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Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Elohim verdadeiro, e a Yeshua o Messias, a quem enviaste. JOÃO 17:3
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A Trindade e suas Consequências práticas

A Trindade e suas Consequências práticas
Após a análise bíblica e histórica apresentada neste livro, muitos crentes sinceros poderão levantar as seguintes questões: Qual é a diferença, na prática, entre aceitar a tradicional doutrina da Santíssima Trindade e aceitar a doutrina bíblica que o Pai e o Filho compartilham do mesmo espírito? Nossa salvação depende deste ponto? Todas as pessoas que no passado aceitaram a doutrina da Santíssima Trindade e as que hoje a aceitam estarão perdidas para sempre? O assentimento mental de qualquer teoria sobre a divindade terá algum efeito prático na vida do cristão? Ou Deus não leva em conta o que acreditamos desde que tenhamos amor uns para com os outros?
Sem dúvida, tais questões são extremamente relevantes para os seguidores de Cristo que procuram viver uma religião prática. O mundo religioso está cheio de teorias, doutrinas e dogmas que geram debates, conflitos, separações, guerra e morte. Se um ensino bíblico não tiver um efeito prático positivo na vida do cristão, tal ensino é totalmente dispensável e não mereceria nossa atenção. Veremos agora como a compreensão que temos sobre Deus afeta diretamente nossa religião na prática.
Adoração: A Essência da Religião
Envolvidos com atividades sociais, responsabilidades eclesiásticas, funções administrativas e ministeriais, muitas vezes nos esquecemos da essência da religião que é a adoração. A importância da adoração na religião cristã é indiscutível. Por esta razão todos os aspectos relacionados à adoração devem ser cuidadosamente analisados e jamais menosprezados. Há várias formas de provar que a adoração é provavelmente o elemento mais importante da religião. Esta importância é facilmente comprovada quando analisamos o esforço de Satanás para deturpar vários aspectos relacionados à adoração verdadeira. Se a adoração não fosse tão importante, certamente o inimigo não atuaria de forma tão especial nesta área. Podemos ver alguns exemplos bíblicos começando pela tentativa do inimigo de conquistar a adoração para si:
“Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” – Mateus 4:8-10.
Felizmente Satanás não conseguiu alcançar seu grande objetivo de conquistar a adoração do Filho de Deus para si. A obstinação de Satanás por adoração é tão grande que o inimigo declarou guerra contra a adoração ao Deus verdadeiro:
“Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus.” – II Tessalonicenses 2:3 e 4.
Como Satanás não conseguiu obter a adoração que desejava, seu grande objetivo hoje é atrapalhar a adoração ao Deus verdadeiro atuando em vários aspectos. As grandes mensagens de Deus ao homem têm o objetivo de chamar a atenção para a verdadeira adoração. Vários aspectos que podem parecer irrelevantes à primeira vista, começam a merecer nossa atenção na medida em que descobrimos a relação que estes aspectos mantêm com a adoração. O Apocalipse, revelação especial para os crentes do tempo do fim, traz várias citações sobre o grande conflito entre Deus e Satanás, um conflito que gira em torno da adoração. Deus, através de seus mensageiros, reclama a adoração para si:
“Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” – Apocalipse 14:7.
“Eu, João, sou o que ouvi e vi estas coisas. E quando as ouvi e vi, prostrei-me aos pés do anjo que me mostrava estas coisas, para adorá-lo. Mas ele me disse: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.” – Apocalipse 22:8 e 9.
Em contrapartida, o Apocalipse também revela o esforço do inimigo para desviar os crentes da adoração verdadeira. Segundo a profecia bíblica, a besta com aparência de três animais (leopardo, urso e leão) irá receber o poder e grande autoridade do dragão (Satanás) e obter a adoração de muitos:
“E adoraram o dragão, porque deu à besta a sua autoridade; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? quem poderá batalhar contra ela?” – Apocalipse 13:4.
A adoração falsa profetizada será uma adoração tríplice. O Apocalipse revela que os enganados por Satanás adoram (1) O Dragão, (2) a Besta que recebeu autoridade do Dragão e (3) a Imagem da Besta. Esta última recebeu o fôlego (pneuma) da besta que subiu da terra.
“Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta, para que a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.” – Apocalipse 13:15.
Note que existe até uma pena de morte para os que não adorarem a imagem da Besta. Esta adoração tríplice e falsa é a marca do paganismo. Os povos pagãos adoravam vários deuses, dentre os quais se destacavam tríades, conjuntos de três deuses.
Perceba que a grande vítima da “paganização” do Cristianismo ocorrida nos primeiros séculos foi a verdadeira adoração. As perguntas “como adorar?”, “quando adorar?” e “a quem adorar?” tinham outras respostas antes da “paganização” do Cristianismo.
Como vimos, para conciliar pagãos e cristãos as imagens de escultura foram recebidas na igreja. A forma de adoração começava a mudar – uma terrível violação à adoração verdadeira e à lei de Deus! Uma nova resposta à pergunta “como adorar?” estava surgindo. Deus passava a ser adorado através de imagens.
Vimos também que no Concílio de Nicéia, em 325 a.d., o domingo foi oficialmente estabelecido como dia de guarda em substituição à prática de observância do sábado mantida por judeus e cristãos até então. Uma nova resposta para a pergunta “quando adorar?” foi estabelecida. Novamente uma terrível adulteração no dia de adoração especificado por Deus em sua lei!
Poderíamos citar outros exemplos tais como o papel de Maria que, sem dúvida, recebe boa parte da adoração e louvor que deveriam ser dirigidos apenas a Deus. Mas nosso foco neste livro é a trindade. Precisamos de uma resposta para a pergunta “A quem devemos adorar e louvar?” Ao Pai? Ao Filho? Ao Espírito Santo? Vamos deixar que a Bíblia responda:
Adoração ao Pai:
“Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” – Mateus 4:10.
“Oh, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou.” – Salmo 95:6.
Adoração ao Filho:
“E entrando na casa [os magos do Oriente], viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro incenso e mirra.” – Mateus 2:11.
“Então os que estavam no barco adoraram-no, dizendo: Verdadeiramente tu és Filho de Deus.” – Mateus 14:33.
“E eis que Jesus lhes veio ao encontro, dizendo: Salve. E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, e o adoraram.” – Mateus 28:9.
“Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho? E outra vez, ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.” – Hebreus 1:5 e 6.
Adoração ao Pai e Filho:
“Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos: e os quatro seres viventes diziam: Amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram.” – Apocalipse 5:13 e 14.
“Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos; e clamavam com grande voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro. E todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e dos anciãos e dos quatro seres viventes, e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus, dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém.” – Apocalipse 7:9-12.
“E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, porque tens tomado o teu grande poder, e começaste a reinar.” – Apocalipse 11:15-17.
Como ficou claro através destes versos bíblicos, apenas o Pai e o Filho são dignos de adoração. Não encontramos nenhuma evidência bíblica de que o Espírito Santo deva ser adorado. No entanto, muitos pregam e cantam louvores ao Deus-Trino.
O inimigo busca confundir nossa adoração criando mais uma pessoa divina cujo nome é Espírito Santo, quando na verdade o Espírito Santo é um atributo do Pai e do Filho que nós podemos receber, mas não um deus que devamos adorar ou louvar. Lamentavelmente é comum ver crentes sinceros louvando o Espírito Santo e até mesmo orando ao Espírito Santo, quando deveríamos orar ao Pai, em nome de Jesus, pelo derramamento do Espírito Santo. Biblicamente este tipo de adoração é vã, é inútil.
“Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homem.” – Mateus 15:9
Que nossa adoração a Deus não seja vã. Que os preceitos de homens que há muitos anos estão arraigados em nosso coração sejam extirpados. Que possamos nos unir a toda criatura no céu, na terra e no mar e dizer: “Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos.” – Apocalipse 5:13 e 14.
Conclusão
O estudo da bíblia e da história é muito importante para que o cristão sincero conheça o surgimento de doutrinas e práticas como o batismo de crianças, a trindade, a guarda do domingo, a infalibilidade da liderança da igreja e outras doutrinas não bíblicas. Infelizmente nosso espaço é limitado para entrarmos em detalhes, mas esperamos através deste breve retrospecto histórico e análise bíblica não apenas conscientizar o leitor como também estimulá-lo a estudar mais profundamente a história usando outras enciclopédias, livros históricos, internet e outras fontes.
Apesar do estudo da história ser muito importante, o estudo da Palavra de Deus é ainda mais importante, pois lá está a verdade pura e simples: As orientações que conduzem à adoração verdadeira:
“Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.” – João 5:23.

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