problema de amnésia. O fato, porém, é que os mortos não louvam a Deus (Isaías 38:19; Salmos 6:5), não sabem de nada (Eclesiastes 9:5), vale menos do que um cachorro vivo (Eclesiastes 9:4), sua memória jaz no esquecimento (Eclesiastes 9:5), não tem lembrança de Deus (Salmos 6:5), não confiam na fidelidade de Deus (Isaías 38:18), não falam da sua fidelidade (Salmos 88:12), estão numa terra de silêncio – e não de gritaria do inferno ou de altos louvores do Céu (Salmos 115:17), não podem ser alvos de confiança (Salmos 146:3) e não pensam (Salmos 146:4). Definitivamente um estado de plena e total inconsciência entre aqueles que dormem em suas sepulturas aguardando a ressurreição dentre os mortos.
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Quanto a sua teoria de que os escritores do AT referiam-se apenas ao corpo em expressão corporal, essa teoria é falha por uma porção de motivos. Em primeiro lugar, porque a natureza humana é holista, e não dualista. O homem “TORNOU-SE” uma alma vivente, e não “OBTEVE” uma (Gn.2:7)! Talvez seja por isso que Josué conseguiu matar as almas: Josué 10:28, 30, 31, 34, 36, 38. [Obs: o original hebraico traz “nephesh” – alma]
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Em outras palavras, quando nós morremos, é a pessoa integral que morre. Isso é muito claro nas Escrituras Sagradas que o conceito de “alma” e “espírito” na Bíblia não induz a uma alma imortal ou a um segmento preso dentro de nós que é liberto por ocasião da morte. Em segundo lugar, porque seria ilógico os escritores do Antigo Testamento escreverem tanto sobre a vida após a morte e fazerem sempre referencias a “perecerem os pensamentos” (Salmos 146:4), “não sabem de nada” (Eclesiastes 9:5), “sua memória jaz no esquecimento”, “não tem lembrança de Deus” (Salmo 6:5), “não louvam a Deus” (Isaías 38:19), “já não existe” (Jó 7:21), entre tantas inúmeras citações que poderíamos passar aqui, e estarem SEMPRE falando só do corpo! É totalmente inimaginável que os pensadores estivessem excessivamente tão dispostos a narrar tanto a descrição de um simples corpo morto ao invés de falar sobre a vida pós-morte espiritual! Em terceiro lugar, a descrição é com relação ao estado dos mortos. Quanto a isso não resta dúvidas de que eles sabiam muito bem que era um estado de plena inconsciência, caracterizado como um “sono” (Jó 14:11-12; cf. Sal. 76:5; 90:5), e nisso vemos unaminidade entre todos os salmistas e escritores do AT. Em quarto lugar, tratam-se de INDIVÍDUOS, e não de meros corpos. É a pessoa integral que morre, é a pessoa integral que não se lembra de Deus. Deus não disse: “no dia em que comerdes dela, vossos corpos morrerão enquanto vossa alma sobreviverá num estado desincorporado”. Antes, declarou: “Vós”, ou seja, a pessoa inteira, “morrereis”. No livro de Daniel, o próprio Deus chega para ele e diz: “Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias” (Dn.12:13). Deus estava dizendo com indivíduo Daniel ou só com o corpo dele?“Tu, porém” é uma referência ao próprio Daniel como pessoa, e não somente ao corpo dele! “…porque descansarás”… quem descansarás? O indivíduo Daniel ou só o corpo dele? Não seria melhor então Deus corrigir a sua frase para não confundir ou enganar o Daniel e dizer: “porque o teu CORPO descansarás”… como induzem os imortalistas? Não, Deus não disse para Daniel: “teu corpo dormirá, mas você ficará comigo”! É ao próprio Daniel, a pessoa integral, a que são referidas todas essas coisas. Em quinto lugar, os escritores falavam da vida do além: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” (Ec.9:10). E é no além que não há obra, projeto, conhecimento ou sabedoria! [Obs: o original hebraico traz “Sheol”, que na imaginação dos imortalistas e a morada dos espíritos descorpóreos].
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E em sexto, e talvez o maior dos argumentos, como se não fosse suficientemente claro tudo o que vimos até aqui, o salmista afirma: “Se o Senhor não fora em meu auxílio, já a minha ALMA habitaria no lugar do silêncio.” (Salmo 94:17). A alma é a própria pessoa humana, habitando em um local de silêncio. Não era uma referência ao corpo, e o lugar não era de louvores do Céu ou de gritaria do Inferno, tampouco de conversas com os seus antepassados, de agonia ou de regojizo, mas de silêncio. É mais do que claro que, para os escritores do Antigo Testamento, a alma ia para apenas um lugar após a morte, que por sinal era o mesmo de justos e ímpios: A sepultura. É este o lugar de “SILÊNCIO” para onde o salmista diz que a sua ALMA partiria por ocasião da morte.
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Meu caro Hairesis, tenho muito mais ponderações a colocar aqui (o que poderia me levar a escrever um livro..) mas creio que o que passei neste debate já seja mais do que o suficiente para concluirmos que, certamente, a doutrina da imortalidade da alma é uma doutrina completamente antibíblica e cheia de engano. Talvez seja por isso que as Escrituras Sagradas nos ensinam que a imortalidade não é uma possessão natural da alma, mas o dom de Deus (Rom. 6:23) para ser buscada (Rom. 2:7) e dela se revestir (1 Cor. 15:53) por ocasião da ressurreição por aqueles que aceitaram a graciosa provisão da salvação (João 17:2-3; Mat. 19:29). Ninguém corre atrás daquilo que já se possui. Nenhum ímpio tem um DOM de Deus.
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Deve ser por isso que a “imortalidade da alma” não aparece em parte nenhum da Bíblia.
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Tenho um sincero desejo dentro do meu coração que você venha a reflitir sinceramente sobre o tema, e deixe de crer na mentira de Satanás (Gn.3:4), para crer que “virá a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz, e os justos sairão para a ressurreição da vida; e os maus para a ressurreição da condenação.” (Jesus Cristo, em João 5:28,29)
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A vida é somente em Cristo:
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“Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida” (1Jo.5:12)
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O que passa disso é do maligno.
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Abraços.! (sinceros.)
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