Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
INÁCIO DE ANTIOQUIA: O BALUARTE DAS HERESIAS
INÁCIO DE ANTIOQUIA: O BALUARTE DAS HERESIAS
Foi dito que Sha’ul profetizou que após a sua morte seriam levantados lobos cruéis que atrairiam os discípulos para si (Ma’assei Sh’lichim/Atos 20:29-30). Sha’ul (Paulo) morreu no ano de 66 D.C e o primeiro ancião (“bispo”) de Antioquia após a sua morte foi Inácio, em 98 D.C. Este bispo (o “Santo” Inácio dos católicos) cumpriu as profecias de Sha’ul (Paulo), uma vez que escreveu uma série de cartas introduzindo várias heresias no meio dos seguidores de Yeshua.
Hegesippus, historiador nazareno (180 D.C), escreveu o que ocorreu imediatamente após a morte de Shim’on (Simeão), que sucedeu Ya’akov HaTsadik (Tiago, o Justo) na liderança da comunidade dos nazarenos, e que morreu no ano de 98 D.C:
“… efetivamente, até aquelas datas a comunidade permanecia virgem, pura e incorrupta, como se até esse momento os que se propunham corromper a sã regra da pregação do Salvador, se é que existiam, ocultavam-se em escuras trevas.
Mas quando o coro sagrado dos apóstolos alcançou de diferentes maneiras o final da vida e desapareceu aquela geração dos que foram dignos de escutar com seus próprios ouvidos a divina Sabedoria, então teve início a confabulação do erro ímpio por meio do engano de mestres de falsa doutrina, os quais, não restando nenhum apóstolo, daí em diante já a descoberto, tentaram opor à pregação da verdade a pregação da falsamente chamada gnosis.” (Hegesippus, o Nazareno, citado por Eusébio de Cesareia, História Eclesiástica, Livro III, capítulo XXXII).
Fica claro o que ocorreu em termos históricos. Até o final da vida dos emissários (apóstolos), a comunidade dos discípulos de Yeshua era “pura e incorrupta”. Porém, após a morte dos emissários, surgiram os falsos mestres que semearam falsas doutrinas, tal como predito por Sha’ul (Paulo). Como mencionado, o líder dos netsarim (nazarenos) Shim’on faleceu no ano de 98 D.C, e é justamente neste ano que entra em cena Inácio de Antioquia para introduzir várias heresias. Em outras palavras, Hegesippus afirma claramente que a apostasia teve início no mesmo ano em que Inácio se torna o Bispo de Antioquia.
Antes de Inácio, todas as decisões relativas aos netsarim (nazarenos) eram adotadas por meio de concílios em Jerusalém (vide, por exemplo, At 14:27 a 15:31). Após assumir o cargo em Antioquia, Inácio usurpa a autoridade dos discípulos que viviam em Jerusalém e declara a si mesmo como autoridade final para decidir as questões da fé, dizendo também que os bispos de cada local teriam a mesma autoridade:
“… sujeitem-se a seus Bispos… e vocês estarão agindo de acordo com a vontade de Deus. Jesus foi enviado pela vontade do Pai; da mesma maneira, os bispos são enviados pela vontade de Jesus.” (Epístola aos Efésios 1: 9, 11).
“… obedeça a seu Bispo.” (Epístola aos Magnésios 1:7)
“Portanto, é vosso dever reverenciar os vossos superiores.” (Epístola aos Magnésios 3:3).
“Seu Bispo está presidindo no lugar de Deus… esteja em união com seu Bispo.” (Epístola aos Magnésios 2: 5, 7).
“ele… não deve fazer nada sem o Bispo…para não ficar impuro em sua consciência.” (Epístola aos Trálios 2:5)
“Não faça nada sem o Bispo.” (Epístola aos Filipenses 2:14)
“Todos vocês devem seguir seu Bispo, tal como Jesus Cristo seguiu o Pai.” (Esmirna 3:1)
Contrariando as Escrituras, Inácio de Antioquia criou um sistema religioso em que o Bispo é um ser superior e os fiéis lhe são subordinados. Disse Inácio que “o Bispo está no lugar de Deus”, ou seja, tornou-se o representante do ETERNO na terra, razão pela qual todos deveriam obedecê-lo cegamente, sem nenhum tipo de questionamento. Este modelo primou pela centralização de poderes em suas mãos e iria culminar, mais tarde, com a instituição oficial da Igreja Católica e o Papa como Chefe Supremo da Igreja, denominado Vicarius Filii Dei (“o Substituto do Filho de Deus”). Este pensamento também foi adotado pelo protestantismo, visto que o Pastor é considerado “ungido do Senhor”, pessoa superior aos membros da Igreja, devendo estes obedecer ao Pastor sem questionar suas ordens, ainda que sejam absurdas.
Quando se lê Ma’assei Sh’lichim (Atos dos Apóstolos), aprende-se que as decisões dos netsarim (nazarenos) eram tomadas democraticamente (At 1:21-26, 6:5-6, 15:25). Não havia um líder que impusesse unilateralmente sua vontade, mas sim líderes que decidiam em conjunto em Jerusalém, a santa Cidade do ETERNO. Por conseguinte, o modelo instituído por Inácio (concentração de poder na mão de um homem) é totalmente antibíblico.
Inácio terminou por usurpar a autoridade dos netsarim (nazarenos) e obteve o poder perante os gentios cristãos, estimulando que outros bispos gentios (supervisores) também o fizessem. Assim, a rebelião de Inácio estabeleceu uma divisão entre os netsarim (nazarenos) e os cristãos.
Atualmente, muitos pastores evangélicos, movidos por ganância e rebeldia, criam uma cisão em suas Igrejas e levam parte dos crentes para uma nova denominação por eles instituída. Foi exatamente isto que fez Inácio: promoveu uma rebelião e atraiu para si os gentios, determinando que se afastassem dos judeus – os descendentes imediatos dos “apóstolos” (emissários).
Explicou-se acima que os emissários (“apóstolos”) falaram expressamente dos falsos profetas, que seriam aqueles que ensinariam contra a Torá do ETERNO. Pois bem, Inácio foi um falso profeta, visto que prescreveu que a Torá (“Lei”) foi abolida:
“Mas se alguém pregar a Lei Judaica [a Torá] a vocês, não lhe deem ouvidos…” (Carta de Inácio aos Filipenses 2:6)
“Não sejam enganados por doutrinas estranhas; nem por fábulas antigas sem valor. Pois se continuarmos a viver conforme a Lei Judaica [a Torá], estamos confessando que não recebemos a graça…” (Carta de Inácio aos Magnésios 3:1)
Outra grande heresia foi engendrada por Inácio: a substituição do shabat (sábado) pelo domingo.
Consoante as Escrituras, o shabat (sábado) foi instituído desde a criação (Gn 2:1-3) e é o quarto dos Dez Mandamentos (Ex 20:8-11 e Dt 5:12-15), sendo escrito pelo dedo do ETERNO (Ex 31:18 e 32:16). O shabat é sinal da aliança entre o ETERNO e seu povo (Ex 31:15-17 e Ez 20:12), sendo certo que o gentio deve observar o shabat (Ex 20:8-11 e Is 56:3-7). Yeshua guardava o shabat como era de seu costume (Lc 4:14-16; Mc 6:1-2; Lc 6:6 e Lc 13:10). Do mesmo modo, os discípulos de Yeshua e os emissários (apóstolos) cumpriam o mandamento do shabat, mesmo após a morte de Yeshua (At 13:14, 43-44; 16:13; 17:2).
Afastando-se das Escrituras, Inácio substituiu o sábado pelo domingo:
“…não mais observem os sábados, mas observem o dia do Senhor [o domingo], no qual também a nossa vida floresce Nele, através da Sua morte…” (Carta de Inácio aos Magnésios 3:3).
“Portanto, não precisamos mais manter o sábado, como fazem os judeus…” (Carta de Inácio aos Magnésios 4:9).
“Aqueles que viviam na antiga ordem de coisas chegaram à nova esperança, e não observam mais o sábado, mas o dia do Senhor, em que a nossa vida se levantou por meio dele e da sua morte. Alguns negam isso, mas é por meio desse mistério que recebemos a fé e no qual perseveramos para ser discípulos de Jesus Cristo, nosso único Mestre.” (Carta aos Magnésios 9:1).
Vejam a jogada macabra de Inácio. Primeiramente, usurpa a autoridade dos netsarim (nazarenos), que eram os discípulos diretos dos emissários (“apóstolos”). Depois, afirma que os fiéis deveriam obedecer aos respectivos Bispos locais, sendo que ele próprio era o Bispo de Antioquia. Em seguida, decreta que a Torá (“Lei”) dada pelo ETERNO foi anulada; agora, os homens não deveriam mais obedecer à Lei do ETERNO, mas sim aos mandamentos do Bispo. Em sequência, Inácio aniquila o shabat e o substitui pelo domingo. O que mais faltava?
O golpe fatal de “Santo” Inácio foi a criação de uma nova religião, distinta do Judaísmo dos Netsarim (Nazarenos), que passara a se chamar “Cristianismo”. Surge, então, pela primeira vez a expressão “Cristianismo” para designar esta nova religião:
“Vamos, portanto, aprender a viver conforme as regras do Cristianismo, pois quem quer que seja chamado por qualquer outro nome além desse, esse não é de Deus…”.
“É absurdo nomear Jesus Cristo e judaizar. Pois a religião cristã não abraçou a judaica. Mas a judaica abraçou a cristã…” (Carta de Inácio aos Magnésios 3:8,11)
“Permanecei em Cristo e o estranho não obterá o domínio sobre vós. É absurdo professar Jesus Cristo com a língua e cultivar na mente o Judaísmo, que agora chegou ao fim. Onde está o Cristianismo não pode estar o Judaísmo…” (Carta de Inácio aos Magnésios 4:10)
Já se ressaltou que Yeshua não criou uma nova religião, mas tão somente ensinou o Judaísmo à luz das Escrituras. De modo totalmente contrário às lições do Mashiach (Messias), Inácio de Antioquia instituiu uma nova religião, o Cristianismo, e colocou de lado a fé original de Yeshua e seus primeiros talmidim (discípulos). Estava aberto o caminho para a fundação do Catolicismo Romano.
Eis as palavras de Inácio:
“Onde está Cristo Jesus, está a Igreja Católica.” (Epístola aos Esmirniotas 8:2).
“Roma preside a Igreja na caridade.” (Carta aos Romanos, Prólogo).
Resumem-se os principais ensinamentos antibíblicos de Inácio de Antioquia nos seguintes tópicos:
1) Concentração do poder nas mãos de um só homem, o que posteriormente veio a abalizar o poder do Papa. Hoje, o Cristianismo ainda permanece com esta ditadura eclesiástica, inclusive no meio evangélico, em que as ordens do Pastor devem ser obedecidas cegamente. Em muitos meios judaico-messiânicos, o rabino ou o rosh também estão estabelecendo “ditaduras” em suas sinagogas, já que as decisões não passam pelo voto democrático dos membros ou de um colegiado (Beit Din).
2) Decretação de que a Torá (“Lei”) do ETERNO foi abolida. É lastimável que a maioria dos cristãos acredite que a “Lei” acabou. Por outro lado, não menos lastimável é o fato de que muitos líderes judaico-messiânicos, influenciados pelas deturpações rabínicas, afirmam incorretamente que a Torá vigora apenas para os judeus, sendo facultativa aos gentios, que devem observar apenas as sete leis noéticas. Em verdade, o ETERNO não faz acepção de pessoas, donde se conclui que a Torá se aplica integralmente aos judeus e aos gentios (Ex 20:8-11; Ex 12:49; Nm 9:14, 15:15- 16; Lv 16:29, 24:22; Rm 11 e Ef 2). Devem os gentios começar a cumprir regras mínimas, tal como preconizado em Atos 15, porém, a cada shabat devem aprender mais mandamentos contidos na Torá (At 15:19-21).
3) Substituição ilegal do shabat (sábado) pelo domingo.
4) Criação de uma nova religião, o Cristianismo, no lugar do Judaísmo ensinado por Yeshua e vivenciado por seus discípulos.
Assim, já no final do primeiro século e início do segundo, Inácio de Antioquia cumpriu a profecia de Sha’ul (Paulo) acerca da apostasia que se instalaria. O Cristianismo, nova religião criada com alicerces antibíblicos, iria avançar e substituir o Judaísmo pregado por Yeshua e praticado por seus primeiros discípulos.
Muitos se enganam em pensar que Constantino foi o principal responsável pela corrupção e gentilização do Cristianismo. Apesar de Constantino ter certamente acrescentado e consolidado a apostasia do Cristianismo primitivo, ele não foi o primeiro. Foi na realidade Inácio de Antioquia que se rebelou contra o Concílio de Jerusalém, usurpou sua autoridade, segregou-se do Judaismo, declarou que a Torá havia sido abolida, substituiu o Shabat do sétimo dia pela adoração no domingo e fundou uma nova religião nãojudaica, a qual ele chamou de “Cristianismo.”
O ALERTA DE PAULO ACERCA DOS BISPOS Paulo disse aos efésios em sua última visita a eles: “Cuidai pois de suas almas e de todo o rebanho sobre o qual a Ruach HaKodesh vos constituiu supervisores, para apascentardes a Kehilá de Elohim, que Ele adquiriu com seu próprio sangue. Eu sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não terão pena do rebanho, e que dentre vós mesmos se levantarão homens, falando coisas perversas para desviar os talmidim, para que os sigam.” (Atos 20:28-30) Paulo parece indicar que após sua morte, líderes começariam a se levantar dentre os supervisores [bispos] em seu lugar, e levariam pessoas a os seguirem e a se afastarem da Torá. Na realidade, Paulo morreu em 66 DC e o primeiro supervisor (bispo) de Antioquia a tomar o cargo após a sua morte foi Inácio, em 98 DC. Inácio cumpriu com precisão as palavras de Paulo. Depois de tomar o cargo de bispo sobre Antioquia, Inácio enviou uma série de epístolas a outras congregações. Suas cartas aos efésios, magnésios, trálios, romanos, filadelfenos, e esmirneus, bem como sua carta pessoal a Policarpo, todas sobrevivem até hoje.
HEGÉSIPO RECONTA A APOSTASIA O historiador e comentador nazareno antigo Hegésipo (cerca de 180DC) escreve acerca do tempo imediatamente após a morte de Shimon (Simão), o qual havia sucedido a Ya’akov HaTsadik (Tiago, o Justo) como Nassi (“Presidente”) do Sanhedrin Nazareno, e que morreu em 98 DC: “Até aquele período (98 DC), a Assembléia havia permanecido como uma virgem pura e incorrompida: pois, se havia quaisquer pessoas dispostas a alterar a regra completa da proclamação da salvação, elas ainda vagavam em um lugar obscuro oculto ou outro. Mas, quando o bando sagrado de Emissários havia de várias formas findado suas vidas, e a geração dos homens havia sido confiado ouvir à Sabedoria inspirada com seus próprios ouvidos passou, então a confederação do erro da iniquidade tomou ascenção através da infidelidade dos falsos mestres que, vendo que nenhum dos emissários ainda sobrevivia, levantaram suas cabeças para se opor à proclamação da verdade, proclamando algo falsamente chamado de conhecimento.” (Hegésipo, o Nazareno; c. 98 DC; citado por Eusébio em Hist. Ecl. 3:32) Hegésipo indica que a apostasia começou no mesmo ano que Inácio se tornou bispo de Antioquia!
INÁCIO SEPARA-SE DO CONCÍLIO DE JERUSALÉM Até o tempo de Inácio, qualquer disputa que surgisse em Antioquia por fim era levada ao Concílio de Jerusalém (tal como em Atos 14:26-15:2). Inácio usurpou a autoridade do Concílio de Jerusalém, declarando a si mesmo, o bispo local, como sendo a autoridade final sobre a assembléia que o havia feito bispo, e semelhantemente declarando isto ser verdade acerca de todos os outros bispos e suas assembléias locais. Inácio escreve: “…sujeitando-se ao seu bispo… …andem juntos conforme a vontade de D-us. Jesus… é enviado pela vontade do Pai; Assim como os bispos… são [enviados] pela vontade de Jesus Cristo.”] (Carta de Inácio aos Ef. 1:9,11) “…seu bispo… penso que felizes são vocês que se unem a ele, assim como a igreja o é a Jesus Cristo e Jesus Cristo o é ao Pai… Vamos portanto cuidar para que não nos coloquemos contra o bispo, para que nos sujeitemos a D-us. Devemos olhar para o bispo tal como olharíamos para o próprio S-nhor.” (Carta de Inácio aos Ef. 2:1-4) “…obedeça ao seu bispo…” (Carta de Inácio aos Mag. 1:7) “Seu bispo está presidindo no lugar de D-us… …unam-se ao seu bispo…” (Carta de Inácio aos Mag. 2:5,7) “…aquele…que faz qualquer coisa sem o bispo… não é puro em sua consciência…” (Carta de Inácio aos Tral. 2:5) “…Não faça nada sem o bispo.” (Carta de Inácio aos Fil. 2:14) “Cuidem para que vocês sigam o seu bispo, Assim como Jesus Cristo ao Pai…” (Carta de Inácio aos Esm. 3:1)
Ao exaltar o poder do ofício do bispo (supervisor) e exigir a absoluta autoridade do bispo sobre a assembléia, Inácio estava na realidade fazendo uma jogada para obter o poder, tomando a autoridade absoluta sobre a assembléia de Antioquia e encorajando outros supervisores não-judeus a fazerem o mesmo.
INÁCIO DECLARA QUE A TORÁ FOI ABOLIDA Além disso, Inácio afastou os homens da Torá e declarou que a Torá havia sido abolida, não somente em Antioquia, mas em todas as assembléias de não-judeus para as quais escreveu: “Não sejam enganados por doutrinas estranhas; nem por fábulas antigas sem valor. Pois se continuarmos a viver conforme a Lei Judaica, estamos confessando que não recebemos a graça…” (Carta de Inácio aos Mag. 3:1) “Mas se alguém pregar a Lei Judaica a vocês, não lhe dêem ouvidos…” (Carta de Inácio aos Fil. 2:6)
INÁCIO SUBSTITUI O SHABAT PELA ADORAÇÃO DOMINICAL Foi Inácio quem primeiro substituiu o Shabat do sétimo dia pela adoração dominical, escrevendo: “…não mais observem os Shabatot, mas observem o dia do Senhor, no qual também a nossa vida floresce nEle, através da Sua morte…” (Carta de Inácio aos Mag. 3:3)
INÁCIO DÁ UM NOME À SUA NOVA RELIGIÃO Tendo usurpado a autoridade de Jerusalém, declarado a Torá abolida, e substituído o Shabat pelo domingo, Inácio criou uma nova religião. Inácio então cunha um novo termo, nunca antes utilizado, para essa nova religião que ele chama de “Cristianismo”, a qual ele mesmo deixa claro que é distinta do Judaismo. Ele escreve: “vamos portanto aprender a viver conforme as regras do Cristianismo, pois quem quer que seja chamado por qualquer outro nome além desse, esse não é de D-us… “É absurdo nomear Jesus Cristo e Judaizar. Pois a religião cristã não abraçou a judaica. Mas a judaica [abraçou] a cristã…” (Carta de Inácio aos Mag. 3:8,11)
CONCLUSÃO Ao final do primeiro século, Inácio de Antioquia havia cumprido o alerta de Paulo. Ele abandonou o Judaismo e fundou uma nova religião a qual chamou de “Cristianismo.” Uma religião que rejeitou a Torá, e substituiu o Shabat do sétimo dia pela adoração dominical.