Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
Introdução bíblica ao inferno – espantando os espantalhos imortalistas
Introdução bíblica ao inferno – espantando os espantalhos imortalistas
Muita confusão tem sido feita (de forma proposital ou por mera ignorância) pelos imortalistas que criticam aquilo que não conhecem, disseminando mentiras que nunca foram ditas pelos mortalistas, tais como:
• Os mortalistas não creem na existência do inferno. Mentira. Cremos na existência do inferno, mas não segundo o conceito popular e pagão que ele ganhou com tempo, mas no inferno bíblico, que é o geena que será inaugurado após a segunda vinda de Cristo, com a ressurreição dos mortos. Sempre quando a Bíblia se refere a este geena, o apresenta como um acontecimento futuro. Cristo, por exemplo, disse que “os súditos do Reino serão lançados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes” (cf. Mt.8:12). O tempo futuro – “haverá” – mostra claramente que este castigo aguarda os ímpios, não é algo que já esteja em atividade. O mesmo é repetido por Cristo em Mateus 13:42, 13:50, 22:13, 24:51 e 25:30.
Absolutamente sempre o tempo verbal é posto no futuro, nunca no presente. Jesus nunca disse que no inferno geena “está havendo choro e ranger de dentes”, mas que “haveráchoro e ranger de dentes”. Veremos mais adiante, também, que este inferno-geena não será eterno pelo processo, mas existirá até que Deus faça novos céus e nova terra, onde “o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (cf. Ap.21:1), e “Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” (cf. Ap.21:4).
Portanto, cremos sim na existência do inferno, mas não no conceito popular antibíblico, popularizado pela “Divina Comédia” de Dante e pela Igreja papal medieval, onde almas incorpóreas são conduzidas a um local de tormento já em atividade e lá são torturadas eternamente. Cremos no inferno bíblico, onde o castigo é proporcional aos atos de cada um (cf. Lc.12:47,48) e subsistirá futuramente, após a ressurreição dos mortos (cf. Mt.13:42; 13:50; 22:13; 24:51; 25:30; 8:12).
• Os mortalistas não fazem diferença de castigo entre os ímpios. Em um debate televisivo sobre o tema, um dos proponentes da doutrina da imortalidade da alma afirmou:“Os mortalistas colocam no mesmo pé de igualdade pessoas como Hitler, que cometeu aquele grande genocídio e tantos outros déspotas e genocidas malucos com o ladrão de frango – todos terão a mesma punição”[1]. Essa mentira é de todas a mais hilária, pois quem prega que não há diferença de castigo entre os ímpios são justamente os imortalistas, que ensinam que todos sofrerão eternamente no inferno.
Nós, ao contrário, ensinamos que há pessoas que serão castigadas no geena com “poucos açoites” (cf. Lc.12:48), enquanto outras levarão “muitos açoites” (cf. Lc.12:47), antes de serem aniquiladas no lago de fogo, que é a segunda morte (cf. Ap.20:14). Nós, portanto, fazemos diferença entre Hitler, que levaria “muitos açoites” e o ladrão de frango, que levaria “poucos açoites”. Quem não faz diferença entre Hitler e o ladrão de frango são os imortalistas, que dizem que ambos levarão “eternos açoites” para todo o sempre.
• Os mortalistas creem que os ímpios ressuscitarão sem razão, para serem aniquilados novamente. Essa alegação é bastante repetida à exaustão no meio imortalista, principalmente para rebater a falta de lógica do próprio imortalismo quando dizemos que eles creem que os ímpios que estão no inferno terão que deixar o inferno para serem julgados, condenados, ressuscitados e voltarem de novo para o mesmo lugar para continuarem queimando eternamente do mesmo jeito que antes – o que é uma visão que só não é ridícula porque ridículo é pouco pra isso.
Nós, porém, não cremos que os ímpios (que de fato estarão sem vida na sepultura) ressuscitarão sem razão para serem aniquilados de novo logo em seguida. Se fosse assim, estaria certo que eles nem mesmo precisariam passar por ressurreição alguma. Contudo, nós não cremos que eles serão aniquilados sem mais nem menos, sem antes passarem pelo justo castigo e retribuição pelos seus pecados cometidos em vida. Como já foi dito, eles ressuscitarão para serem castigados com “poucos” ou “muitos” açoites no geena, e somente depois serão eliminados na segunda morte, que é o lago de fogo. Por isso, a ressurreição dos ímpios não é sem razão, como alegam os imortalistas, mas é para serem castigados, fazendo justiça por aquilo que cometeram impiamente aqui na terra.
Tendo refutado os “espantalhos” criados pelos imortalistas, portanto, cabe a nós mencionarmos o que exatamente creem ambos os grupos na questão do inferno e dos acontecimentos finais que se dão após a ressurreição:
Holismo – Os justos ressuscitam com corpos imortais e incorruptíveis, e tomam parte na árvore da vida reservada aos salvos no Paraíso (cf. Ap.22:2,14; Ap.2:7), vivendo assim eternamente. Os ímpios também ressuscitam; porém, sem corpos incorruptíveis e imortais como os justos para que possam viver eternamente também em algum lugar (cf. Gl.6:8; Fp.3:20,21; 1Co.15:35-55). Pagam no geena de acordo com as suas obras (cf. cf. Lc12:47,48; Lc.12:58,59; Mt.18:32-35; Ap.22:12; 2Tm.4:14; Rm.2:6; Mt.16:27) e por fim são completamente eliminados (cf. Pv.10:25; Sl.37:22; Sl.37:9; 2Pe.2:6; Sl.37:10; Sl.37:38; Sl.34:21; Sl.37:20; Rm.6:23; Sl.62:3; Sl.94:23; Sl.104:35; Sl.145:20; Pv.22:23; Pv.1:29; Is.5:23,24; Is.11:4; Ob.1:16; Ml.4:1-3; Lc.17:27-29; Rm.8:13; 1Ts.5:3; Tg.1:15; Ap.20:9; 2Pe.2:6). A punição é eterna pelos efeitos, e não pelo processo.
Dualismo – As almas imortais dos justos deixam o Céu, são julgadas, se religam a um corpo que jaz na sepultura e voltam a se encontrar com Cristo nos ares de novo, para depois ouvirem de Cristo que “recebam o Reino” (Mt.25:34) onde já estavam. Quanto aos ímpios, que tinham seus espíritos incorpóreos queimando em chamas de fogo físicas e reais, eles deixam o inferno para serem finalmente julgados e então condenados para continuarem no mesmo lugar que já estavam sem serem condenados, mas não antes de se religarem a seus corpos que estavam na sepultura e sofrerem “de corpo e alma”, porque queimar apenas um espírito não era suficiente. Os justos têm uma vida eterna no Céu com Deus e os pecadores têm uma vida eterna no inferno com o diabo.
A morte nunca é destruída, pois Satanás e os ímpios estarão para sempre em processo contínuo de morte no lago de fogo, que é a segunda morte. O pecado e a blasfêmia nunca terão fim, pois para sempre haverão seres ímpios pecando e blasfemando contra Deus em algum lugar do Universo onde se situe este “inferno”, e os justos estarão no Céu sabendo que naquele exato momento seus amigos e parentes não-convertidos estão queimando e sendo torturados horrivelmente em um lago de fogo eterno que arde com fogo e enxofre, com choro e ranger de dentes sem fim, até mesmo para aquele que foi condenado com 10 ou 12 anos.
Cabe ao leitor honesto e pensante decidir por si mesmo qual das duas visões é a mais plausível.
Por Cristo e por Seu Reino, Lucas Banzoli (apologiacrista.com)