Existe um Inferno
Gn. 3:19
És pó, e em pó te tornarás.
Ecl. 12:7
O pó volte a terra como era, e o espírito volte a Deus que o deu.
Quando examinamos o relato da criação e analisamos seus detalhes, observamos ser infundada a crença em um inferno de eterno sofrimento para os ímpios pois quando o pó da terra (corpo) é separado do fôlego de vida (também chamado de espírito), a alma vivente deixa de existir, voltando o corpo para o pó de onde foi formado, e o espírito (fôlego de vida) para Deus que o deu. Já que o fôlego (espírito) de todos os viventes retorna a Deus, seria a presença do Eterno um paraíso para os bons e um inferno de eterno sofrimento para os ímpios?
Quando dois átomos de hidrogênio se unem com um átomo de oxigênio da origem a uma molécula de água, assim também ao Deus unir o pó da terra com o fôlego de vida deu origem a uma alma vivente. Ao separar os átomos de hidrogênio do átomo de oxigênio a molécula de água deixa de existir, permanecendo sua fórmula apenas na memória de quem a criou da mesma maneira quando o corpo se separa do fôlego de vida, a alma vivente (ser vivo) deixa de existir, permanecendo seu registro apenas na memória de seu criador.
Um Deus que não se alegra com a morte do ímpio (Ez. 33:11), porventura se alegraria e ficaria satisfeito com o eterno sofrimento dos mesmos ?
Como a doutrina de um inferno com eterno sofrimento para os ímpios foi introduzida na igreja cristã ?
Segundo a mitologia grega, após os deuses do olimpo derrotarem os titãs, o universo foi dividido entre três irmão (Trindade), todos com poder equivalente; Zeus ficou como o deus dos céus e da terra, Posídon como o deus dos oceanos, e Hades como o deus das profundezas da terra, a região dos mortos.
No reino dos mortos, o reino de Hades, existiam diferentes regiões e seu primeiro caminho era uma espécie de campo, uma região de nevoeiro e árvores assustadoras; mais além ficavam os campos verdes do Érebo onde os mortos menos afortunados não sofriam tormentos especiais a não ser uma profunda tristeza. Em outra região ficava os Campos Elísios , um paraíso para as almas dos heróis, santos, poetas, etc. onde muitos após esquecerem-se de toda sua vida terrena devido a um longo período de permanência nesta região, reencarnavam como humanos ou como animais.
Outra região neste reino era chamada de Tártaro, local onde as almas malignas eram punidas pelas Erínias, deusas da vingança (Tisífone, Megaira e Aleto).
Os pais da igreja (sucessores dos apóstolos) utilizavam com muita frequência a filosofia grega para interpretar os escritos apostólicos, sendo assim, aproveitaram o conceito grego sobre o reino dos mortos e criaram a doutrina do paraíso, purgatório e tártaro para que através da intimidação pudessem manter o controle religioso das massas que temerosas de um tormento eterno, se mantinham submissas.
Em resumo:
Nas escrituras hebraica jamais encontraremos qualquer ensino que fomente tal crença, visto que a mesma não condiz com o caráter do Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus de Israel. Portanto, cremos que este ensino provém do deus deste mundo, e todo aquele que se tornou conhecedor do que é certo ou errado, torna-se responsável pelo seu destino eterno: Crer no Deus de Israel e desfrutar das bênçãos prometidas aos patriarcas, ou sofrer as consequências por dar crédito ao deus deste mundo.
Shalom!
Leia mais: http://www.profeciasbiblica.com/estudo/inferno/
Inferno NÃO É um Tormento EternoInferno NÃO É um Tormento Eterno – Parte 1
Postado em 24/03/2014
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A doutrina que ensina a existência de um “inferno de fogo” tem preocupado muitas pessoas de todas as eras. Pensadores têm rejeitado o cristianismo por causa de tal crença; jovens têm abandonado a religião, pois pensam: “não posso crer em um Deus que, para demonstrar Sua justiça, tenha de atormentar eternamente a alma de alguém no fogo; Ele não pode existir…”. Tudo isso poderia ser evitado, caso fosse feito um estudo correto, sincero e fiel da Bíblia e se fossem usadas devidamente as regras de interpretação do verso bíblico antes de tirar uma conclusão definitiva – uma dessas regras de estudo da Bíblia é: levar em conta todos os textos das Escrituras que tratam do mesmo assunto (Isaías 28:10).
Muitos cristãos crêem em um inferno de fogo, para onde, segundo eles, vão as “almas” daqueles que foram maus, e que lá, eternamente, serão atormentados pelo diabo, e que os bons vão para o “céu”, ao morrerem. Mas será que esse pensamento se harmoniza com o ensinamento bíblico? Isso é o que veremos a partir deste ponto. É um grande problema enquadrar “essa crença” com os aspectos fundamentais da fé cristã, contidos nas Escrituras.
O Eterno disse para o homem: “CERTAMENTE MORRERÁS” – Gênesis 2: 17. Satanás retrucou: “CERTAMENTE NÃO MORRERÁS” – Gênesis 3: 4.
Quem falou a verdade? Esta mentira satânica, de que “os pecadores viverão para sempre, e que nem o fogo do inferno poderá extinguir a centelha de vida”, tem sido pregada dos púlpitos, em acintosa rejeição à Palavra do Eterno.
Com este estudo quero deixar claro uma VERDADE: O castigo dos ímpios é por tempo limitado!
O galardão dos justos é para sempre!
A ideia medieval do inferno predomina ainda entre boa parte da cristandade. Um inferno semelhante ao criado pela superstição romana em que homens ficarão eternamente queimando, fustigados pelos tridentes dos demônios que o habitam.
A bíblia possui fartas e concludentes referências de que o homem não possui uma alma, mas É UMA ALMA VIVENTE. A bíblia também não ensina que essa alma seja imortal. A imortalidade é alcançada somente por e através do Messias. A Bíblia diz que “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito do Eterno é a vida eterna, pelo Messias Yahushua nosso Senhor.” (Romanos 6:23). A morte é a punição final dos ímpios. O dom da vida eterna, o Pai dará aos Seus, mas não dará aos ímpios. Em sua primeira epístola, o apóstolo João esclarece melhor o assunto: “Todo o que odeia a seu irmão é homicida; e vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele.” (I João 3:15). E mais: “Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.” (I João 5:12). João está dizendo, aqui, que os ímpios NÃO viverão eternamente! O tormento eterno deixa de ser um fato, se consideramos estas declarações bíblicas como verdadeiras.
A questão fundamental é: O fogo do inferno atormenta os perdidos eternamente ou os consome permanentemente?
Não é possível, à luz da bíblia, crer que o sofrimento, o pranto e a dor se perpetuem eternamente, pois acreditar nisso seria anular a declaração divina de que tempo virá em que “…não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor, nem clamor; porque já as primeiras coisas são passadas.” (Apocalipse 21:4). Assim como não haverá mais morte para os remidos, assim também não haverá mais vida para os ímpios (Apocalipse 21:8). A “segunda morte” é a morte final e irreversível. Em parte alguma a bíblia diz que os ímpios sofrerão eternamente. Ao contrário, ela usa palavras que dão a clara idéia de que eles terão um completo e rápido aniquilamento. Na bíblia, os ímpios são descritos como “palha”, “cera”, “gordura”, “fumaça”, etc. (ver Mateus 3:12; Malaquias 4:1; Salmos 68:2: Salmos 37:20).
Mas a Bíblia usa expressões como “fogo inextinguível”, “fogo eterno”, etc., dando a entender que os ímpios queimarão nesse fogo, eternamente. O que isto realmente significa?
Antes disso, é importante salientar o que a bíblia ensina sobre o estado do homem na morte. Veja:
“Isto dizia e depois lhes acrescentou: Nosso amigo lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Jesus, porém, falara com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono. Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu…” (João 11:11-14).
Note que, depois de ficar doente, Lázaro morreu. E o que o Messias disse a respeito da morte de Lázaro? Disse que ele estava dormindo! Não devemos duvidar do Senhor. Ele sabe melhor que nós qual é o estado do homem na morte. Em aproximadamente 53 versos diferentes, a bíblia compara a morte a um sono.
Ele disse também, que a ressurreição será no último dia, quando ele voltar (João 6:40). Mas como harmonizar estes versos com aqueles que mencionam o “tormento eterno?”
O Antigo Testamento, também declara que, quando uma pessoa morre, ela está em total inconsciência. Veja: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem “coisa nenhuma”, nem tampouco terão eles recompensa, pois sua memória está entregue ao esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram: para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:5,6) (leia também Salmo 6:5; Salmo115:17; Salmo 146:3,4; Isaías 38:18,19).
Como o Eterno é perfeito, Ele nunca irá se contradizer; afirmando em uma parte da bíblia que, na morte, a pessoa está em total inconsciência e em outra parte, que os ímpios mortos estão sofrendo em um ‘inferno de fogo’.
Além disso, não podemos deixar de mencionar que o trabalho de satanás para tentar confundir a Igreja de Cristo, foi bastante eficaz, ao nos depararmos com uma quantidade de traduções e interpretações bíblicas fora do comum, tornado-se uma desgraça para a compreensão verdadeira do significado bíblico, não sem o controle do Pai, afim de peneirar a fé de seus filhos.
Portanto, se há uma aparente contradição, a culpa não é Dele, mas sim nossa, pois somos limitados por causa do pecado. Outro fator que leva-nos a encontrar “contradições” na bíblia é o fato de não a estudarmos profunda e adequadamente. É o que pretendemos fazer agora, analisando estes versos em seu contexto e verdadeiro significado.
SIGNIFICADO DA PALAVRA “INFERNO”
O presente estudo irá analisar o que é o ‘inferno’, de acordo com o ensino bíblico; qual o correto significado de alguns dos textos bíblicos que mencionam a palavra ‘inferno’; o inferno de fogo existe hoje ou existirá em um futuro? Por quanto tempo?
É importante ficar claro, inicialmente, que a doutrina de um inferno para tormento eterno é de origem pagã, e foi aceita pela igreja dominante, nos séculos escuros da Idade Média, para intimidar os pagãos a aceitar as crenças católicas.
O modo mais simples de entender o significado desta palavra consiste em examinar o seu uso, nas Escrituras. Segundo a bíblia, a palavra “inferno” significa “sepultura”, “mundo dos mortos”, “habitação dos mortos”, etc. No hebraico, a palavra transliterada como sepultura é sheol e no grego, é hades, mas ambas tendo o mesmo significado.
No Antigo Testamento, a ideia de fogo ou tormento não se encontra na palavra sheol. Podemos citar como exemplo, o texto bíblico de Jonas 2:1-2: “E orou Jonas ao Senhor, seu Deus, das entranhas do peixe, …do ventre do inferno(sheol) gritei”. Seria difícil imaginar alguma coisa análoga ao fogo, em conexão com o peixe, mencionado aqui.
É importante lembrar que, tanto bons como maus vão para o sheol. Jó, homem sincero e reto, temente a Deus (Jó 1:8), disse: “Se eu olhar a sepultura (sheol) como a minha casa…” (Jó 17:13). O salmista escreveu: “Os ímpios serão lançados no inferno (sheol)…” (Salmos 9:17). Veja no contexto desse texto, que Davi afirma que os aflitos e necessitados não serão para sempre esquecidos e a sua esperança não se frustrará perpetuamente, ao contrário dos ímpios, que serão lançados no inferno(sheol), ou seja, na morte eterna.
Na bíblia, a palavra “inferno” é traduzida, portanto, das seguintes palavras hebraicas e gregas: sheol, hades, geena e tártaros. Vejamos o significado de cada uma delas:
HADES E SHEOL – SEPULTURA
SHEOL (hebraico) – Este vocábulo aparece 65 vezes, no Velho Testamento. Era o lugar para onde iam os mortos, por isso é sinônimo de “sepultura”, ou “lugar de silêncio dos mortos”. Em hebraico, Sheol nunca teve a idéia de lugar de suplício para os mortos.
Muitas traduções optaram por manter essa palavra transliterada, por considerarem difícil traduzi-la, pois nenhuma palavra em português dá a exata idéia do significado original. A tradução brasileira não a traduz nenhuma vez. Quem experimentar, por exemplo, traduzir sheol por “inferno de fogo”, no texto de Gênesis 42:38, verá o tamanho da discrepância: a tradução da Sociedade Bíblica Britânica fala em “sheol”. Já a bíblia na versão Jerusalém diz “…habitação dos mortos”, mas em nenhuma delas, significando ‘inferno de fogo’.
HADES (grego), significa “mundo inferior, sepultura, morte”. Provém do prefixo? – alfa grego, com a idéia de negação, privação e do verbo idein = ver, significando então: o que não é visto, lugar de onde não se vê, por isso é sinônimo de sepultura, habitação dos mortos.
Os gregos dividiam o hades em duas partes, (posteriormente, falavam até em quatro): o Elysium – a habitação dos vitoriosos e o Tártarus – a habitação dos ímpios.
Esta ideia de divisões e subdivisões do hades é totalmente pagã e sem nenhum apoio bíblico.
Hades descreve o mesmo lugar que sheol. A palavra hades ocorre, nas escrituras gregas, 10 vezes. São estas, as citações do Novo Testamento: Mateus 11:23; 16:18; Lucas 10:15; Atos 2:27 (em paralelo a Salmos 16:10, conforme abaixo); 2:31; I Coríntios 15:55; Apocalipse 1:18; 6:8; 20:13 e 20:14.
A Septuaginta, antiga versão grega do Antigo Testamento, quase sem exceção, usa a palavra hades como tradução de sheol. Uma das provas da exata correspondência entre essas duas palavras encontra-se na tradução da Septuaginta, pois das 62 vezes que Sheol é usada no Velho Testamento, 61 vezes foi traduzida por hades. Veja e compare as passagens mencionadas no Antigo Testamento e Novo Testamento: em Atos 2:27, lê-se hades: “Pois não deixarás a minha alma(psiqué=vida) no hades…”, enquanto que Salmos 16:10, que é uma citação, feita em Atos, lê-se inferno(sheol): “Pois não deixarás a minha alma no inferno…”. Na versão da Bíblia de Genebra, usou-se a palavra “morte”, indicando que o texto não se refere a um lugar de fogo. Em boa parte das traduções da bíblia, inclusive na versão de Almeida Revista e atualizada, o termo “inferno” já foi substituído por morte.
GEENA – LUGAR DE JUÍZO
GEENA, no grego, (do hebr. Gê-hinnon, vale de Hinnon), correspondente à palavra hebraica Hinom, que é o nome de um vale próximo à Jerusalém, lugar usado para depósito de cadáveres de animais e de malfeitores, onde eram consumidos pelo fogo, que se mantinha aceso constantemente. Conhecido também por ‘Vale de Josafá’, está situado a sudoeste da cidade e era considerado lugar maldito pois, neste local, antes da conquista de Canaã pelos filhos de Israel, ali eram feitos sacrifícios de crianças, pelos cananitas, ao ídolo Moloque (ou Tofete – deus dos mortos), ao qual chegaram a construir um templo. O santo rei Josias, na restauração que fez em Israel, destruiu o templo e transformou o lugar em depósito de lixo. Terminados os sacrifícios humanos, o vale de Hinom passou a ser, então, um crematório das sujidades da cidade de Jerusalém e este local ficou reservado para depósito do lixo proveniente da cidade. Juntamente com o lixo, vinham cadáveres de mendigos encontrados mortos na rua ou de criminosos e ladrões mortos quando cometiam delito. Estes corpos, às vezes, eram atirados onde não havia fogo, expondo os vermes que lhes devoravam as entranhas, num espetáculo dantesco e aterrador. É a este quadro que Isaías se refere, em seu capítulo 66, verso 24, que diz: “Eles sairão e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e eles serão um horror para toda a carne”. Note que essa passagem fala em “cadáveres”, e não em pessoas gritando de dor! Além disso, é preciso muita imaginação para supor que este verme nunca morra, literalmente, ainda mais no fogo!
Por todas estas circunstâncias, esse vale se tornou desprezível e amaldiçoado pelos judeus e símbolo do terror, da abominação e do asco, e mencionado pelo Messias com estas características, como em Marcos 9:47-48, que diz: “E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois, seres lançado no inferno, onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga”. Ser atirado no geena após a morte, era sinônimo de desprezo ao morto, abandonado pelos familiares e pela sociedade, não merecendo ao menos uma cova rasa, estando condenado à destruição ‘eterna’ do fogo, que ardia constantemente, pois por óbvios motivos de higiene, os judeus mantinham o fogo permanentemente aceso, e com o objetivo de avivar as chamas e tornar a sua força mais eficaz, lançavam enxofre sobre ele.
Com muita propriedade, portanto, o Messias usou este vale para ilustrar o que seria o ajuste de contas e conseqüente destruição dos ímpios, que seriam queimados no geena universal.
Com o tempo, esta palavra passou a ser empregada, naturalmente, como sinônimo de maldição, e o Messias usou-a para designar o “lugar de punição dos ímpios”. Assim, de todas as palavras que, na bíblia, são traduzidas por “inferno”, geena é a única que tem em si própria, a idéia de “lago de fogo e enxofre”. As 12 citações que apresentam a palavra geena são as seguintes: Mateus 5:22,29,30; 18:9; 23:15,33; Mc 9:43,45,47; Lucas 12:5; Tiago 3:6.
Há de se salientar, porém, que em nenhum dos textos onde aparece a palavra Geena, diz-se em quê ocasião os ímpios serão “lançados no inferno”. Os textos descrevem o juízo pelo fogo simplesmente como um acontecimento futuro e eles contêm a evidência de que esse acontecimento futuro não se seguirá imediatamente após a morte.
Em várias citações onde aparece a palavra Geena, é dito que os ímpios serão “lançados” no fogo (figura de linguagem), presumivelmente, com a intenção de descrever o ato de arremessar um objeto nas chamas. Mas, quando serão os ímpios corporalmente ou literalmente lançados no fogo do juízo? A bíblia diz que esse evento ocorrerá no dia do juízo final, após o milênio, quando os ímpios mortos forem ressuscitados e tiverem sido julgados segundo as suas obras (Apocalipse 20:11-15).
TÁRTAROS (grego), significa “um abismo escuro”. Esta palavra é usada em conexão com a expulsão de anjos maus do céu para a “escuridão”. “Ora, se Deus não poupou a anjos quando pecaram, mas lançou-os no inferno (tártaros), os entregou aos abismos da escuridão, reservando-os para o juízo.” (II Pedro 2:4). A palavra tártaro, usada por Pedro, se assemelha muito à palavra “Tartarus”, usada na etimologia grega, como nome de um escuro abismo ou prisão; porém, a palavra tártaro, parece referir-se melhor a uma condição do que a um lugar. A queda dos anjos que pecaram foi, do posto de honra e dignidade à desonra e condenação; portanto, a idéia parece ser: Deus não poupou aos anjos que pecaram, mas os rebaixou e os entregou a cadeias de trevas, para juízo. Não existe, nesse texto, a idéia de fogo ou tormento. A passagem bíblica declara, especificamente, que os anjos ficaram “reservados para o juízo”, isto é, para um acontecimento futuro.
Como vimos, quando a palavra “inferno”, traduzida de hades ou sheol aparece nas escrituras, o leitor não deve tomá-la como significando, exclusivamente, um lugar de fogo e enxofre, a morada dos ímpios, porque:
a) A principal definição de hades/sheol, como já foi mencionado, não possui tal significado da palavra. As palavras sheol, em hebraico e hades, em grego, eram usadas para designar “sepultura”, não trazendo nenhum sentido de sofrimento e castigo eterno.
b) A palavra “inferno” foi usada pelos tradutores por influências pagãs e por preconceitos enraizados na mente de muitos deles a partir de sua cultura e crenças até os dias de hoje, mas totalmente estranhos ao texto sagrado.
c) O Antigo Testamento diz que, tanto justos quanto ímpios, vão para o sheol. Crer que esse termo signifique um lugar de fogo será admitir que os antigos patriarcas teriam descido para um lugar de chamas ardentes. De acordo com a bíblia, todos os que morrem, quer sejam bons, quer sejam maus, descem à sepultura, ao lugar de esquecimento e ali esperam até o dia da ressurreição, quando então, receberão sua recompensa. (Apocalipse 22:14).
d) O Novo Testamento fala do Messias como estando no hades (Atos 2:27). Este texto causa tremendo embaraço para os que defendem a errônea ideia de inferno como um lugar de tormento, acompanhado de fogo e enxofre. A palavra grega hades tem, como um de seus significados, um lugar desprovido de luz, uma morada escura. O texto em questão tem, então, o seguinte significado: “Tu não me deixarás na sepultura, na morte”.
A mesma conclusão é tirada do texto de I Coríntios 15:55, onde a palavra “inferno” é uma tradução de hades, e descreve aquele elemento sobre o qual, finalmente, os justos serão vitoriosos na ressurreição: “…onde está, ó morte, a tua vitória?”. O referido texto é uma citação de Oséias 13:14, onde é empregada a palavra equivalente, sheol, traduzida equivocadamente, para “inferno”. Paulo, simplesmente, está se referindo à imortalidade, que na ressurreição, subjugará a morte para sempre.
Um outro texto onde é mencionada a palavra “inferno” é Apocalipse 20:13. O termo original empregado foi hades (ou sepultura; em algumas traduções, lê-se “além”). É importante notar aqui, que “inferno” não significa lago de fogo, porque neste texto, os mortos serão livrados do inferno e posteriormente lançados no lago de fogo, juntamente com a morte e o inferno (Apocalipse 20:14-15); se mantivermos a tradução equivocada, teríamos, então, fogo sendo lançado no fogo, o que não faz o menor sentido.
Os problemas relacionados com a palavra “inferno” se desfazem como bolhas de sabão, quando conhecemos bem o significado etimológico dos termos sheol, hades, geena e tártaro, que jamais poderiam ser traduzidos por essa palavra, por ter uma conotação totalmente diferente do que é expresso por aqueles vocábulos.
Seria possível o Deus apresentado a humanidade pelos profetas e pelo Messias condenar os ímpios ETERNAMENTE no inferno? Você tem noção realmente do que é uma coisa ser eterna? Durar eternamente? Não estou falando de 100 anos, 1000 anos ou ainda 1 trilhão de anos, não. Mas infindavelmente. Não temos noção do que é eternidade, por isso aceitamos esse ensino pagão com tanta facilidade.
Não é apenas a bíblia que afirma o contrário, e nós veremos isso claramente neste estudo, caro leitor, mas o senso de justiça que o próprio Deus marcou nosso interior. É por isso que esse ensino de demônio incomoda tanto aos que ensinam e aqueles que ouvem.
Basta uma simples análise para ver o absurdo dessa questão. Seria justo dizer que alguém que pecou e fez maldades durante 10 SEGUNDOS deveria pagar por esse erro por toda a vida? Seria justo essa condenação tremenda por causa de 10 segundos? Pois é isso ou menos que equivale nossa vida de 90 anos na terra quando você estiver a 1 BILHÃO de anos no inferno sofrendo. Talvez seja por esses ensinos equivocados que existam tantos ateus.
“Quem tem ouvidos para ouvir, OUÇA..”
Notas e referências
1. Para um exame de pesquisa recente sobre a natureza do inferno, ver Samuele Bacchiocchi. Immortality or Resurrection? A Biblical Study on Human Nature and Destiny (Berrien Springs, Mich.: Biblical Perspectives, 1997), págs. 193-248.
2. Ver William V. Crocket, “The Metaphorical View”, em William Crockett, ed., Four Views of Hell (Grand Rapids, Mich.: Zondervan, 1992), págs. 43-81.
3. Billy Graham, “There is a Real Hell”, Decision 25 (Julho-Agosto 1984), pág. 2. Noutro lugar Graham pergunta: “Poderia ser que o fogo do qual Jesus falou é uma eterna busca de Deus que nunca é satisfeita? Isso, com efeito seria inferno. Estar separado de Deus para sempre, separado de sua Presença”. Ver The Challenge: Sermons From Madison Square Garden (Garden City, N.Y.; Doubleday, 1969), pág. 75.
4. Crockett, pág. 61.
5. Basil F. C. Atkinson, Life and Immortality: Examination of the Nature and Meaning of Life and Death as They are Revealed in The Scriptures (Taunton, England: E. Goodman, n.d.), págs. 85, 86.
6. Idem.
7. John Stott e David L. Edwards, Essentials: A Liberal-Evangelical Dialogue (London: Hodder and Stoughton, 1988), pág. 316.
8. M. McNamara, The New Testament and the Palestinian Targum to the Pentateuch (New York: Pontifical Biblical Institute, 1978), pág. 123.
9. Stott e Edwards, Essentials, págs. 318, 319.
Inferno NÃO É um Tormento Eterno – Parte 2
Postado em 24/03/2014
Tem Deus duas faces? É Ele infinitamente misericordioso de um lado e insaciavelmente cruel
de outro? Pode Ele amar os pecadores de tal modo que enviou Seu Filho para salvá-los, e ao
mesmo tempo odiar os pecadores impenitentes tanto que os submete a um tormento cruel sem
fim? Podemos legitimamente louvar a Deus por Sua bondade, se Ele atormenta os pecadores
através dos séculos da eternidade?
A intuição moral que Deus plantou em nossa consciência não pode aceitar a crueldade de uma divindade que sujeita pecadores a tormento infindo. A justiça divina não poderia jamais exigir a penalidade infinita de dor eterna por causa de pecados finitos. Além disso, tormento eterno e consciente é contrário ao conceito bíblico de justiça porque tal castigo criaria uma desproporção séria entre os pecados cometidos durante uma vida e o castigo resultante durando por toda eternidade.
Como John Stott pergunta: “Não haveria, então, uma desproporção séria entre pecados
conscientemente cometidos no tempo e tormento conscientemente sofrido através da
eternidade? Não minimizo a gravidade do pecado como rebelião contra Deus nosso Criador,
mas questiono se tormento eterno consciente é compatível com a revelação bíblica da
justiça divina”.5
O FOGO QUE NUNCA SE APAGA
Em Marcos 9:43-48, o Messias se refere, evidentemente, ao mesmo fogo do juízo que é
descrito, como já mencionado, em Isaías 66:24, onde lemos: “E sairão (os justos) e verão
os corpos mortos dos homens que prevaricaram contra Mim; porque o seu bicho nunca morrerá,
nem o seu fogo se apagará.” Somos, aqui informados de que o “bicho” e o “fogo” estão
agindo, não sobre espíritos desincorporados, mas sobre corpos mortos.
O Messias está se referindo ao vale de Hinom para ensinar aos Seus ouvintes o destino que
aguarda os ímpios. Eles viam os corpos mortos no vale de Hinom serem devorados pelas
chamas, ou se as chamas não alcançavam alguns deles, viam ser atacados pelos bichos, os
agentes da destruição e da desintegração. O fato de os fogos de geena serem conservados
sempre acesos, e nunca serem apagados, era a prova mais segura de que qualquer coisa que
ali fosse lançada seria inteiramente consumida. Declarar que o conservar-se um fogo sempre
aceso implica em conservar-se sempre vivo o que quer que nele seja lançado, é contrariar
tanto a evidência do senso comum quanto o testemunho das Escrituras.
O fogo, no vale de Hinom, permanecia aceso porque havia material para ser consumido. Os
vermes não morreriam e o fogo não se apagaria enquanto houvesse alguma coisa para ser
consumida ou queimada. O fogo comum pode ser apagado com extintores, água, sopro, etc.,
mas o fogo divino consome tudo até o fim.
Deus declarou ao povo de Israel, por meio do profeta Jeremias, o seguinte: “Mas se não Me
derdes ouvidos,…então acenderei fogo nas portas (de Jerusalém) o qual consumirá os
palácios de Jerusalém, e não se apagará.” (Jeremias 17:27). O cumprimento desta profecia
está relatado em II Crônicas 36:19-21, quando os babilônios, com suas tochas, incendiaram
a cidade. Está aquele fogo ainda ardendo, hoje? Pensar assim seria absurdo. Por que,
então, tirar do relato do Messias a conclusão de que o fogo do juízo nunca se apagará?
A bíblia declara que os ímpios serão reduzidos a “cinzas” (Malaquias 4:3). A respeito de
Satanás, Deus declara: “Eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu, e te
reduzi a cinzas sobre a terra.” (Ezequiel 28:18). Note que, se o Criador consumirá o
próprio satanás, porque manteria em eterno sofrimento os que foram enganados por ele?
TORMENTO ETERNO?
A Bíblia fala em “fogo eterno” para os ímpios(Mateus 25:41), e em “tormento eterno”(Mateus
25:46), no qual eles se consumirão. Diz também que eles serão “atormentados de dia e de
noite para todo o sempre” (Apocalipse 20:10). Como explicar isto? O que significa o termo:
“para todo o sempre!? Na Bíblia a expressão “para sempre”, na maioria dos casos, não tem o
mesmo significado na língua portuguesa.
As palavras “eterno” e “todo o sempre” não significam, necessariamente, que algo ou
alguém, nunca terá fim. Quando estas palavras são encontradas no Novo Testamento, vêm do
substantivo grego “aion”, ou do adjetivo “aionios”, que é derivado daquele. É impossível
forçar este radical grego significar sempre um período que não tem fim. A palavra aionios,
traduzida como “eterno”, “para sempre”, significa, literalmente, “perdurando por um
século”.
Comentando o texto de Filemom 15, o erudito H. G. Moule diz:
“O adjetivo aionios tende a marcar a duração enquanto a natureza da matéria o permite. E
no uso geral, tem íntima relação com as coisas espirituais. ‘Para sempre’, neste verso,
neste texto, significa permanência de restauração, tanto natural como espiritual.
Ligado, porém, a Deus, significa eterno, para sempre. Também ligado à vida que provém de
Deus, significa uma vida de duração sem fim.[1][6]
No grego, a duração de aionios deve sempre se determinar em relação com a natureza da
pessoa ou coisa a qual se aplica. Por exemplo, no caso de Tibério César, o adjetivo
aionios descreve um período de 23 anos, desde sua ascensão ao trono até sua morte.[2][7]
No NT, a palavra aionios se emprega para descrever tanto o fim dos ímpios como o futuro
dos justos. Seguindo o princípio já enunciado de que a duração de aionios deve
determinar-se pela natureza da pessoa ou coisa a qual se aplica, se deduz que o galardão
dos justos é uma vida sem fim, enquanto que a retribuição dos ímpios é morte que não tem
fim (João 3: 16; Rom. 6: 23; etc.). Em João 3:16, se estabelece o contraste entre a vida
eterna e perecer. Em II Tes. 1:9 se diz que os ímpios sofrerão ‘pena de eterna perdição’.
Esta frase não descreve um processo que seguirá para sempre, mas sim, um ato cujos
resultados serão permanentes[3][8].
O castigo pelo pecado é infligido por meio do fogo (Mat. 18: 8; 25: 41). Que esse fogo
seja aionios, “eterno”, não significa que não terá fim. Isto fica claro ao considerar
Judas 7. Evidentemente, o “fogo eterno” que destruiu a Sodoma e Gomorra ardeu por um tempo
e depois se apagou. Em outras passagens bíblicas, se faz referência ao ‘fogo que nunca se
apagará’ (Mat. 3: 12), o qual significa que não se extingüirá até que haja queimado os
últimos vestígios do pecado e dos pecadores. O significado de aionios (e seus derivados)
como uma existência infinita (no caso de referir-se a Deus e a sua natureza, por exemplo)
“não é derivada da expressão em si, mas da expressão com que está associada, neste caso,
Deus.
Por 51 vezes, no Novo Testamento, aionios se aplica à eterna alegria dos redimidos, o que,
é claro, não possui limitação de tempo. Pelo menos 70 vezes, na Bíblia, essa palavra
qualifica objetos de uma natureza limitada e temporária; assim, indica apenas uma duração
indeterminada. Quando lemos que Deus é “eterno”, isso é verdadeiramente eterno, como
entendemos o termo. Quando lemos que as montanhas são “perpétuas”, significa que duram
tanto quanto possível durar uma montanha. A Bíblia, freqüentemente, usa aion, aionios e
seus derivados hebraicos (olam em suas várias formas) para falar de coisas que findam. O
aspergir do sangue na Páscoa era uma “ordem eterna”. (Êxodo 12:24), assim como o
sacerdócio de Arão (Êxodo 29:9; 40:15; Levíticos 3:17), a herança de Calebe (Josué 14:9),
o templo de Salomão (I Reis 8:12, 13); o tempo de vida de um escravo (Deuteronômio 15:17)
e a lepra de Naamã (II Reis 5:27). Essas coisas não duraram “para sempre” de acordo com
nossa concepção da palavra. Elas duram além da visão daqueles que as ouviram pela primeira
vez sendo chamadas “eternas”, e depois disso nenhum tempo limite foi estipulado. Aionios
fala sobre o tempo ilimitado, dentro dos limites determinados para aquilo que modifica[4]
[11]. O Castigo é tão eterno quanto foi a destruição de Sodoma, mas o ato de punir não
continua, perpetuando assim o pecado e o sofrimento”[5][12].
Portanto, podemos concluir que a expressão “fogo eterno” na linguagem Bíblica não quer
dizer um período sem fim, pois o fogo será eterno nas conseqüências, nos resultados (a
pessoa nunca mais será ressuscitada), e não na duração. Se o estado de punição
continuasse, passagens como a de Apocalipse 21:4 e outras que mencionam que não mais
haverá o pecado e o sofrimento não poderiam estar na bíblia, pois os maus continuariam
blasfemando contra o Criador no “inferno” (blasfemar ao Criador é pecado) e sofreriam as
dores do fogo para sempre (o sofrimento não teria um fim). Haveria uma grande incoerência
nas Escrituras!
Veja alguns textos onde o termo substantivo grego “aion”, ou do adjetivo “aionios”, e
derivado hebraico olam aparecem, como bons exemplos do que foi exposto acima:
a) A respeito de Cristo, a bíblia diz: “Tu és Sacerdote eternamente (aion).” (Hebreus
5:60). O detalhe é que o serviço de Cristo, na qualidade de Sacerdote, terá seu fim quando
o pecado for extinto.
b) A respeito de Sodoma e Gomorra – “Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades
circunvizinhas,…, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno (aionios).”
(Judas 7). Sodoma e Gomorra sofreram a pena do “fogo eterno (aionios)”. Essas cidades, que
há tanto tempo foram incendiadas em virtude do julgamento divino, estarão ainda ardendo em
chamas? Com precisão, a própria bíblia relata que Deus “…reduziu Sodoma e Gomorra a
cinzas” (II Pedro 2:6). O destino dessas duas cidades, como está escrito, é uma
advertência para os ímpios sobre o destino que lhes está preparado. Portanto, se o “fogo
eterno” daquele juízo ocorrido há tanto tempo, reduziu a cinzas aqueles sobre os quais
recaiu, e os matou sob a sua ação, podemos razoavelmente concluir que o fogo “eterno
(aionios)” do último dia igualmente o fará aos ímpios.
c) A respeito de Arão – Em I Crônicas 23:13, lemos: “Arão foi separado para consagrar as
coisas santíssimas, ele e seus filhos, eternamente (olam) para queimarem incenso diante do
Senhor, e o servirem, e pronunciarem bênçãos em nome de Deus para sempre (olam)” . De
acordo com esse texto, Arão e seus filhos deviam oferecer incenso “eternamente” (olam). Em
outro texto, Deus manda Moisés ungir a Arão para ele exercer um sacerdócio “perpétuo”
(olam) (Êxodo 40:15). Porém, a própria bíblia confirma que esse sacerdócio, com suas
ofertas de incenso, terminou quando o Messias morreu no madeiro (Hebreus 7:11-14).
d) Jonas, ao descrever as suas aventuras pelas quais havia passado, relata-as nestas
palavras: “Os ferrolhos da terra correram-se sobre mim para sempre (olam).” (Jonas 2:60).
Esse “para sempre”, entretanto, durou apenas “três dias e três noites”, conforme o texto
de Jonas 1:17. Ficaremos apenas nesses quatro exemplos, havendo muitos outros.
Segue abaixo uma análise muito interessante encontrada no site http://novotempo.com/. Leia com atenção:
HERESIAS QUE TEREMOS QUE ADMITIR SE O TORMENTO FOR ETERNO
“Se há um “inferno” ardendo em chamas na atualidade; e se o diabo for atormentado por um
período sem fim, juntamente com os pecadores, teremos de aceitar pelo menos quatro
heresias:
1ª heresia: O diabo, os demônios e os pecadores são eternos, ou seja, Deus não conseguirá
um dia destruir o diabo e os pecadores definitivamente. O que dizer dos seguintes textos:
1 João 3:15; Malaquias 4:1-3; Romanos 16:20; Hebreus 2:14?
2ª heresia: O pecado é eterno. Se os ímpios fossem atormentados com o diabo eternamente,
nunca iriam deixar de ter raiva de Deus por estarem no fogo, e continuamente blasfemariam
dEle. Estariam em constante pecado, por toda a eternidade.
3ª heresia: Muitas pessoas que pecaram 70 ou 80 anos irão sofrer a mesma penalidade que
satanás, que pecou desde o princípio (João 8:44) e que foi o originador do pecado. Nada
mais injusto. Isso não estaria de acordo com os seguintes textos: Apocalipse 20:11-13;
Lucas 12:47 e 48 (alguns receberão “muitos açoites” e outros, “poucos açoites”).
4ª heresia: Deus nunca irá terminar com o sofrimento. A Bíblia ensina claramente que um
dia não existirá mais o sofrimento (Apocalipse 21:4).
Creia que Deus não irá condenar ninguém à tortura. Aceitando a posição bíblica sobre o
assunto, a visão que você tem de Deus irá mudar e sua comunhão com Ele será ainda melhor!
Não seríamos felizes no Céu se soubéssemos que algum parente ou filho nosso está queimando
no “fogo do inferno”. O céu seria um “inferno” se pudéssemos ouvir ou mesmo saber que
algum querido nosso está ardendo nas chamas[20]. Como você iria olhar para Deus durante a
eternidade, se ao mesmo tempo em que Ele diz que lhe ama, diz que foi “justo” em condenar
um querido seu ao tormento eterno?”
CONCLUSÃO:
O “castigo eterno” (Dn 12:2; Mt 25:46) é eterno nas consequências (os que passarem pela
segunda morte nunca mais serão ressuscitados – ver Ap 20:4-6) e não na duração. Após o
castigo proporcional às obras de cada um (Lc 12:47, 48), haverá uma destruição total dos
ímpios.
O castigo final do pecado é a morte: “A alma(psiqué=vida) que pecar morrerá” (Ezequiel
18:4, 20); “O salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). A punição do pecado compreende
não somente a primeira morte, a qual todos estão sujeitos a experimentar como resultado do
pecado de Adão, mas também o que a bíblia chama de “segunda morte” (Apocalipse 20:14;
21:8), que é a morte final e irreversível a ser sofrida pelos ímpios. Isso significa que o
salário final do pecado não é o tormento eterno, mas a morte permanente.
Recentemente, o vale de Hinnon não é mais um lugar de horror e morte, mas um vale fértil,
coberto de casas e bem cuidados jardins. Os fogos, há muito, se apagaram ali, sendo hoje,
um ambiente de beleza e vida. Nenhum sinal de queima foi deixado. Sem nada ter a queimar,
o fogo se extinguiu. Assim será quando os ímpios encontrarem seu fim no fogo do Eterno no
último grande juízo. O castigo final dos ímpios (Mateus 25:46) não será interminável,
conforme Salmos 103:8-9, que diz: “O Senhor é misericordioso e compassivo; longânimo e
assaz benigno. Não repreende perpetuamente, nem conserva para sempre a sua ira”; mas
produzirá efeitos de duração eterna, pois os ímpios que forem queimados no lago de fogo
nunca mais existirão (Salmos 37:10).
Em Ezequiel 18:32, Deus diz: “Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor
Deus; convertei-vos, pois e vivei.” Em outros estudos provamos, com base nas Escrituras
Sagradas, a bem-aventurança futura dos santos. Eles estarão com Cristo e com Ele gozarão a
vida através do tempo eterno. Esta será a vida abundante oferecida por Cristo: “…Eu vim
para que tenham vida, e a tenham em abundância.” João 10:10. É vida em grande quantidade,
sem a morte pra interrompê-la! Na Sua segunda vinda, os filhos vencedores farão parte da
ressurreição da vida (João 5:29). A ressurreição da vida é denominada pela bíblia como
“primeira ressurreição” e os que dela participarem não sofrerão a segunda morte
(Apocalipse 20:6). Os ímpios e os filhos que não vencerem, no entanto, participarão da
segunda ressurreição, após o milênio, que é a ressurreição do juízo (ver João 5:29;
Apocalipse 20:11-15). Todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, sofrerá a
punição da segunda morte.
A doutrina do “inferno eterno” não é bíblica. Foi originada na mente do diabo para
denegrir o caráter e a justiça de Deus. Tal ensino de um “tormento eterno” foi
aperfeiçoado por filósofos pagãos e seguido pela igreja na Idade Média para amedrontar os
fiéis. Com o tempo, tal doutrina entrou nas igrejas cristãs sutilmente, devido à
influência desses filósofos e de uma errada interpretação de alguns versos bíblicos que
não foram analisados à luz do contexto.
“Quem tem ouvidos para ouvir, OUÇA..”
Notas e referências
1. Para um exame de pesquisa recente sobre a natureza do inferno, ver Samuele Bacchiocchi.
Immortality or Resurrection? A Biblical Study on Human Nature and Destiny (Berrien
Springs, Mich.: Biblical Perspectives, 1997), págs. 193-248.
2. Ver William V. Crocket, “The Metaphorical View”, em William Crockett, ed., Four Views
of Hell (Grand Rapids, Mich.: Zondervan, 1992), págs. 43-81.
3. Billy Graham, “There is a Real Hell”, Decision 25 (Julho-Agosto 1984), pág. 2. Noutro
lugar Graham pergunta: “Poderia ser que o fogo do qual Jesus falou é uma eterna busca de
Deus que nunca é satisfeita? Isso, com efeito seria inferno. Estar separado de Deus para
sempre, separado de sua Presença”. Ver The Challenge: Sermons From Madison Square Garden
(Garden City, N.Y.; Doubleday, 1969), pág. 75.
4. Crockett, pág. 61.
5. Basil F. C. Atkinson, Life and Immortality: Examination of the Nature and Meaning of
Life and Death as They are Revealed in The Scriptures (Taunton, England: E. Goodman,
n.d.), págs. 85, 86.
6. Idem.
7. John Stott e David L. Edwards, Essentials: A Liberal-Evangelical Dialogue (London:
Hodder and Stoughton, 1988), pág. 316.
8. M. McNamara, The New Testament and the Palestinian Targum to the Pentateuch (New York:
Pontifical Biblical Institute, 1978), pág. 123.
9. Stott e Edwards, Essentials, págs. 318, 319.
Os ímpios que morreram já estão no inferno?
Postado em 24/03/2014
1
O castigo é no dia do Juízo ou agora mesmo, para os que morrerem sem Cristo?
Pedro não poupou clareza em se tratando de negar completamente a imortalidade da alma. Em 2 Pedro 2:9 lemos que: “O Senhor sabe entregar o devoto fora das tentações, e reservar os injustos para o dia do juízo para ser punido” (cf. 2Pe.2:9).
Os ímpios não estão já sendo punidos, eles estão “reservados” para o dia do juízo em que, aí sim, serão punidos. Se eles estão reservados para o dia em que serão punidos é porque não estão sendo punidos ainda. Se eles já estivessem queimando em algum lugar, já estariam sendo punidos. À luz deste texto bíblico tão ferrenhamente contra a punição atual dos ímpios, algumas traduções como a Almeida Atualizada tomaram a liberdade de traduzi-lo da seguinte maneira:
“Também sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar para o dia do juízo os injustos, que já estão sendo castigados” (2 Pedro 2:9)
Contudo, esta tradução não corresponde com o original grego, mas sim com as pretensões dos
defensores da imortalidade da alma em salvarem sua doutrina antibíblica de que os ímpios já estão sendo castigados agora.
O original grego traz: “krisewV kolazomenouV threin” – reservados para condenação – e as palavras gregas “hmeran krisewV” empregadas no verso mostram quando é que se dará essa
punição: “hmneran krisewV” – dia do juízo [julgamento, condenação]. É impossível que algum
tradutor bíblico tenha falhado na tradução deste verso de forma não-intencional ou acidental, sendo que ele é de tão fácil tradução e assim é feito pelas melhores versões do mundo, como a versão inglesa King James, conhecida mundialmente pela sua tradução fiel aos originais da Bíblia, traduzindo este verso da seguinte maneira:
“The Lord knoweth how to deliver the godly out of temptations, and to reserve the unjust unto the day of judgment to be punished”
“O Senhor sabe como livrar os piedosos da tentação, e reservar os injustos para o dia do
julgamento, para serem punidos”
Essa tradução correta também é a mesma tradução das melhores versões do mundo, como a
tradução de Reina Valera (Espanha), que assim traduz:
“Sabe el Señor librar de tentación á los píos, y reservar á los injustos para ser atormentados en el día del juicio”
“O Senhor sabe livrar da tentação os justos, e reservar os injustos para serem atormentados no dia do juízo”
Mais traduções que trazem que os injustos só serão punidos no dia do juízo, além do próprio texto original no grego de acordo com a Concordância de Strong, é a Young’s Literal Translation, a Luther (1912), a Giovanni Diodati Bible (1649), a Louis Segond (1910), entre outras. Por incrível que pareça, nesse quesito até mesmo as traduções católicas superaram as protestantes em língua portuguesa, pois tanto a Ave Maria como a CNBB traduziram por “reservar os ímpios para serem castigados no dia do juízo” e por “reserva os ímpios para o castigo no dia do julgamento”. Uma das versões protestantes da Bíblia em português que se salva é a Almeida Corrigida e Revisada Fiel, que verteu por “reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados”, corrigindo o equívoco das traduções anteriores.
A clareza da linguagem é indiscutível: os ímpios não estão sendo punidos ainda, mas estão
reservados para o dia do juízo, quando aí sim serão punidos. Para o apóstolo Pedro, os ímpios não estavam sendo castigados no presente momento, mas o momento em que serão castigados era no dia do juízo. A lógica é indiscutível:
(1) Os ímpios estão “reservados” para serem castigados “no dia do juízo” (cf. 2Pe.2:9).
(2) Este juízo é um um acontecimento futuro na volta de Cristo (cf. 2Tm.4:1; At.7:31;
1Pe.4:5).
(3) Logo, os ímpios não estão sendo castigados atualmente.
Essa lógica de Pedro é como um golpe de morte na visão tradicional e comum que se tem do inferno, onde todos os não-salvos já estariam entre as chamas de um fogo devorador neste
exato momento, sofrendo pelos seus pecados ao passo que os justos já estariam na glória. Pedro neste verso especificamente não fala nada sobre a condição atual dos salvos, mas nos dá uma pista importantíssima que nos ajuda a refutar a tese da imortalidade da alma: que os ímpios não estão sendo castigados ainda.
Tal castigo é futuro, não é algo que já esteja em andamento. Os ímpios estão “reservados” (em suas sepulturas) para o dia do juízo (na segunda vinda de Cristo, quando ocorre a ressurreição) em que serão castigados. A doutrina pagã da imortalidade da alma tenta a todo custo reverter este raciocínio, tentando nos convencer que o castigo dos ímpios já é atual e que depois do juízo apenas haverá uma continuação deste tormento já existente. Nada que esteja mais longe da teologia de Pedro, onde vemos que a punição e o castigo é algo lançado no futuro, e que os ímpios estão “reservados” a sofrer, e não que já estejam sofrendo neste momento.
A punição dos ímpios é um acontecimento futuro – Em 2 Pedro 2:6 o apóstolo Pedro reafirma sua crença com relação ao destino final dos ímpios: “Também condenou as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinzas, tornando-as exemplo do que acontecerá aos ímpios” (cf.
2Pe.2:6). “Reduzindo-os a cinzas”! Que péssima figura de linguagem para alguém que terá uma vida eterna no inferno! Por meio deste texto percebemos que, além da redução às cinzas por parte dos ímpios (o que de modo algum se relaciona a uma “imortalidade”, como ensinam os dualistas), o apóstolo Pedro é claro em referir-se a punição dos ímpios como algo futuro. Novamente, a confirmação de que os ímpios não estão queimando ainda.
Se os ímpios já estivessem sendo castigados e sofrendo no presente momento, Pedro
escreveria que “está acontecendo aos ímpios”, e não “daquilo que acontecerá aos ímpios”.
O apóstolo deixa mais do que claro que o tempo dos ímpios serem castigados é no futuro, do
que “acontecerá” com os ímpios, e não daquilo que já está acontecendo com eles.
Não resta sombra de dúvida nenhuma que, na visão de Pedro, a punição/castigo e destruição
dos ímpios sempre foi considerado um acontecimento futuro, que lhes está reservado a
acontecer no dia do juízo, que corresponde a ressurreição dos mortos/segunda vinda de
Cristo (cf. 1Co.15:22,23). Isso se confirma nas palavras de Pedro na sua segunda epístola:
“Estes são fontes sem água, névoas levadas por uma tempestade, para os quais está
reservado o negrume das trevas” (2 Pedro 2:12-17)
Os pecadores estão “reservados” para o castigo final, intitulado “negrume das trevas”, para o dia do juízo, ou seja, não estão queimando ainda. Ele jamais faz menção a um “inferno de fogo em atividade”, pelo contrário, intitula os ímpios como “reservados para serem castigados no dia do Juízo” (cf. 2Pe.2:9), para o que “acontecerá aos ímpios” (2Pe.2:6), aos quais está “reservado o negrume das trevas” (cf. 2Pe.2:17). Nada disso condiz com um fogo eterno em andamento, mas com um acontecimento futuro que ainda não lhes sobreveio.
“Quem tem ouvidos para ouvir, OUÇA.”
Fonte:
BANZOLI, Lucas. “A Lenda da Imortalidade da Alma”.
INFERNO: Morte Eterna ou Tormento Eterno?
Postado em 24/03/2014
Mateus 25:46 – Haja visto que a destruição completa dos ímpios (a qual denominamos “aniquilamento”) é um fato, o nosso próximo passo é desvendarmos as passagens isoladas e descontextualizadas usadas por parte dos defensores da doutrina da imortalidade da alma para sustentar a doutrina do tormento eterno. A primeira e mais famosa delas, a mais usada e a primeira a ser devidamente explicada, trata-se da frase de Jesus Cristo em Mateus 25:46, que assim reza:
“E irão eles para o tormento eterno, mas os justos irão para a vida eterna”
No grego: “kai apeleusontai outoi eis kolasin aiônion oi de dikaioi eis zôên aiônion”
Os dualistas tem visto neste versículo uma suposta “prova” de que Jesus ensinava o
tormento eterno no inferno. Nada mais falso do que tal afirmação, pois o Messias aqui nada
fala de tormento, como faz uma versão adulterando a Bíblia[1], mas de punição, como aponta
o léxico da Concordância de Strong:
Significado de kolasin:
2851 κολασις kolasis
de 2849; TDNT – 3:816,451; n f
1) correção, punição, penalidade.
Portanto, uma tradução mais plausível do verso seria “punição eterna” (como traduz a King
James – “everlasting punishment”), e não “tormento eterno”. Se Cristo quisesse passar a
ideia de tormento, como creem os imortalistas, teria feito uso da palavra grega basanos,
que significa exatamente “tortura, tormento, dores agudas”[2], de acordo com esse mesmo
léxico da Concordância de Strong. E se Mateus tivesse a intenção de passar tal ideia de um
tormento eterno sendo expresso aqui neste verso, ele teria essa opção pronta, a mão, que
poderia ter sido perfeitamente utilizada.
Porém, a “punição” que o texto se refere não está no sentido de tormento, que seria
basanos e não kolasin. Mas em qual outro sentido estaria? Ora, a pena de morte também é
uma punição. Quando alguém é condenado a pena de morte, isso de modo algum deixa de ser
uma punição a ele – se não é uma punição, o que mais seria? Uma recompensa? É evidente que
“punir” alguem não implica necessariamente em fazer que este alguém seja atormentado, pois
a morte também é tratada (tanto por Deus como pelos homens) como sendo uma punição, uma
penalidade, conhecida como “pena de morte”.
Sendo assim, o sentido do texto não seria de tormento eterno, mas de morte eterna. O texto
estaria contrastando aqueles que iriam para a morte eterna com aqueles que iriam para a
vida eterna, como a Bíblia faz frequentemente (cf. Dt.30:15; 19:2; 2Sm.15:21; Pv.12:28;
13:14; 14:27; 18:21; Jr.8:3; 21:8; 52:34; Jo.5:24; Rm.5:10,17,21; 6:4,10; 7:10; 8:6,38;
2Co.2:16; 4:11,12; Fp.1:20,; 1Jo.3:14; 5:16), e não contrastando vida eterna e tormento
eterno, que não possui apoio bíblico. Corrobora com isso o sentido do uso de kolasin na
época de Cristo. O Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento dá o seguinte
significado para kolasin:
“Kolasin = Castigo. Deriva-se de Kolos, ‘mutilar’, ‘cortar fora’; é usado figuradamente
para ‘impedir’, ‘restringir’, ‘punir’”
Como vemos, seu uso primário é de “mutilar” ou “cortar fora”, é neste sentido que ele é
usado como punição. O respeitado Dicionário de Grego Clássico, editado por Lidell e Scott
(que não são mortalistas) mostra o uso de kolasin nos mais diferentes escritos dos
primeiros séculos e concluiu que ele descreve “um método drástico de interromper o
crescimento da amendoeira”[3]. Como é perceptível, kolasin é uma punição não em um sentido
vago, mas especificamente uma figura de aniquilacionismo, exatamente como fazem com as
amendoeiras. A obra intitulada A Critical Lexicon and Concordance to the English and Greek
New Testament, de E. W. Bullinger, também dá este mesmo sentido a kolasin:
“Kolasin. Restringir, cortar curto, podar, manter dentro de limites, interromper, punir…
o castigo futuro pelo pecado é claramente definido como morte e destruição”
O The Classic Greek Dictionary (16ª Edição, 1962), do PhD George Ricker Berry, concorda
com tudo isso e dá o seguinte significado a kolazo:
“Podar, cercear… metaforicamente: castigar, corrigir, punir”
O Theological Dictionary of the New Testament (Volume III, 1965), de Gerhard Kittel, diz
que o verbo significa fundamentalmente: “mutilar, decepar”. O Young’s Analytical
Concordance, do Dr. Young, define kolasin como: “podar, restringir”[4]. A nota de rodapé
da versão The Emphatic Diaglott traz os seguintes significados para kolasin:
Kolasin, deriva-se de kolazo, que significa:
1) Decepar, como no truncamento de ramos de árvores, podar.
2) Restringir, reprimir.
3) Castigar, punir. Extirpar alguém da vida, ou da sociedade, ou mesmo restringir, é tido
como castigo.
Outro fato que corrobora com tudo isso que vimos sobre kolasin é que tal verbo deriva de
kolazo, que, de acordo com o léxico da Concordância de Strong, significa:
2849 κολαζω kolazo
de kolos (enfezar); TDNT – 3:814,451; v
1) podar ou debastar, como árvores e asas.
2) controlar, reprimir, restringir.
3) punir, castigar, corrigir.
4) fazer ser punido.
Novamente vemos que a punição está relacionada não a um tormento, mas a cortar fora,
decepar, mutilar, como se fazem com as árvores. O Léxico Grego do Novo Testamento NAS
define kolazo como sendo:
1) Cortar galhos ou podar, como árvores e asas.
2) Frear, verificar, coibir.
3) Castigar, punir, corrigir.
4) Fazer com que sejam punidos.
Mais uma vez, é acentuando que o significado primário de tal verbo é de cortar algo, e seu
sentido secundário deve estar relacionado ao seu sentido principal, e não a um que sequer
faça parte do significado primário ou secundário de tal palavra, como o “tormento” que
creem os imortalistas. Os Dicionário Vine do Antigo e Novo Testamento e o Thayer’s and
Smith’s Bible Dictionary também definem kolazo como cortar, e não como atormentar:
Dicionário Vine
2849 kolazo
1) Primariamente: aparar, podar, cortar curto.
Thayer’s and Smith’s Bible Dictionary
1) Cortar galhos, podar, como árvores, asas.
Vale ressaltar que todos estes léxicos famosos mostrados acima não foram escritos nem por adventistas nem por testemunhas de Jeová; ao contrário, foram elaborados por eruditos bíblicos de diferentes denominações evangélicas e tais léxicos são constantemente utilizados pelos próprios imortalistas. Portanto, não estamos fazendo uso de dicionários bíblicos tendenciosos ou manipulados propositalmente, mas de fontes cujos autores criam na imortalidade da alma mas em seus trabalhos mantiveram os significados reais de kolasin.
Como vemos, kolasin era usado na época de Cristo, nunca para indicar um tormento sem fim,
mas sim para acentuar o caráter bíblico do aniquilamento dos ímpios [morte eterna; segunda
morte] que serão “mutilados”, “cortados fora” ou “despedaçados”, assim como as árvores que
tinham seus galhos cortados. Essa analogia é feita para ressaltar o aspecto irreversível
da destruição completa dos pecadores, mas nunca de um processo de tormento infindável.
Jesus estava acentuando o contraste entre a vida eterna dos justos e a morte eterna dos
ímpios, que serão mutilados e despedaçados (figuras de aniquilacionismo), cortados fora do
Seu Reino.
O contraste, portanto, era entre vida eterna e morte eterna, entre existência eterna e
inexistência eterna, e não entre vida eterna no Céu ou no inferno. Nenhum significado
primário ou secundário de kolasin designa tormento, mas a etimologia da palavra nos
demonstra que ela era usada nos tempos de Cristo não como um tormento sem fim, mas no
sentido de pena capital, isto é, o despedaçamento, a morte. Corrobora com isso toda a
hermenêutca bíblica, pois em toda a Escritura é precisamente esse o ensinamento expresso
tanto no Antigo como no Novo Testamento:
CONTRASTE ENTRE VIDA ETERNA E MORTE ETERNA NA BÍBLIA
“Quem obedece aos mandamentos preserva a sua vida, mas quem despreza os seus caminhos
morrerá” (cf. Provérbios 19:16)
“Quem permanece na justiça viverá, mas quem sai em busca do mal corre para a morte” (cf.
Provérbios 11:19)
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho único, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (cf. João 3:16)
“Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as
obras do corpo, vivereis” (cf. Romanos 8:13)
“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em
Cristo Jesus, nosso Senhor” (cf. Romanos 6:23)
“Que fruto vocês colheram então das coisas as quais agora vocês se envergonham? O fim
delas é a morte! Mas agora que vocês foram libertados do pecado e se tornaram escravos de
Deus, o fruto que colhem leva à santidade, e o seu fim é a vida eterna” (cf. Romanos
6:21,22)
“Pois para Deus somos o bom cheiro de Cristo nos que são salvos e nos que perecem. Para
estes somos cheiro de morte; para aqueles, fragrância de vida” (cf. 2ª Coríntios 2:15,16)
“Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o
Espírito, do Espírito colherá vida eterna” (cf. Gálatas 6:8)
Mateus 25:46 não foge à regra para falar de “tormento”, pois, como vimos, tormento nem
sequer é uma tradução secundária plausível para a palavra. Mateus 25:46 fala da punição
eterna no sentido de morte eterna. Talvez o texto mais claro sobre isso seja o de 2ª
Tessalonicenses 1:9, em que Paulo diz:
“Eles sofrerão a pena da destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da
majestade do seu poder” (cf. 2ª Tessalonicenses 1:9)
A palavra aqui traduzida por “destruição” como sendo a sorte final dos ímpios é olethros,
que, de acordo com o léxico da Concordância de Strong, significa:
3639 ολεθρος olethros
de uma palavra primária ollumi (destruir, forma prolongada); TDNT – 5:168,681; n m
1) ruína, destruição, morte.
1a) para a destruição da carne, dito de males externos e problemas pelos quais as
concupiscências da carne são subjugadas e destruídas.
Se Paulo quisesse dar a entender que aqui o sentido era apenas de “perdição”, como vertem
algumas traduções, teria à sua disposição a palavra grega pipto, que significa “estar
perdido”[5], ou até mesmo apollumi que é a palavra geralmente utilizada quando a
referência é perder-se:
“Qual de vocês que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma, não deixa as noventa e nove no
campo e vai atrás da ovelha perdida [apollumi], até encontrá-la? E quando a encontra,
coloca-a alegremente sobre os ombros e vai para casa. Ao chegar, reúne seus amigos e
vizinhos e diz: ‘Alegrem-se comigo, pois encontrei minha ovelha perdida [apollumi]’” (cf.
Lucas 15:4-6)
“Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido [apollumi] e foi achado”
(cf. Lucas 15:24)
“Mas nós tínhamos que comemorar e alegrar-nos, porque este seu irmão estava morto e voltou
à vida, estava perdido [apollumi] e foi achado” (cf. Lucas 15:32)
“Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido [apollumi]” (cf. Lucas
19:10)
Paulo, porém, ao invés de lançar mão da palavra grega que significa “perdido”, faz questão
de utilizar olethros, que significa destruição, sendo assim traduzida inclusive pela King
James (“everlasting destruction”) e pela Young’s Literal Translation (“destruction age-
during”). O apóstolo, portanto, diz que os ímpios padecerão de destruição eterna. Não se
pode conceber um processo de destruição incompleto que não termina nunca, em um processo
eterno e inconclusivo. É evidente que ele se refere a uma destruição com resultados
permanentes. Paulo não estava contradizendo Cristo ao dizer que os ímpios padecerão de
eterna destruição e não de tormento eterno, porque Jesus nunca falou sobre um tormento
eterno em Mateus 25:46, mas sobre morte, assim como Paulo. O eterno-aionios em nada muda
este fato, pois, como observa Bacchiocchi:
“É evidente que a destruição dos ímpios não pode ser eterna em sua duração, porque é
difícil imaginar um processo eterno e inconclusivo de destruição. A destruição pressupõe
aniquilamento. A destruição dos ímpios é eterna-aionios, não porque o processo de
destruição continua para sempre, mas porque os resultados são permanentes. De igual modo
[assim como nesse texto de 2ª Tessalonicenses 1:9], a ‘eterna destruição’ de Mateus 25:46
é eterna porque seus resultados são permanentes. É um castigo que resulta em sua eterna
destruição ou aniquilamento”[6]
Em Hebreus 6:2, o autor fala de um “juízo eterno-aionios”. Isso evidentemente não
significa que o julgamento é um processo que tem início mas não tem fim, mas sim que este
juízo é de resultados irreversíveis. Da mesma maneira, a “punição” eterna que os ímpios
sofrerão é uma punição de resultados permanentes. Cristo está estabelecendo a antítese do
destino final de salvos e perdidos, o que evidentemente é um destino eterno
(irreversível), definitivo para ambos os grupos. A palavra “eterno-aion” está relacionada
para ambos os grupos, mas não está igualada em seu sentido pleno e absoluto. Ambos são
“eternos”, mas com aplicações diferentes.
Para os salvos, a eternidade é no próprio processo; para os perdidos, a eternidade é nos
efeitos/consequências da condenação. Quando a Bíblia fala de morte eterna, juízo eterno ou
destruição eterna, ela não está falando de um juízo que tem início e não tem fim, de um
processo de morte infindável ou de uma destruição inconclusiva que não termina nunca, mas
de resultados eternos. O juízo é eterno por ser irrevogável. A morte é eterna porque
alguém que morre na segunda morte nunca mais voltará à vida. A destruição é eterna porque
seus efeitos são permanentes. Como bem observa o respeitado erudito Basil Atkinson:
“Quando o adjetivo aionios com o sentido de ‘eterno’ é empregado no grego com substantivos
de ação faz referência ao resultado da ação, não ao processo. Assim, a frase ‘castigo
eterno’ é comparável a ‘eterna redenção’ e ‘salvação eterna’, ambas sentenças bíblicas.
Os perdidos não estarão passando por um processo de punição para sempre, mas serão
punidos uma vez por todas com resultados eternos. Por outro lado, o substantivo ‘vida’ não
é um substantivo de ação, mas um que expressa uma condição. Assim, a própria vida é
eterna”[7]
Diante de tudo isso que vimos, devemos finalmente perguntar: qual é o sentido da “punição”
que Cristo se refere em Mateus 25:46 em contraste com a vida eterna? A de tormento eterno,
que não tem base nem nos significados do original grego e em léxico nenhum, nem em nenhum
outro lugar da Bíblia, ou a de uma morte eterna, que é corroborada pelos sentidos
expressos por todos os léxicos do grego, pelo significado etimológico da palavra e por
toda a Sagrada Escritura que apresenta em todo momento o contraste entre vida e morte como
destinos finais? A resposta a essa pergunta pode ser uma incógnita para os fanáticos que
já estão tão presos na tese de um tormento eterno baseado nessa passagem que não tem a
mente aberta para a verdade, mas é fácil para qualquer estudioso bíblico sincero.
Extraído de livro: “A Lenda da Imortalidade da Alma”, de Lucas Banzoli.
INFERNO: O que é o Lago de Fogo?
Postado em 24/03/2014
3
Muita confusão tem sido feita em torno do “lago de fogo”, mencionado em Apocalipse como sendo onde os ímpios terão a “segunda morte” (cf. Ap.20:14). O lago de fogo não é um lugar onde as almas passam a eternidade queimando, o lago de fogo é a linguagem expressa por João para a morte final dos pecadores, a morte definitiva e irreversível (cf. Ap.20:14).
Como diz Bacchiocchi:
“Para os salvos, a ressurreição marca o galardão de outra vida mais elevada, mas para os perdidos marca a retribuição de uma segunda morte que é final. Como não há mais morte para os remidos (Apocalipse 21:4), assim não há mais vida para os perdidos (Apocalipse 21:8). A ‘segunda morte’, então, é a morte final e irreversível. Interpretar a frase de outro modo, como um tormento eterno e consciente ou separação de Deus, nega o significado bíblico da morte como uma cessação de vida”[1]
O lago de fogo é a segunda morte, é a morte física e espiritual, a morte final e irreversível. O lago de fogo é a morte da própria morte!
“Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte” (cf. Apocalipse 20:14)
Será a morte da morte!
O lago de fogo não é um lugar onde pessoas não-salvas passam a eternidade entre as chamas, mas é a morte da morte, é figurativamente a linguagem do completo fim a tudo: incluindo o Hades (sepultura) e a própria morte. Ignorar isso para seguir a crença popular de que o lago de fogo é um lugar que queima almas eternamente é desprezar o poder da morte sobre a morte. Em outras palavras, se a morte e a sepultura são tragadas pela “segunda morte” (lago de fogo), essa segunda morte tem que ser a morte final e definitiva, e não um prosseguimento eterno de existência. João trabalhava com figuras de linguagem no Apocalipse, e dentro dessa simbologia ele próprio nos dá alguns significados que nos auxiliam na compreensão textual do livro, e dentre eles destaca que o lago de fogo não é um lugar, mas é a segunda morte, é onde a própria morte será lançada.
A morte, em si, não é um lugar, mas uma condição de quem está morto, sem vida. Se o lago de fogo é a segunda morte, ele também não pode ser um lugar, mas deve ser uma condição, assim como a primeira morte. Assim como a primeira morte foi personificada por João no Apocalipse, como o “cavaleiro chamado morte” (cf. Ap.6:8), o que obviamente não significa que a morte seja literalmente um homem montado em um cavalo, da mesma forma a segunda morte foi personificada na imagem do “lago de fogo”, o que também obviamente não implica que o lago de fogo seja literalmente um lugar físico que existirá na terra.
Além disso, o fato de a morte ser lançada no lago de fogo prova que de fato este lago de fogo não é um lugar físico ou real, pois a morte em si mesma não é um lugar, mas apenas uma condição de quem está morto, e não há sentido em uma condição ser lançada em um lugar real. É evidente que, se a primeira morte é uma condição e não um lugar físico real, a segunda morte também é uma condição e não um lugar real, para dar sentido ao texto. Se, portanto, o lago de fogo não é um local físico e real, mas uma alegoria que o próprio João explica o significado e diz se tratar da segunda morte, é claro que os ímpios não passarão a eternidade nele, como pensam os imortalistas.
Ademais, seria um absurdo acreditar que o Hades é o “inferno”, como vertem algumas traduções[2] (já vimos ao longo de todo este livro que se trata apenas de uma figura da sepultura), pois se o Hades fosse o inferno e o lago de fogo também, teríamos um inferno sendo lançado dentro de outro inferno, um lago de fogo literal e físico sendo lançado dentro de outro lago de fogo literal e físico! Isso é um completo absurdo, o texto só faz sentido se de fato o Hades não é um lugar físico, mas uma figura simbólica da sepultura, e junto com a morte (que também não é um local físico) estar sendo lançada no lago de fogo (que também não é um lugar físico, mas a segunda morte).
Desta forma, tudo estaria sendo perfeitamente representado aqui. A “morte da morte” é na verdade é demonstração de que a primeira morte não era irreversível e definitiva, por causa da ressurreição futura para justos e ímpios. A segunda morte, por sua vez, é final e conclusiva, pois não há mais volta nem ressurreição para quem morre outra vez. É um fim completo, absoluto, irrevogável, sem volta, é para sempre. Isso explica perfeitamente a linguagem de “a morte ser lançada no lago de fogo que é a segunda morte”, isto é, da “morte da morte”, pois não há mais vida ou existência para quem é lançado no lago de fogo, mas apenas uma final, definitiva e irreversível morte.
Crer que o lago de fogo é um lugar para onde vão os não-salvos passar a eternidade é negar o fato de o lago de fogo ser a segunda morte (se a primeira morte não é um lugar, por que a segunda morte seria um lugar?), é negar o fato de ser a “morte da morte” (i.e, uma morte final e irreversível, e não um tormento eterno com permanência de vida para sempre) e é inferir também que nunca haverá uma morte final, a “morte da morte”, um fim absoluto de existência para aqueles que sofrem o dano da segunda morte, pois para sempre existiriam ímpios e demônios queimando conscientemente em vida neste lugar.
Isso sem mencionar o absurdo de se crer em um inferno literal sendo lançado dentro de um lago de fogo igualmente real e literal, o que só faz sentido na imaginação fértil de alguns imortalistas, que são obrigados a chegarem a essa conclusão por causa de seus conceitos completamente errôneos sobre o significado do Hades e do lago de fogo.
Extraído de livro: “A Lenda da Imortalidade da Alma”, de Lucas Banzoli.
INFERNO: Ardente Fogo FINITO!
Postado em 11/11/2014
3
“No dia em que te manifestares farás deles uma fornalha ardente. Na sua ira o Senhor os devorará, um fogo os consumirá” (Sl.21:9)
Quero iniciar afirmando, para deixar BEM CLARO pra você, caro leitor, que eu creio que o inferno exista! Negar a realidade do inferno nunca foi prerrogativa dos artigos sobre este estudo. Grande parte dos aniquilacionistas é acusada de querer amenizar a consequência do pecado ou relativizar a existência de um sofrimento pós-morte. Não é nosso caso. O inferno existe. O que de fato levamos os leitores a pensar não é a existência do inferno, pois estou convencida de que ele é real. Existe sim um lugar de sofrimento e ranger de dentes, e este lugar é o inferno. O que foi mostrado é a natureza deste inferno, sua composição, e principalmente a sua duração! Acredito que o inferno tenha um “prazo de validade” e pode descansar NESSA VERDADE, caro leitor.
O inferno é uma doutrina bíblica. Mas que espécie de inferno? Um lugar onde os pecadores impenitentes queimam para sempre e conscientemente sofrem dor num fogo eterno que nunca termina? Ou um julgamento penal pelo qual Deus aniquila pecadores e pecado para sempre?
Se na primeira morte deixamos de viver, na segunda, DEIXAMOS DE EXISTIR!
“aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”, que é “a segunda morte (Ap 20.14)”. Se na primeira morte deixamos de viver, na segunda, deixamos de existir.[10]
Paulo em Atos 18.28 diz: “pois nele (Deus) vivemos, e nos movemos, e existimos…”. Paulo está dizendo que Deus é o lugar de nossa existência. Fora Dele nada existe. Quando olhamos a história da humanidade o que observamos é a luta do homem pela independência. É só lembrar que a ambição de Adão e Eva era de ser ‘como deuses’, numa linguagem bem popular ‘donos de seu próprio nariz’. Então, se Deus é o lugar de existência, quando nos distanciamos Dele deveríamos deixar de existir. Se existimos, estamos em Deus, pois como sabemos o ser humano não tem condição de se sustentar sozinho. Aí entra a questão. Se quisermos ficar longe de Deus, estamos pedindo pra deixar de existir. Acredito que a misericórdia de Deus até aí age. Visto que dá a sua criatura aquilo que ela pede: A inexistência. A tristeza de Deus é que Ele nos criou para termos vida em abundancia e desfrutarmos dela com Ele.
Caro leitor, as almas não-salvas deixarão de existir em algum momento após a morte. Serão excluídas da presença e da comunhão de Deus, visto que o rejeitaram em seus corações. Como falei, uma vida sem Deus e sem a sua graça é uma não vida, ou seja, uma não existência.
Sofrimento eterno à pecados cometidos no tempo, seria – ao meu ver – dar demasiada onipotência ao mal, em outras palavras, seria o mesmo que dizer que a QUEDA teve um impacto maior na humanidade do que a REDENÇÃO propiciada por Cristo [Leia Romanos 5.15-21].
John Stott disse o seguinte: “Eu acho o conceito de tormento consciente eterno emocionalmente intolerável e não compreendo como as pessoas conseguem conviver com isso sem cauterizar seus sentimentos ou esfacelá-los com a tensão. Mas as nossas emoções são um guia instável, não confiável para nos conduzir à verdade e não devem ser exaltadas ao lugar de suprema autoridade em determiná-la. Então minha pergunta deve ser — e é — não o que me diz o meu coração, mas, o que diz a Palavra de Deus? “
Não basta achar que o ensino de um Inferno Eterno não faz sentido. Tem que existir base bíblica para tal. E acreditem: elas existem. Existe sim base bíblica para crer no aniquilacionismo (veja estudo sobre o assunto clicando aqui).
Segundo o teólogo e pastor Gregory A. Boyd, “Aniquilacionismo é a doutrina que afirma que tudo o que não puder ser redimido por Deus será exterminado.” Os aniquilacionistas, e eu me incluo aqui, acreditam que as pessoas que não serão salvas serão exterminadas, deixando de existir conscientemente. Não existirá um inferno eterno, nem danação eterna, nem sofrimento eterno. Ou existiremos conscientemente no Reino de Deus, ou seremos aniquilados, extintos, exterminados.
Não estou aqui defendendo com “unhas e dentes” esse pensamento, procuro apenas afirmar o que acredita meu coração com base na Palavra. Digo isso, por que a Bíblia não nos diz muita coisa a respeito do inferno, a não ser fazendo uso de linguagem metafórica ou alegórica. Assim, deixo essa questão pra você meditar, porque nunca estive e nem quero estar no inferno só pra confirmar este ensino.
Mas não é de admirar que o inferno ‘sem fim’ seja tão defendido pela cristandade. Praticamente toda teologia foi construída em cima dele. É o medo do inferno que levam muitos a Cristo.
Haverá um momento que o sofrimento humano acabará. Tanto para o Trigo quanto para o Joio. O trigo será reunido e levado para junto do seu Messias para ficar junto dele eternamente. O joio, como palha, se extinguirá, será exterminado. O mal será extinto da face da Terra e onde ele habitar. Afinal, escatologia é isso, fim de algumas coisas e o começo de muitas outras.
Tradicionalmente, através dos séculos, as igrejas têm ensinado e pregadores têm proclamado o inferno como tormento eterno. Mas em tempos recentes, raramente ouvimos os sermões de “fogo e enxofre”, mesmo de pregadores fundamentalistas, que podem ainda estar comprometidos com tal crença. Sua hesitação em pregar sobre tormento eterno provavelmente não é devida a uma falta de integridade em proclamar uma verdade impopular, mas a sua aversão de pregar uma doutrina na qual dificilmente creem.
Muitos estudiosos examinam e reexaminam o ensino bíblico quanto ao inferno e o castigo final[1]. A questão fundamental é: O fogo do inferno tormenta os perdidos eternamente ou os consome permanentemente? As respostas a esta questão variam. Duas interpretações recentes visando tornar o inferno mais humano merecem uma breve menção.
Opiniões alternativas da cristandade sobre o inferno
Opinião metafórica do inferno. A interpretação metafórica mantém que o inferno é tormento eterno, mas o sofrimento é mais mental do que físico. O fogo não é literal, mas figurativo, e a dor é causada mais por um senso de separação de Deus, do que tormentos físicos[2].
Billy Graham expressa esta opinião metafórica quando afirma: “Tenho-me perguntado muitas vezes se o inferno não é um fogo queimando dentro de nossos corações por Deus, para comunhão com Deus, um fogo que nunca podemos apagar”[3]. A interpretação de Graham é engenhosa. Infelizmente ela ignora o fato que a descrição bíblica do “queimar” refere não a um queimar dentro do coração, mas a um lugar onde os ímpios são consumidos.
William Crockett também favorece a opinião metafórica: “O inferno, então, não devia ser imaginado como um inferno vomitando fogo como a fornalha ardente de Nabucodonosor. O máximo que podemos dizer é que os rebeldes serão expulsos da presença de Deus, sem nenhuma esperança de restauração. Como Adão e Eva serão expulsos, mas desta vez para uma ‘noite eterna’, onde alegria e esperança estão para sempre perdidas”[4].
O problema com esta opinião do inferno é que ela quer substituir tormento físico por angústia mental. Alguns podem duvidar se angústia mental eterna é realmente mais humana do que tormento físico. Mesmo que fosse verdade, a diminuição do grau de dor num inferno não literal não muda substancialmente a natureza do inferno, pois ele ainda permanece um lugar de tormento sem fim. A solução se encontra não em humanizar ou sanear a opinião tradicional sobre o inferno de modo a torná-lo um lugar mais tolerável onde os ímpios passarão a eternidade, mas em compreender a natureza verdadeira do castigo final o qual, como veremos, é aniquilamento permanente e não tormento eterno.
A opinião universalista do inferno. Uma revisão mais radical do inferno tem sido tentada por universalistas que reduzem o inferno a uma condição temporária de castigos graduados que no fim levam ao céu. Os universalistas creem que Deus afinal terá êxito em levar a todo ser humano à salvação e à vida eterna de modo que ninguém será condenado no julgamento final ao tormento eterno ou ao aniquilamento[5].
Ninguém negará o apelo que o universalismo tem para a consciência cristã, porque toda pessoa que sentiu o amor de Deus almeja vê-lo salvar a todos. Todavia, nossa apreciação pelo interesse do universalista de defender o triunfo do amor de Deus e para refutar a opinião não bíblica do sofrimento eterno não nos devia cegar ao fato que esta doutrina é uma distorção séria do ensino bíblico. Salvação universal não pode ser correta somente porque sofrimento eterno é errado. O alvo universal do propósito salvífico de Deus não deve ser confundido com o fato que aqueles que rejeitam Sua dádiva de salvação hão de perecer.
Embora as opiniões metafórica e universalista representem tentativas bem intencionadas para abrandar o conceito do sofrimento eterno, deixam de reconhecer os dados bíblicos e consequentemente representam mal a doutrina bíblica da punição final dos que não se salvam. A solução razoável dos problemas das opiniões tradicionais se encontra, não diminuindo ou eliminando o grau de dor de um inferno literal, mas em aceitar o inferno tal como ele é: o castigo final e o aniquilamento dos ímpios. Como a Bíblia diz: “O ímpio não existirá” (Salmo 37:10) porque seu “fim é a perdição” (Filipenses 3:19).
O conceito do inferno como aniquilamento:
A crença no aniquilamento dos perdidos é baseada em quatro considerações bíblicas: (1) a morte como castigo do pecado; (2) o vocabulário sobre a destruição dos ímpios; (3) as implicações morais do tormento eterno; e (4) as implicações cosmológicas do tormento eterno.
(1) A morte como punição do pecado.
O aniquilamento final dos pecadores impenitentes é indicado, em primeiro lugar, pelo princípio bíblico fundamental que o castigo final do pecado é a morte: “A alma que pecar morrerá” (Ezequiel 18:4, 20); “O salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). A punição do pecado compreende não somente a primeira morte, a qual todos experimentam como resultado do pecado de Adão, mas também o que a Bíblia chama a segunda morte (Apocalipse 20:14; 21:8), que é a morte final e irreversível a ser sofrida pelos pecadores impenitentes. Isso significa que o salário final do pecado não é o tormento eterno, mas morte permanente.
A Bíblia ensina que a morte é a cessação da vida. Não fosse pela segurança da ressurreição (I Coríntios 15:18), a morte que experimentamos seria a terminação de nossa existência. É a ressurreição que converte a morte de ser o fim da vida em ser um sono temporário. Mas não há ressurreição para a segunda morte, porque aqueles que a sofrem são consumidos no “lago de fogo” (Apocalipse 20:14). Este será o aniquilamento final.
(2) O vocabulário bíblico sobre a destruição dos ímpios.
A segunda razão compulsiva para crer no aniquilamento dos perdidos no julgamento final é o rico vocabulário de destruição usado na Bíblia para descrever o fim dos ímpios. Segundo Basil Atkinson, o Velho Testamento usa mais de 25 substantivos e verbos para descrever a destruição final dos ímpios[6].
Diversos salmos descrevem a destruição final dos ímpios com imagens dramáticas (Salmos 1:3-6; 2:9-12; 11:1-7; 34:8-22; 58:6-10; 69:22-28; 145:17, 20). No Salmo 37, por exemplo, lemos que os ímpios logo “murcharão como a verdura” (v. 2); eles “serão desarraigados… e não existirão” (vv. 9, 10); eles”perecerão… e em fumo se desfarão” (v. 20); os transgressores “serão a uma destruídos” (v. 38).
O Salmo 1 contrasta o caminho do justo com o dos ímpios. Dos últimos ele diz que “não subsistirão no juízo” (v.5); mas serão “como a moinha que o vento espalha” (v.4); “o caminho dos ímpios perecerá”(v.6). No Salmo 145, Davi afirma: “O Senhor guarda a todos que o amam; mas todos os ímpios serão destruídos” (v.20). Esta amostra de referências sobre a destruição final dos ímpios está em perfeita harmonia com o ensinamento do resto das Escrituras.
Os profetas frequentemente anunciam a destruição final dos ímpios em conjunção com o dia escatológico do Senhor. Isaías proclama que os “transgressores e os pecadores serão juntamente destruidos, e os que deixarem o Senhor serão consumidos” (Isaías 1:28). Descrições semelhantes se encontram em Sofonias 1:15, 17, 18 e Oséias 13:3.
A última página do Velho Testamento provê um contraste impressionante entre o destino dos crentes e o dos incrédulos. Sobre aqueles que temem o Senhor, “nascerá o sol da justiça e salvação trará debaixo das suas asas” (Malaquias 4:1). Mas para os incréduls o dia do Senhor “os abrasará… de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo” (Malaquias 4:1).
O Novo Testamento segue de perto o Velho ao descrever o fim dos ímpios com palavras e imagens que denotam aniquilamento total. Jesus comparou a destruição total dos ímpios a coisas como o joio atado em molhos para serem queimados (Mateus 13:30, 40), o peixe ruim que é lançado fora (Mateus 13:48), as plantas daninhas que serão arrancadas (Mateus 15:13), a árvore sem fruto que será cortada (Lucas 13:7), os ramos ressequidos que são lançados no fogo (João 15:6), os lavradores infiéis que serão destruídos (Lucas 20:16), os antediluvianos que foram destruídos pelo dilúvio (Lucas 17:27), o povo de Sodoma e Gomorra que foi consumido pelo fogo (Lucas 17:29), e os servos rebeldes que foram mortos à volta de seu Senhor (Lucas 19:27).
Todas estas ilustrações descrevem de modo gráfico a destruição final dos ímpios. O contraste entre o destino dos salvos e o dos perdidos é um de vida versus destruição. Aqueles que apelam às referências de Cristo ao inferno ou fogo do inferno (gehenna, Mateus 5:22, 29, 30; 18:8, 9; 23:15, 33; Marcos 9:43, 44, 46, 47, 48) para apoiar sua crença num tormento eterno, deixam de reconhecer um ponto importante.
Como John Stott assinala: “O fogo mesmo é chamado ‘eterno’ e ‘inextinguível’, mas seria muito estranho se aquilo que nele fosse jogado se demonstrasse indestrutível. Esperaríamos o oposto: seria consumido para sempre, não atormentado para sempre. Segue-se que é o fumo (evidência de que o fogo efetuou seu trabalho) que ‘sobe para todo o sempre’ (Apocalipse 14:11; ver 10:3)”[7]. A referência de Cristo a gehenna não indica que o inferno seja um lugar de tormento infindo. O que é eterno ou inextinguível não é o castigo mas o fogo que, como no caso de Sodoma e Gomorra, causa a destruição completa e permanente dos ímpios, uma condição que dura para sempre.
A declaração de Cristo de que os ímpios “irão para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mateus 25:46) é geralmente considerada como prova do sofrimento eterno e consciente dos ímpios. Esta interpretação ignora a diferença entre punição eterna e o ato de punir eternamente. O termo grego aionios (“eterno”) literalmente significa “aquilo que dura um período”, e frequentemente refere à permanência do resultado e não à continuação de um processo. Os que se perdem não passarão eternamente por um processo de castigo mas serão punidos uma vez por todas com resultados eternos”.
Por exemplo, Judas 7 diz que Sodoma e Gomorra sofreram “a pena do fogo eterno”. É evidente que o fogo que destruiu as duas cidades é eterno, não por causa de sua duração mas por causa de seus resultados permanentes.
Outro exemplo se encontra em II Tessalonicenses 1:9, onde Paulo, falando daqueles que rejeitam o evangelho, diz: “Os quais, por castigo, padecerão eterna destruição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder”. É evidente que a destruição dos ímpios não pode ser eterna em sua duração, porque é difícil imaginar um processo de destruição eterno e inconclusivo.
Destruição pressupõe aniquilamento. A destruição dos ímpios é eterna, não porque o processo de destruição continua para sempre, mas porque os resultados são permanentes. A linguagem de destruição é inescapável no livro do Apocalipse. Lá ele representa a maneira de Deus vencer a oposição do mal a Si mesmo e a Seu povo. João descreve com ilustrações vívidas o lançamento do diabo, da besta, do falso profeta, da morte, de Hades e de todos os ímpios no lago de fogo que é a “segunda morte” (Apocalipse 21:8; cf. 20:14; 2:11; 20:6).
Para os salvos, a ressurreição marca o galardão de outra vida mais elevada, mas para os perdidos marca a retribuição de uma segunda morte que é final. Como não há mais morte para os remidos (Apocalipse 21:4), assim não há mais vida para os perdidos (Apocalipse 21:8). A “segunda morte”, então, é a morte final e irreversível. Interpretar a frase de outro modo, como um tormento eterno e consciente ou separação de Deus, nega o significado bíblico da morte como uma cessação de vida.
(3) As implicações morais do tormento eterno.
Uma terceira razão para crer no aniquilamento final dos perdidos e a implicação moral inaceitável da doutrina do tormento eterno. A noção de que Deus deliberadamente tortura pecadores através dos séculos sem fim da eternidade é totalmente incompatível com a revelação bíblica de Deus como amor infinito. Um Deus que inflige tortura infinda a Suas criaturas, não importa quão pecadoras foram, não pode ser o Pai de amor que Jesus Cristo nos revelou.
Tem Deus duas faces? É Ele infinitamente misericordioso de um lado e insaciavelmente cruel de outro? Pode Ele amar os pecadores de tal modo que enviou Seu Filho para salvá-los, e ao mesmo tempo odiar os pecadores impenitentes tanto que os submete a um tormento cruel sem fim? Podemos legitimamente louvar a Deus por Sua bondade, se Ele atormenta os pecadores através dos séculos da eternidade? A intuição moral que Deus plantou em nossa consciência não pode aceitar a crueldade de uma divindade que sujeita pecadores a tormento infindo. A justiça divina não poderia jamais exigir a penalidade infinita de dor eterna por causa de pecados finitos.
Além disso, tormento eterno e consciente é contrário ao conceito bíblico de justiça porque tal castigo criaria uma desproporção séria entre os pecados cometidos durante uma vida e o castigo resultante durando por toda a eternidade. Como John Stott pergunta: “Não haveria, então, uma desproporção séria entre pecados conscientemente cometidos no tempo e tormento conscientemente sofrido através da eternidade? Não minimizo a gravidade do pecado como rebelião contra Deus nosso Criador, mas questiono se tormento eterno consciente é compatível com a revelação bíblica da justiça divina”[9].
(4) As implicações cosmológicas do tormento eterno.
Uma razão final para crer no aniquilamento dos perdidos é que tormento eterno pressupõe um dualismo cósmico eterno. Céu e inferno, felicidade e dor, bem e mal continuariam a existir para sempre paralelamente. É impossível reconciliar esta opinião com a visão profética da nova terra na qual não mais “haverá morte, nem pranto, nem clamor, porque já as primeiras coisas são passadas” (Apocalipse 21:4).
Como poderiam pranto e dor serem esquecidos se a agonia e angústia dos perdidos fossem aspectos permanentes nesse novo começo? A presença de incontáveis milhões sofrendo para sempre tormento excruciante, mesmo se fosse bem longe do arraial dos santos, serviria apenas para destruir a paz e a felicidade do novo mundo. A nova criação resultaria defeituosa desde o primeiro dia, visto que os pecadores permaneceriam como uma realidade eterna no universo de Deus.
O propósito do plano da salvação é desarraigar DEFINITIVAMENTE a presença de pecado e pecadores deste mundo. Somente se os pecadores, Satanás e os diabos são afinal consumidos no lago de fogo e extintos na segunda morte que verdadeiramente poderemos dizer que a missão redentora de Cristo foi concluída. Tormento eterno lançaria uma sombra permanente sobre a nova criação. Nossa geração precisa desesperadamente aprender o temor de Deus, e esta é uma razão para pregar o juízo final e castigo.
Precisamos advertir as pessoas que aqueles que rejeitam os princípios de vida de Cristo e a provisão de salvação experimentarão afinal um julgamento terrível, com dor e ranger de dentes e “padecerão eterna perdição” (II Tessalonicenses 1:9). Precisamos proclamar as grandes alternativas entre vida eterna e destruição permanente. A recuperação do ponto de vista bíblico do juízo final pode soltar a língua dos pregadores, porque podem pregar esta doutrina vital sem receio de retratar a Deus como um monstro, o que diverge totalmente com a essência da mensagem que é amor e justiça perfeita.
“Quem tem ouvidos para ouvir, OUÇA!”
Siter Evangelho perdido