Imortalidade e o fim dos ímpios
Objetivo da LIÇÃO
Provar que todo o homem é mortal, uma vez que Deus lhe advertiu de que morreria, se pecasse. No entanto, é possível se chegar à imortalidade, mediante Cristo. Quem recusar o Senhor, sofrerá o dano da primeira e da segunda morte e desaparecerá para sempre.
INTRODUÇÃO
É incrível como a mensagem enganadora de Lúcifer (“…Certamente não morrereis” – Gên. 3:4b) tenha aceitação até hoje e como se arraigou nas religiões. Junto com ela, se implantou idéias estranhas sobre a natureza do homem e sobre seu destino após a morte. Muitos tem por certo que, ao morrerem, vão direto para o Céu ou a um lugar intermediário, onde já em gozo, só esperam o dia final. Não resta dúvidas que o paganismo garantiu também seu lugar nas religiões “cristãs”. Platão (427-347 a.C), um filósofo grego discípulo de Sócrates (469-399 a.C), nasceu em Atenas; viveu na era de ouro da cultura grega e foi responsável pela formulação da teoria da imortalidade da alma. Exerceu influência em pensadores ocidentais. Seu aluno, Aristóteles (384-322 a.C.) foi mestre de Alexandre, o grande, e instrumento para semear a filosofia pagã ao mundo. Os escritos de Platão eram utilizados nas escolas gregas e romanas. Agostinho (354-430 d.C.) definiu a natureza do homem na teologia papal e os teólogos protestantes a abraçaram, deixando de lado as Escrituras.
QUESTIONÁRIO
1. Que contraste temos entre a mensagem de Lúcifer e a de Cristo?
Lúcifer pregou a imortalidade, mas Jesus disse que o homem era mortal, ao afirmar que por exercer fé nEle, o homem alcança a vida eterna (João 3:16,36; 5:24,28,29; 6:40,54; Rom. 2:6,7). Todos os que vivem dizendo que o homem é imortal em qualquer condição espiritual, que se não passar a eternidade com Cristo, queimará eternamente num «inferno» de fogo, contrariam as Escrituras. Por que insistiu Jesus em que o homem cresse nEle para ter vida eterna, se todos, de uma forma ou de outra, já a possuem?
“Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna…” (I João 5:11,12)
2. Fala a Bíblia que o homem é imortal? Que providência tomou Deus para que ele não se tornasse pecador- imortal?
Gên. 2:17; 3:22-24. Deus falou que o homem morreria e guardou o caminho da árvore da vida. Somente por meio de Cristo o homem pode ter vida eterna. Uma vez que a natureza do homem, segundo as Escrituras, é indivisível, quando ele morre, nada, absolutamente nada resta vivo e ele depende 100% da ressurreição. Leia ainda Jó 4:17; I Cor. 15:53,54; II Cor. 4:11; 5:4; I Tim. 6:16. A imortalidade se origina em Deus. Para o homem a imortalidade é condicional.
3. Quem sofre a pena do fogo eterno, fica queimando toda a eternidade?
Os imortalistas dizem que sim. Note que as cidades de Sodoma e Gomorra sofreram a pena do fogo eterno (Judas 7) e sumiram num momento (Lam. 4:6). Segundo estudiosos, estavam situadas na região do Mar Morto, todavia lá não existe nada queimando atualmente. Isto significa que o fogo é realmente eterno, porque queima até consumir com tudo. Deus acendeu um fogo que não se apagaria para consumir os palácios de Jerusalém (Jer. 17:27; II Crôn. 36:19-21). Está Jerusalém em chamas até hoje? Analise ainda o destino dos rios de Edom (Isaías 34:9,10). Estão ainda queimando?
4. Como entender os textos que falam de um lugar onde o bicho não morre e o fogo não se apaga?
Marcos 9:43, 46. Se há bicho que não morre, significa que está devorando a alguém morto, que tende a desaparecer. O fogo permanece aceso enquanto há o que queimar.
5. É correto considerar o inferno como um lugar de fogo e tormentos? Que é Geena?
A palavra «inferno» se apresenta em algumas versões da Bíblia, mas tem significados diferentes.
Sheol – aparece 65 vezes no A.T. e significa sepultura.
Hades – Em 11 passagens no N.T. e significa sepultura: Mat. 11:23; 16:18; Luc. 10:15; 16:23; Atos 2:27;2:31; I Cor. 15:55; Apoc. 1:18; 6:8; 20:13; 20:14. Em II Ped. 2:4, aparece «tártaro»
Geena ou Vale de Hinom significa lugar de destruição pelo fogo. Era um lugar fora dos muros de Jerusalém usado para incinerar ou queimar detritos e cadáveres de pessoas sem sepulcros ou animais mortos. O fogo era contínuo, uma vez que sempre havia material a ser consumido A palavra aparece 12 vezes no N.T: Mateus 5:22,29,30; 10:28; 18:9; 23:15,33;Mar. 9:43,45,47; Luc. 12:5 e Tiago 3:6. Refere-se à futura destruição dos ímpios no lugar chamado «lago de fogo e enxofre».
6. Quando é o tempo de recompensa?
Os justos ressuscitarão para a vida eterna na vinda de Jesus e esta é sua recompensa (I Cor. 15:23; Filip. 3:11; Lucas 14:14; Heb 11:13,39,40; Apoc. 22:12).
7. Qual será o galardão dos ímpios?
Lançados no lago de fogo e destruídos para sempre (Salmo 37:20,35,36,38; 73:18; 92;7; 145:20; Prov. 10:25,30; Isaías 1:28; Mal. 4:1).
Obs.: Muitos usam a parábola do Rico e Lázaro para ilustrar sua teoria de recompensa imediata, todavia devem se lembrar que uma alegoria não pode ser entendida literalmente, sob pena de deixar de ser parábola.